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Maeve
Após todos os devidos esclarecimentos cheguei a conclusão de que minha família está definitivamente vivendo uma crise. Mikael havia voltado e em seguida morto novamente por meu pai. Esther, minha avó estava viva, diante de nós com a proposta de reunir nossa família novamente. A mulher não falou muito comigo desde que cheguei. Apenas comprimentos educados e em seguida ela apenas saiu acompanhada de meu tio Finn. Que aliás também não foi muito com a minha cara.
Meu pai claro, ficou feliz em me ver. Me abraçou forte e beijou minha testa com carinho. Sei que temos assuntos para tratar, coisas que ficaram no passado, mas que precisam ser esclarecidas também. Tia Rebekah me recebeu radiante. Brava por eu não ter voltado antes, porém expliquei que precisava de um tempo longe. Ela entendeu, teria feito o mesmo se pudesse.
Meu tio Elijah também estava feliz, mesmo que não demonstrasse isso como os outros. Me abraçou e disse que era bom me ver novamente. Tio Kol me deu um abraço apertado e disse que sentia falta de nossas aulas de magia. Mesmo ele sendo agora um vampiro, meu tio Kol foi aquele que me ensinou tudo o que eu sei sobre magia. Ele já foi um bruxo um dia e sabe dezenas de coisas sobre o assunto. Sempre fomos muito próximos por conta disso.
Ser bruxa é um assunto bastante delicado para mim. Eu tenho magia, mesmo sendo uma vampira. Vantagens de ter o sangue de um híbrido e de uma bruxa. Isso me torna única de alguma forma, assim como meu pai. Porém, usar magia sempre me deixava com medo de machucar aqueles que amo. Já aconteceu antes, e eu sempre tive medo de perder o controle. É a pior sensação do mundo não controlar sua própria magia.
Depois disso Esther, ou como gosto de chamá-la em pensamento, vovó Mikaelson. Disse que gostaria de comemorar a reunião da família com um baile. Achei a ideia estranha, aliás tudo nela grita não ser natural. Ela estar viva não é algo natural. Porém estou tentando não pensar nisso.
Os convites rapidamente foram impressos e minha tia Rebekah, animada com minha volta. Me convidou para acompanhá-la até um bar da cidade para que ela entregasse o convite para um suposto amigo. Adentramos o lugar cercado de mesas vazias, o horário não era um dos melhores. Avistamos duas garotas sentadas em uma mesa, uma loira e uma morena, e tia Rebekah se aproxima.
— Cuidado Caroline, tudo vai bem até ela te apunhalar pelas costas.— Tia Rebekah fala exalando raiva e nojo. Provavelmente as duas já tiveram conflitos.
— O que tá fazendo aqui? Eu sei das regras da sua mãe. Nada de matar os locais.— a morena fala com certa ironia para minha tia. Ela direciona seu olhar para mim algumas vezes com uma expressão de curiosidade.
— Cai na real Elena. Você não é o centro de tudo.— minha tia fala e da as costas para as garotas indo em direção ao seu amigo barmen. Ainda permaneço na frente das garotas.
— Quem é você?— a tal Caroline me pergunta confusa. Abro um sorriso pequeno e encaro as duas.
— Sou Maeve Mikaelson. Muito prazer.— digo e vejo as duas se olharem confusas.
— Mikaelson? Como os originais?— Elena pergunta intrigada e seguro minha grande vontade de revirar os olhos.
— Exatamente.— sorrio sinica e vejo minha tia se aproximar.
— Vamos Maeve.— ela me chama e olho uma última vez para as garotas que neste momento provavelmente estão morrendo de curiosidade.
— Claro tia.— digo e sigo minha tia Rebekah. Sorrio convencida ao ouvir os murmuros de "Tia?" das garotas confusas e saio do bar.
Chegamos em casa e começamos as arrumações. Vários funcionários ocupavam a sala de estar junto aos meu tios que já se arrumavam para o baile. Eu estava sentada com tia Rebekah enquanto duas manicures faziam nossas unhas. Tio Kol se observava encantado no espelho trajando seu terno totalmente magnífico.
— Rebekah, diz aí se eu tô bonito?— tio Kol pergunta e não contenho minha pequena risada de sua pergunta inesperada.
— Sabe que não pode me hipnotizar.— tia Rebekah fala e novamente sorrio dos meus tios que adoram se provocar. Somos interrompidos por meu pai que adentra a sala em disparada em direção a minha tia Rebekah.
— Você foi atrás da Elena!! Qual é seu problema??— ele fala completamente nervoso.
— Vai começar...— tio Kol fala e sorrio de sua cara de completa indiferença.
— Quer outro punhal no coração??— meu pai esbraveja irritado para meu tio que se aproxima do mesmo.
— De novo com as ameaças dos punhais? Você não tem outro truque?— tio Kol fala ainda mais próximo de meu pai. Reviro os olhos cansada das brigas idiotas de dois originais de mil anos.
— Fica aí se olhando no espelho. Que ridículo.— meu pai fala e novamente rio da situação trocando um olhar com minha tia que também observava a situação entediada ao meu lado.
— Quem é você? Meu pai?— tio Kol responde.
— Não. Mas você tá na minha casa!— meu pai fala com raiva.
— Então é melhor a gente ir lá pra fora.— tio Kol fala e logo os dois são interrompidos por minha querida vó Esther que adentra a sala com um visual completamente diferente do que a conheci.
— Já chega Nicklaus.Venha.— ela chama meu pai que encerra a discussão com tio Kol e acompanha Esther até o outro cômodo ao lado.
Logo depois disso continuo a me arrumar. Logo o baile iria começar e eu não via a hora de conhecer todos os protagonistas das confusões que minha família arranjou durante meu tempo fora.
