Sou Maeve Mikaelson

4.4K 334 34
                                    

Capítulo quatro...

Capítulo quatro

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Maeve

O baile estava perfeito. A decoração impecável. Muitas pessoas já circulavam no salão, tomando seus champanhes e fingindo sorrisos para a família original que acabava de se instalar na cidade.

Eu usava meu vestido vermelho cor de sangue com uma fenda na abertura da coxa e um decote pequeno. Meus saltos pretos e a maquiagem não tão forte, exatamente do jeito que eu gosto. Meus cabelos loiros completamente soltos com  leves ondas.

Tio Kol me fazia companhia já que nós dois não conhecíamos muita gente do ambiente. Nos aproximamos de uma mulher e um homem de cabelos pretos e olhos azuis. Com certeza o  homem mais bonito da festa. Ele dirige um sorriso sedutor para mim e observa meu tio ao meu lado.

— Prefeita Lockwood. Ainda não nos conhecemos. Kol Mikaelson.— meu tio fala e dirige um pequeno beijo na mão da tal prefeita. Enquanto isso o tal homem ao lado dela ainda me olhava intrigado. — Esperamos que sua linda cidade nos acolha assim como planejamos acolhe-la.— meu tio finaliza e eu aproveito a deixa para me apresentar.

— Sou Maeve, a propósito. Filha de Klaus Mikaelson.— novamente vejo a expressão de surpresa e confusão nos olhares dos dois.

— Não fazia ideia de que Klaus tinha uma filha. Sou Damon Salvatore.— o homem fala intrigado e puxa minha mão para um beijo rápido e educado.

— Meu pai não costuma falar muito ao meu respeito.— digo sorrindo e volto a ficar ao lado de meu tio que observava a cena com uma expressão cerrada.

— Temos assuntos para resolver. Vamos Maeve. Com licença.— meu tio fala com um sorriso e me puxa para longe dos belos olhos azuis.

— Que assuntos?— digo irônica sorrindo e vejo meu tio revirar os olhos.

— Não se meta com os Salvatores querida sobrinha. Seu tio sabe o que é melhor pra você.— meu tio fala e sorrio ainda mais.

— Então tem mais da onde aquele veio?— digo maliciosa e vejo a expressão de reprovação de meu tio.

— Não estou brincando.— ele fala mais sério. Normalmente tio Kol nunca fica sério.

— Sei me cuidar Tio Kol.— digo sorrindo e saio de seu lado e começo a perambular pela festa em busca de algo para tirar meu tédio.

Após alguns minutos rodando pelo salão me enchendo de champanhe caro, encontro minha tia Rebekah que estava desnlumbrante naquele vestido verde escuro. Com certeza toda noção de estilo que tenho veio dela. Fico alguns minutos comentando sobre a decadência das pessoas da festa com minha tia antes de sermos interrompidas por Tio Elijah que nos chama para o grande brinde.

Subimos as escadas da grande sala e toda a família também. Fico ao lado de tia Rebekah e próxima de meu pai que me observa sorrindo e murmura algo sobre eu estar maravilhosa.

— Se puderem vir aqui por favor. Bem vindos, obrigado por virem, sabem, sempre que minha mãe reúne nossa família assim, é uma tradição para nós comemorar a noite com uma valsa de séculos atrás. Então de puderem escolher um parceiro. Juntem-se a nós no salão.— tio Elijah termina o brinde e logo desço as escadas em busca de um parceiro.

Como sou terrivelmente seletiva, observo o salão por vários segundos até achar um par decente para me acompanhar. Meus olhos então, se recaem sobre um par de olhos azuis e cabelos castanhos claros. Se eu achava que o tal Damon era a pessoa mais bonita da festa eu considero minha opinião mudada com sucesso. O rapaz usava um terno elegante e observava o fluxo das pessoas se juntando aos seus pares assim como eu. Tomo coragem e me aproximo do mesmo que rapidamente nota minha presença e me encara sério.

— Maeve Mikaelson. Muito prazer.— digo abrindo meu melhor sorriso. Ele me surpreende ao puxar minha mão e deixar um beijo suave em minha palma. Sorrio ainda mais com o gesto.

— Stefan Salvarore.— ao ouvir isso não contenho a pequena risada que sai de mim.—Algum problema?— ele pergunta curioso ainda sem tirar seus belos olhos claros de meu rosto.

— Nenhum. Quer dançar?— pergunto dirigindo meu olhar para os casais que começavam a se arrumar para a dança.

Ele parece pensar se deve ou não dançar comigo. Observa por uns instantes as pessoas ao redor e então abre um sorriso e segura minha mão.

— Mais é claro.— ele fala e me acompanha até o meio do salão.

A valsa começa. Linda e lenta. Stefan me conduz calmamente pelo salão. O homem parece ter experiência com a dança. Um pequeno silêncio começa antes dele começar a falar.

— E então... Você não estava no caixão.— ele fala com certa tranquilidade. Me surpreendo ao ouvir sobre o assunto.

— Bom... Não acho que seja um lugar muito confortável para se estar.— digo e exibo um pequeno sorriso que ele retribui. Stefan pega uma de minhas mãos e conduz a outra até minha cintura. Coloco a minha sobre seu ombro e a outra fica coberta por suas mãos macias e grandes.

— Éh acho que não. Mas então onde diabos você estava esse tempo todo?— ele pergunta confuso com certa ironia. Sorrio ao ouvir aquilo e sinto ele me girar e então volto rapidamente para seus braços. Stefan era mais alto que eu. Alguns centímetros consideráveis. Fazendo com que eu tenha que levantar minha cabeça para observar seus lindos olhos.

— Páris. Pra ser mais exata. Cidade maravilhosa. Já esteve lá?— digo ainda sorrindo.

— Já. Em 1980. É uma ótima cidade. Porém eu realmente não fazia ideia de que Klaus tinha outra irmã.— ele fala e solto uma pequena risada. Stefan continua me girando sem tirar os olhos de mim.

Não sou irmã de Klaus. Sou filha dele.— digo e vejo a expressão de Stefan se fechar rapidamente. Não sabia se ele estava com raiva, confuso ou surpreso de mais pra falar qualquer coisa. Só sei que antes de receber outra resposta ele me gira rapidamente e trocamos de pares.

Meu pai pega uma de minhas mãos e leva a outra até minha cintura. Sorrio ao ver sua face famíliar, ele faz o mesmo. Memórias de décadas atrás me atingem. Foi ele quem me ensinou a dançar dessa forma. Me lembro como se fosse ontem de subir em seus pés enquanto apenas batia em sua cintura. Ele me conduzia por toda a sala enquanto minha risada preenchia todo o cômodo.

— Você ainda dança maravilhosamente.— meu pai fala arrancando outro sorriso de mim.

— Tive um ótimo professor.— digo e voltamos a dançar pelo salão. Um silêncio se instala por alguns segundos antes dele o quebrar.

— Vi que já conheceu os Salvatores.— meu pai fala próximo ao meu ouvido. Em meio a nossa dança vejo Stefan conduzir a mesma garota do bar pelo salão. Elena. Eles se olham profundamente. Me destraio com a visão dos dois dançando e quase me esqueço de responder meu pai.

— Bom...sim. Eles me parecem simpáticos.— digo e sinto meu pai dar uma pequena risada anasalada.

— Damon e Stefan são pedras terríveis em meu caminho querida. Mais tarde lhe contarei sobre tudo o que fizeram. Enquanto isso... Tome cuidado com eles. Agora que sabem que tenho uma filha você pode correr perigo.— meu pai fala e após me girar volto até ele e o encaro séria.

— Sei me cuidar. Você sabe muito bem disso. Já sou grandinha.— digo e exibo um sorriso sarcástico.

— Eu sei que sabe. Apenas peço que tome cuidado com eles. Provavelmente agora eles descobriram que minha maior fraqueza está diante deles.— ele fala sério observando o movimento das pessoas. A música se encerra e troco um último olhar sincero com meu pai.

— Vou tomar cuidado.— digo e saio em direção ao champanhe mais próximo.

Filha Do HíbridoWhere stories live. Discover now