Piores pesadelos

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Capítulo vinte e dois...

Capítulo vinte e dois

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Maeve

Flashback on

1942

Minha família estava constantemente apreensiva nesta semana. Chegaram até nós, notícias do que pode ser o paradeiro de Mikael, meu avô que jurou perseguir meu pai desde o princípio da história de minha família.

Não tínhamos certeza se ele realmente estaria na cidade, porém não deixaríamos de viver nossas vidas por conta de um boato que pode não ser verdadeiro.

A vida estava difícil. A poucos meses eu havia matado Oliver. E agora, eu era uma lobisomen. Ainda estava tentando aceitar tudo isso. Porém ainda era difícil. Oliver me machucou, como ninguém jamais havia feito.

Minha família agora estava em alguma peça teatral. Não quis ir com eles. Precisava ficar sozinha um pouco. A casa estava completamente vazia, a não ser pelos poucos funcionários humanos.

Deitada em minha cama observando a vista da noite estrelada da minha janela, me surpreendo ao ouvir um som estridente de um grito alto. Rapidamente me levanto e corro até a porta. Vou até o topo das escadas e vejo uma cena aterrorizante. Era ele. Mikael. Segurando nos braços encharcados de sangue, o corpo morto de Louis, uma das arrumadeiras. A casa estava em seu nome. E ela estava morta.

Mikael olha para cima e vê minha expressão horrorizada. Ele abre um sorriso dos mais assustadores que já vi e larga Louis na entrada da casa.

Não consigo mover um músculo. Eu estava sozinha novamente. Eu iria morrer. Consigo mover minhas pernas poucos passos para trás. Porém em um instante Mikael estava  atrás de mim. Tento correr mais sou impedida quando o Vampiro agarra meu pescoço e me prensa contra as grades do topo do segundo andar.

— Quem é você? E onde estão os donos desta casa?— ele tenta me hipnotizar. Porém não sabe que comigo isso não funciona. Ele aperta forte meu pescoço, me deixando sem ar.

— M-me solte....por favor!— tento falar mais ele me prensa com mais força ainda, contra as grades. Seu eu caísse o estrago com certeza seria fatal.

— Quem é você??— ele pergunta autoritário. Pensar em algum feitiço agora seria difícil. Eu estava apavorada demais. Finalmente eu conheci o tão temido Mikael. O ser mais perigoso desta Terra. O mal que impede minha família de ser feliz e livre.

— SOLTE ELA AGORA!— um alívio gigantesco desce por minha coluna. Meu pai. A voz de meu pai aparece na casa. Eles haviam chegado e iriam me salvar.

Mikael se vira para meu pai que permanecia no andar de baixo da casa ao lado de meus tios. Sinto a grande tensão prestes a começar.

— Finalmente... não fazem ideia do quanto espero por este momento para matar você...garoto.— Mikael fala e não consigo olhar para trás para ver a expressão de meu pai. Eu estava com tanto medo.

— Solte ela...se me quiser. Solte ela e eu me entrego a você.— meu pai fala e ouço sua voz apreensiva. Ele estava com medo. Meu pai, meu herói estava com medo.

Mikael parece perceber que sou importante para meu pai, e então aperta ainda mais meu pescoço. Solto um grito estridente, meu pai parece soltar um rosnado de pura raiva. Era simples. Se eles se mechessem eu estaria morta.

— Pai! Por favor...solte-a.— meu tio Elijah fala e sinto o aperto de Mikael ficar mais forte. Provavelmente eu estava ficando azul. O ar era difícil de respirar.

— P-papai....— sussurro suplicante. Eu sentia. Sentia que ele iria me matar.

— Papai?— Mikael questiona olhando para mim. — Essa aberração é sua filha Nicklaus?— Mikael pergunta curioso. Ele olha para meu pai e abre um sorriso completamente maléfico.

— Por favor....— meu pai fala como um sussuro. Ele estava chorando. Ouço algo bater no chão.

— De joelhos, garoto? Não sabia que criaturas como você, sabiam amar. É poético  que vai vê-la morrer.— Mikael fala e um segundo depois sinto tudo diminuir o ritmo. Num piscar de olhos Mikael coloca as mãos no meu pescoço pronto para quebra-lo. A última coisa que ouço antes de morrer é o grito apavorado de minha família. Mikael quebra meu pescoço e me joga do segundo andar. Eu estava morta.

Flashback off

Abro os olhos abruptamente. Minha respiração está descompensada e ofegante. Olho ao redor e vejo que ainda estou presa. Olho para frente e vejo Damon sorrir.

— Então foi assim que se tornou vampira? Mikael matou você??— ele pergunta e se não estivesse tão fraca explodiria seus belos olhos azuis. Solto um grito de pura raiva.

— SAI DA MINHA CABEÇA!— grito com raiva. Damon invadiu minha cabeça, mexeu nas minhas piores memórias. Minha primeira morte. Lembrar daquilo me causa uma sensação de fraqueza e ódio.

— Calminha bruxinha... Só queria te conhecer melhor. E tecnicamente me vingar por ter mordido Elena.— ele fala irônico e se aproxima ainda mais de meu rosto.

— Vou fazer você assistir, enquanto mato ela, Damon.— digo abrindo um pequeno sorriso que não chega até os olhos. Damon fecha a expressão e fecha uma das mãos novamente até meu pescoço. Ele se aproxima do meu ouvido.

Vamos ver em qual outro pesadelo seu, podemos nos aventurar de novo...— Damon fala e sinto um arrepio ao saber que vai invadir minhas memórias de novo. Eu estava muito fraca. Seria fácil para ele. Porém antes que Damon comece, ouvimos passos se aproximarem da porta. Damon se vira e quase perco completamente o ar ao ver quem estava ali.

Eu cuido dela agora Damon. Pode sair por favor.— Stefan fala com a expressão fechada. Damon abre um sorriso maléfico e caminha até o irmão. Ao passar por ele ouço ele dizer:

— Tenha cuidado com sua namoradinha Stefan. Ela é bem raivosa.— ele fala e desaparece pelo corredor.

Stefan continua me encarando. Não consigo distinguir sua expressão. Eu o observo com raiva, pura raiva. Ele se aproxima alguns passos e entra. Fecha a porta e se aproxima ainda mais de mim. Não consigo dizer nada que possa descrever o ódio que sinto dele nesse momento.

Stefan se ajoelha na minha frente e num movimento inesperado leva uma das mãos até meu rosto, e acaricia minha bochecha ainda manchada com o sangue de Elena.

Não consigo mover um músculo. Não consigo afasta-lo. Estou com raiva, porém estou tão triste e magoada. Não sei como agir. Perco completamente o fôlego quando Stefan se aproxima ainda mais, ficando a centímetros de meu rosto e fico sem palavras quando ele sussurra:

Vou tirar você daqui, Maeve.—

Filha Do HíbridoWhere stories live. Discover now