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Maeve
— Ela está.... grávida.
A lei de Murphy diz que, tudo que pode dar errado, vai dar. Mas isso....isso não é só errado, isso é.... impossível.
Acho que permaneço tempo demais sem dizer qualquer palavra, porque meu pai, caminhando de um lado para o outro de meu quarto está, completamente maluco.
— É impossível!— ele esbraveja, arregalando seus olhos azuis na direção da bruxa ao meu lado, que permanecia chocada.
— Eu.... Sinto a criança. Eu tenho certeza, ela está definitivamente grávida. A bruxa diz, mas mal consigo ouvir o que ela fala, ou o que qualquer um neste quarto está falando. Só o que ouço é a maldita palavra.
Grávida.
— Maeve? Como isso é possível?— tia Rebekah está fazendo uma pergunta. Pela primeira vez eu consigo encarar outra pessoa que não qualquer ponto distante de meu quarto.
— Eu.... Eu... não sei, não sei...— as lágrimas são rápidas, mais rápidas do que eu consigo empedi-las de saírem de meus olhos e mancharem meu rosto.
Meu pai ainda caminha de um lado para o outro. Parece inconsolável. Chocado, com ódio. Talvez de mim. Eu também me odeio agora.
Um bebê.
Um bebê.
É uma palavra tão estranha nos meus lábios. Tão real....
— Como isso é possível???— tio Elijah pergunta pela primeira vez para a bruxa Diana. Que imediatamente o encara com certo medo.
— Eu... Eu não sei, Maeve parece ter um poder incalculável, um poder impossível... A magia não tem barreiras quando se trata de tanto poder assim, qualquer coisa...pode ser alcançada.— a bruxa fala, tentando encontrar alguma explicação naquilo tudo.
Mas não tem...
Simplesmente não tem explicação...
Foi só um.... Milagre.
— EU VOU MATA-LO. EU VOU MATAR STEFAN!— meu pai grita, segundos antes de jogar uma cadeira de maneira no meio de minha parede. Causando um barulho alto, chamando minha atenção para aquele nome pela primeira vez.
É claro...
Stefan.
Stefan Salvatore. Talvez o grande amor da minha vida, o homem que finalmente conseguiu curar meu coração quebrado da última vez. Ele se recusou a desistir de mim, até é claro, eu dormir com o irmão dele...
— Papai... Eu...— tento falar, porém tio Elijah é mais rápido e se aproxima de nós para falar.
— Ainda temos uma questão importante. Stefan Salvatore é um vampiro. Como ele pode ter....conseguido engravida-la?? Como é possível? Vampiros não podem procriar.— tio Elijah fala, chamando minha atenção para esse detalhe importante.
— O poder de Maeve é tão grande, que de alguma forma, ela pode anular o problema de procriação de qualquer vampiro. Ela é fértil. E pode fazer qualquer coisa ser também, se assim procriar com ela..— a bruxa Diana fala, me deixando cada vez mais confusa e estranha.
— Vamos dar um jeito nisso Maeve. Se não quiser continuar com isso eu vou te apoiar totalmente. Nós vamos ficar bem, eu prometo.— meu pai fala, se aproximando da cama onde eu continuo deitada. As lágrimas são a única lembrança de que eu ainda sinto. Ainda tenho sentimentos.
— Não vamos matar um bebê, Niklaus! Maeve, vamos criar essa criança juntos, podemos sair de Mystic Falls de uma vez por todas. Começar do zero. O que você acha?— tia Rebekah fala, porém todas as suas palavras só me deixam ainda mais nervosa.
Preciso pensar.
Preciso me acalmar...
Eu não me sinto bem, todos estão falando, todos estão decidindo a minha vida. Mal posso ouvir meu coração. Mal posso respirar.
Sem conseguir aguentar eu simplesmente explodo.
— EU NÃO SEI DE QUEM É!— digo, deixando as lágrimas caírem e chamando a atenção de minha família.
— Como é?— meu pai pergunta, sua expressão confusa e chocada me atinge em cheio.
— Eu não sei.... Eu não sei de quem é.— digo ainda chorando. Meu coração está acelerado e dolorido. Quero tanto que esse sofrimento acabe.
— Como assim Maeve?.... De quem pode ser?— tia Rebekah pergunta, tão chocada e surpresa quanto todos ali.
