Adeus Páris

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Capítulo dois....

Capítulo dois

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Dias atuais

Maeve

Abro as grandes cortinas de ceda azul da minha janela. O sol forte da manhã tranquila começa a iluminar todo o quarto. Páris é realmente a cidade mais linda em que já estive. Volto para cama e pego meu celular que vibrava em cima da pequena mesinha de cabeceira. Atendo o aparelho.

— Quem é?— digo sonolenta contendo um bocejo.

— Minha querida Maeve, como está Páris?—abro um sorriso ao ouvir a voz tranquila e serena de meu tio Elijah.

Tio Elijah! Que bom que ligou. Achei que tinha se esquecido que tem uma sobrinha.—digo divertida e volto a me levantar ainda com o telefone em mãos em direção ao outro grande cômodo de meu quarto. Meu closet.

— Mas é claro que não. Só não tive muito tempo. Esses últimos dias tem sido agitados.— ele fala e eu observo minhas roupas em busca de alguma bonita o suficiente pra passar o dia.

— Eu entendo. Mas me ligou apenas para isso ou tem mais alguma coisa?— o questiono curiosa. Normalmente meu tio Elijah sempre me liga para tratar de um assunto bastante desgastante. Meu pai.

— Na verdade. Preciso que venha até Mistick Falls. Temos muitos problemas por aqui. Precisamos resolver tudo pessoalmente.— ele fala com a voz um pouco mais vacilante.

— Tudo bem. Vou pegar o primeiro vôo.—digo já arrancando minha mala rosa em cima de um dos armários do closet e a coloco no chão enfiando todas as roupas que vou precisar.

— Certo. Aguardamos você Maeve. Temos muitas coisas pra resolver.— ele diz e em seguida nos despediamos e desligo o aparelho o colocando sobre minha mesa onde coloco todas as minhas dezenas de jóias.

Termino de fazer as malas colocando somente o necessário. Compro as passagens pela internet e vou até a cozinha comer uma última coisa até o táxi chegar e me levar para o aeroporto.

Sorrio ao ver a imagem da minha melhor amiga Annie sair de seu quarto com uma aparência terrível. Ela usa um pijama velho de bolinhas azuis e se esparrama no banco alto a frente de mim em nossa cozinha.

Annie Collins é a pessoa mais engraçada que já conheci. O ano era 1985 quando á transformei. Ela havia acabado de ser expulsa de casa, após seus pais terem descoberto seu relacionamento secreto com uma garota de sua escola. Apenas dezessete anos e já morava na rua. Ela não tinha ninguém. Sua suposta namorada havia lhe dado as costas, com medo de também ser descoberta. Annie estava em um bar contando sua trágica história para os bêbados em sua volta, quando á vi pela primeira vez.

Depois de algumas doses de Wisky, contei a ela minha história. O que me deixou muito surpresa ao ver a reação de euforia da garota que achava incrível conhecer uma vampira. Tempos depois, nos tornamos melhores amigas e então ela me pediu que a transformasse naquele mesmo ano. Hoje vivemos juntas em um apartamento luxuoso no centro de Páris. Annie sempre me dá os melhores conselhos. Não sei se jamais vou encontrar alguém como ela novamente.

Annie agarra meu copo deixado sobre a mesa completo de sangue e o toma de uma vez. Abro uma expressão irritada e lhe arranco um sorriso malicioso.

— Esse copo era meu.— digo tentando ao máximo permanecer séria mas logo desisto ao ver a carinha de cachorro abandonado que Annie sempre faz.

— Eu estava com fome.— ela diz forçando uma voz de criança e logo não resisto e sorrio revirando os olhos.

— Pois pegue um pra você então!— digo e me levanto indo em direção até meu quarto e pego minhas malas já fechadas em cima da cama e as levo até a sala principal que ficava acoplada com a cozinha.

Olho para Annie que abre uma expressão de confusão que se muda rapidamente para raiva.

— Não acredito que vai embora??— ela indaga ainda exibindo uma expressão nada amigável.

— Eu vou reencontra-los Annie. Minha família precisa de mim. Já faz dois anos.—digo lembrando minha amiga do tempo em que fiquei afastada do compromisso árduo de ser uma Mikaelson.

— Sempre que você passa pelo menos um dia com eles algo ruim acontece. Talvez seja melhor deixá-los ao menos uma vez resolver as coisas sem você.— Annie fala sincera se aproximando de mim e colocando uma de suas mãos confortavelmente em meu ombro.

— Sei que se preocupa, mas preciso voltar. São minha família.—digo sincera e abro um sorriso fraco para minha amiga que se dá por vencida.

— Tá... Mas promete que vai se cuidar e que vai me ligar todos os dias.— Annie fala como uma mãe preocupada, o que me faz abrir um sorriso.

— Tudo bem. Eu prometo.— digo e em seguida nos despediamos com abraços longos e confortáveis. Pego o táxi e vou até o aeroporto. Em seguida eu já estava no avião pronta para voltar para meu lar. Minha família.

Mistick Falls é uma cidade pequena, porém muito agradável e bonita. Mas já sinto falta dos prédios altos e antigos de Páris, com suas belezas únicas. As pontes altas com vista para rios ainda mais belos. E a torre Eiffel, única e mágica como nenhuma outra. A beleza de Paris jamais irá se comparar com nenhuma outra cidade.

O motorista para o carro em frente a bela mansão comprada por minha família. É de longe a casa mais bonita de Mistick Falls. Desço do carro e pego minhas malas agradecendo o motorista em seguida. Começo a caminhar até a entrada da casa e abro a porta que já estava destrancada. Adentro o local vislumbrando a maravilhosa casa a minha volta. Deixo as malas na porta e volto a caminhar até onde o murmuro das vozes de minha família me alcança.

Ouço uma voz feminina não familiar a mim e continuo a caminhar até onde eu a escuto.

...Quero que sejamos uma família de novo.— a voz se cala e logo adentro o local em que ela se encontra.

Minha família rapidamente se vira para mim. Me surpreendo ao ver todos reunidos. Uma mulher loira a frente de meu pai que eu jamais vi. Meus tios Kol, Elijah, Rebekah e o ainda não conhecido por mim mas suponho que seja meu tio Finn. E meu pai, que me observa com uma expressão indecifrável.

Maeve...— meu pai fala ainda surpreso e confuso.

Abro um sorriso. O mesmo sorriso que todos dizem que puxei dele e digo:

Ola papai. Sentiu minha falta?

Filha Do HíbridoWhere stories live. Discover now