Jantar de aniversário

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Capítulo dezesseis...

Capítulo dezesseis

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Maeve

Sou imediatamente desperta com o barulho intenso de minha tia Rebekah adentrando meu quarto sem qualquer gentileza.

— Maeve acorde!! Não pode dormir no seu dia especial.— tia Rebekah fala enquanto anda até minha janela e abre toda a cortina. Um brilho absurdo invade meus olhos praticamente me cegando. Murmuro um grunhido irritado e volto a observar minha tia.

— Que horas são???— pergunto nervosa. Tia Rebekah puxa minhas cobertas me deixando ainda mais irritada.

— É hora de levantar Maeve. É o seu aniversário!!—

Fazer 86 anos é algo interessante. Todos os meus aniversários sempre foram divertidos, embora eu nem sempre o passe ao lado de minha família. Porém esse ano vai ser diferente. Papai está aqui e quase todos os meus tios, com excessão de tio Finn— Que ainda permanece desaparecido com minha avó— estão presentes comigo.

Vai ser uma data especial. Apesar de eu não ter organizado nada, tenho certeza de que tia Rebekah provavelmente devera planejar algo exageradamente grande.

Após me levantar, contra minha vontade é claro, coloco uma roupa estilosa e desço com tia Rebekah até a sala de jantar.

A mesa estava completamente recheada de comidas. Sucos, cafés, bolos, pães e outras milhares de comidas variadas. Para minha surpresa, todos estavam presentes. Papai, tio Elijah e tio Kol. Aparentemente estavam a minha espera.

Papai na ponta da mesa, sorria animadamente.

— Minha querida Maeve, pelo visto sua tia teve que te arrastar até aqui. A noite foi longa?— meu pai fala ironicamente. E reviro os olhos, me sentando ao seu lado, e o comprimentando com um beijo na bochecha.

— Minha noite foi excelente papai! Espero que sua a tenha sido melhor que a minha.— digo sarcasticamente e lhe dou um sorriso sínico.

— Maeve, não vou conseguir esperar até a noite. — minha tia fala sorrindo empolgada e tira de uma cadeira ao seu lado, uma sacola de alguma loja. — Tome querida! Feliz aniversário.— ela fala e me entrega a sacola.

— Obrigada Tia!!— respondo animada e abro a sacola que continha uma caixa. Todos na mesa parecem me observar. Abro a caixa e sorrio ainda mais ao ver dois pares de saltos pretos altíssimos.

— Gostou?— ela pergunta ansiosa e não consigo deixar de suprimir um gritinho agudo de felicidade, arrancando uma risada de todos presentes na mesa.

É claro que sim!!!! Eu adorei.—

— É minha vez agora!— tio Kol fala e retira do bolso uma pequena caixinha de veludo. Meus olhos brilham de satisfação quando pego a caixinha e a abro empolgada. Um adorável cordão de esmeraldas com a torre Eiffel.

Aaaah é incrível tio Kol!!!! Eu amei!— vejo meu tio sorrir satisfeito e olhar para minha Tia Rebekah com uma expressão convencida.

— Sabe que podemos sair dessa cidade idiota e viajar o mundo juntos quando quiser, não sabe?— meu tio fala sugestivo e não consigo decidir se suas palavras são sinceras ou sarcásticas.

— Não seja idiota Kol. O lugar dela é aqui conosco.— tia Rebekah rebate decidida e aperta minha mão carinhosamente ao meu lado.

— É uma proposta irresistível tio Kol, mas acho que ainda vou perturbar os nervos de meu pai por mais um tempo.— digo brincalhona e lanço um sorriso maléfico para meu pai que ainda sorria animadamente.

— Acredito que seja minha vez agora.— tio Elijah fala e me viro para ele ainda mais ansiosa. Os presentes de tio Elijah sempre eram os mais raros ou os mais caros.

Ele retira do chão, uma caixa grande de madeira e me entrega do outro lado da mesa. Me surpreendo com o peso da caixa e me encho de curiosidade, assim como todos na mesa parecem estar também. Abro a caixa e não consigo emitir nenhum som que expresse minha animação.

No fundo da caixa, continha um livro. Não qualquer livro. Uma das primeiras edições de Romeu e Julieta. Pego o livro e sorrio para a ironia da história. Um casal apaixonado, que foram impedidos de  ficarem juntos, pois suas famílias eram rivais. É quase poético.

— Tio Elijah eu....adorei!— digo quase emocionada e lhe lanço um sorriso sincero de agradecimento.

O restante do café foi animado e empolgante, fazia semanas que não nos distraiamos dessa forma sem falar dos problemas maiores. Após terminar de comer meu pai me convida para acompanhá-lo até seu quarto. Adentramos o cômodo e vejo um embrulho de uma tela sobre a cama de meu pai.

Sorrio ao ver que se trata de meu presente. Papai sempre gostava de ter esses momentos comigo com um pouco mais de privacidade.

— Não vai abrir?— ele pergunta sorrindo e retribuo um sorriso ansioso. Vou até a cama e começo a desembrulhar a tela.

A pintura era magnífica. Eu jamais conheci alguém que retratasse tantos sentimentos em uma só tela. A pintura se tratava de mim, sentada sobre um trono. E ao meu lado, encostado no trono, papai estava de pé. Uma coroa residia em minha cabeça. E meu vestido era de um preto completamente sombrio. Meu olhar era puro poder. Eu jamais havia me visto daquela forma.

— Uau... Pai é tão...—

Real?—

— É...eu pareço tão poderosa.— digo ainda chocada com a maravilhosa pintura.

— Você é poderosa. É assim que eu vejo você querida. — ele fala se aproximando de mim com um sorriso carinhoso nos lábios. Largo a pintura na cama e corro para seus braços que me apertam no mesmo instante.

— Obrigada papai.— sussuro em seu peito quente.

Feliz aniversário Maeve.—

Filha Do HíbridoWhere stories live. Discover now