Capítulo 9- O Jardim Encantado

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Depois de alguns minutos eu vejo o All se levantar e entrar pra dentro de casa enquanto eu e Fred estamos na borda e o resto do pessoal está na piscina.

Fred: Agora que aquele mané foi embora você vai agir normalmente?

Di: Eu to agindo normalmente!

Sem mais nem menos ele me beija, e por um momento fico paralisada, mas, logo me afasto e saio andando para encontrar Allen e no caminho eu percebo que eu não senti nada quando fred me beijou.

Então quando estou na cozinha paro para meditar no que acabou de acontecer e aproveito e bebo um pouco d'água.

Fred: Amor! Tá tudo bem!?- diz me abraçando por traz e colocando o rosto no meu pescoço.

Saio do seu abraço indo pra trás da ilha da cozinha, ficando numa distância segura e que de tempo deu poder fugir caso ele venha pra perto de mim.

Di: Alfredo João Alvim, para de me chamar de amor! Nós não estamos mais juntos e você não tem o direito de me beijar quando você bem entender!

Fred: Eu não posso te beijar a hora que eu quiser, mas, você pode?

Di: Olha João eu sei que eu fiz errado mas eu ainda não me acostumei que você não é meu namorado... e... e eu não sabia que você ia vir aqui, na hora foi o impulso.- ficamos por um tempo num silêncio desconcertante até que eu o quebro - eu tenho que fazer um negócio, licença.

[...]

O Jardim Encantado nada mais é que uma cabana, com Jardim e piscina que meus pais construíram pra mim brincar com os meus amigo quando eu fosse maior, mas, quando eles morreram e meu tio passou a cuidar de mim eu usava a cabana para esquecer os problemas e Allen sempre estava lá e assim logo depois que com sete anos eu fundei a Greg eu e o Allen começamos a namorar e até eu ter que ir de vez pro Brasil ele e eu vínhamos pra cá e ficávamos horas esquecendo que o mundo lá fora existia porque aqui dentro nós fazíamos as regras, meio que foi assim que eu consegui lidar com o amadurecimento forçado.

Allen: Demoro princesa!- diz me abraçando e beijando carinhosamente meus lábios de um jeito muito diferente de quando nós namorávamos mas ainda com um toque de inocência e infantilidade.

Di: Tive um imprevisto pra vir pra cá All- pronuncio seu apelido de uma forma mais carinhosa do que da ultima vez

All: Vamos dar um mergulho no lago!

Di: Acho melhor nós irmos conferir o forte e ligar os alarmes.

E assim foi a tarde primeiro conferimos o forte ( para poder ver se alguém está tentando entra), ligar os alarmes (tanto o que fizemos quando éramos mais novos e os alarmes modernos), depois comemos algo, nadamos no lago, na piscina, namoramos do jeito inocente e gostoso de quando éramos mais novos, dormimos na rede juntos, conversamos e quando foi de noitinha nos voltamos pra casa do meu tio. Antes de nos juntarmos com os outros All para no banheiro e eu vou passar na cozinha para ir pra varanda quando escuto Lice e Rach conversando e paro pra ouvir.

Lice: Por vocês não conversam?

Rach: Você já viu como ele olha pra ela? Eu terminei com ele exatamente porque eu sei que ele nunca esqueceu a Diana e nunca vai esquecer.- tem um breve silêncio até ela retomar a fala - os dois sumiram, você acha que foi coincidência? Claro que não! (Soluça) ele a ama e ela o ama. Eles passaram por muita coisa juntos desde que eram pequenos nós estamos sobrando sempre sobramos até mesmo você que é gêmea dele! (Chora)

Aquilo quebra meu coração, realmente eu e All desde pequenos éramos muito próximos, sempre fomos diferentes um do outro, mas, principalmente diferente dos outros. Nós sempre vivemos na nossa própria bolha e quando eu tive que ir embora, All tomou raiva de mim por não poder ir comigo e teve que ficar sozinho com os outros, meu coração dói, mas, eu não posso deixar minha amiga sofrer por minha causa.

O que os olhos não vêem! O Coração não sente! - 1° LivroWhere stories live. Discover now