— Não. Soube que algumas delas até gostam de caras com marcas de guerra.

Você é uma?

— Certo.— Falo limpando minha garganta levemente desconfortável, e Natália sorrir como se meus pensamentos estivessem estampados em meu rosto.

— E Robert?— Procuro saber, sei que não posso me estressar. Mas é inevitável, estou tão estressado ultimamente combesse stalker, pensando que a qualquer momento poderíamos ser vítimas ou pegos por ele. E saber que quem planejou tudo isso estava o tempo todo próximo de nós dois...de Natália! Isso me enfurece em um nível inexplicável.

— A polícia o pegou.

— Ele confessou?— Pergunto

— Em parte sim. Mas o fato deu ter afirmado tudo, acho que criou uma pressão. Ou ele confessaria e seria levado por conta própria  ou sob a arma da polícia. Nós dois sabemos que a segunda opção seria humilhante demais para um empresário da alta classe.

— Então ele está preso.

— Provisoriamente. — Natália afirma passando a ponta da unha por cima dos meus dedos, causa um arrepio gostoso. E abaixo meus olhos para observar essa ação, sentindo meu coração um pouco mais rápido. — Irei testemunhar contra ele.

— Deve estar sendo difícil. — Reconheço. Eu sinto vontade de soca-lo a cada pensamento sobre ele, mas não tenho qualquer ligação afetiva ou emocional com ele. Já Natália tem. Ela o via quase como um pai, foi o cara que esteve com ela desde o início,  então é compreensível que seja complexo o que está sentindo agora.

— Sim, muito. — Suspira e envolvo sua mão na minha, sentindo a maneira como seus dedos macios constratam os meus. — Mas é o certo. Robert usou um cara que visivelmente tinha transtornos psicológicos, e a troco de quê?

Eu poderia lhe responder isso, mas no momento não é o que ela precisa. É uma pergunta retórica, então permaneço com sua mão ao redor da minha, sentindo seu carinho contra meus dedos.

Robert se deixou levar demais pela ganância, o que começou como um jogo de marketing que facilmente poderia ter acabo quando a peça começou, dado um final nisso. Mesmo que ainda assim, fosse muito errado. Piorou ainda mais quando o rapaz envolvido nessa peça, comecou a acreditar demais no personagem que ele só estava interpretando 

— Sendo bem sincera, eu sinto muito por aquele rapaz. — Ela diz me acordando dos pensamentos, e me surpreendendo em certa medida.

Eu seria uma péssima pessoa se dissesse que não sinto? Não desejaria a morte dele, mas também não me sinto culpado por isso.

— As coisas poderiam ter tomado um rumo diferente.

— Sim, poderiam.

— Se ele não tivesse virado aquela arma na sua direção...— Suspiro fechando meus olhos, e sinto ela apertar mais sua mão na minha — Tudo poderia ter terminado diferente.

— Acho que a intenção dele também não era aquela, mas quando entrou na suíte e nos encontrou...— Ela para de falar, mas sinto que de alguma forma é algo importante.

— Diga.— Peço voltando a olhar para ela.

— Acho que ele perdeu um pouco do foco quando nos encontrou juntos. Provavelmente pensou que tínhamos alguma coisa. — Natália fala abaixando o olhar, pela primeira vez demonstrando um pouco de vergonha diante de mim. Nem mesmo parece a mesma mulher que é capaz de me enlouquecer completamente com um só sorriso, ou mínimo toque.

E estou gostando de ver esse lado dela.

—  E ele estava errado?— Pergunto.

Natália ergue seus olhos na minha direção, respirando fundo por entre os lábios e mantenho meus olhos naquele ponto em específico. Não posso me mexer muito porque além do meu peito e ombro estar envolvido pelo pano de contenção, também estou com o soro caindo na minha veia.

— Eu não sei. — Natália responde sendo sincera. Sei que temos essa coisa indefinida, a troca de beijos e as noites que passei em sua suíte após a nossa primeira transa, a cada final de apresentação.

Não fizemos questão de definir nada, e muito menos de declarar qualquer sentimento. Me sinto confortável com isso, mas acho que agora chegamos em um ponto definitivo.

Pegamos os envolvidos na perseguição, Natália provavelmente terminará sua turnê que falta bem pouco para o fim. Estou ferido então terei que dar uma pausa em meu serviço, outro segurança talvez entre em meu lugar, ou nem precise já que o caso foi resolvido.

Então, no geral não temos mais nenhum motivo para estar um na vida do outro.

A única coisa que poderia ainda me manter em sua vida é caso ela quisesse, fizesse questão. Eu quero isso, mas preciso saber que ela também quer.

Estamos juntos há poucos meses, é cedo pra dizer aquelas três palavras. Ainda 3stamos nós conhecendo,  e nem mesmo sabemos se esse sentimento vai amadurecer. Mas ainda assim, temos que dar um ponto nisso.

— Não precisa falar que...

— Não sou a pessoa mais fácil de lidar e a mídia vive implicando comigo. Não quero te envolver nisso.

— Acho que já fui bem envolvido. — Comento olhando de relance pro meu ombro, e Natália me olha culpada.

— Então, quer mesmo fazer parte dos bastidores da vida de uma estrela da Broadway?—  Questiona receosa. Como se existisse alguma possibilidade deu dizer que não.

— Isso envolve que eu precise te ver sempre com aquelas roupas coloridas e cheia de maquiagem?

— Sim. — Ela da de ombros. — E provavelmente terá que lidar com mais algumas muitas noites de choro e whisky, eu vou ficar um porre em alguns momentos.

Eu sei que vai, e eu compreendo isso. Não é fácil superar algo assim.

— E quando estiver nas melhores noites?— Questiono tentando aliviar sua mente.

— Então terá a melhor, e mais selvagem versão minha.

— Ok. Pra mim é o suficiente.

— Nem tão cedo poderei te ajudar naquele sonho de ter um casa de campo. — Ela fala me surpreendendo, porque, nem tinha pensado nisso.

— Por enquanto eu me contento com o que tenho. — Lhe garanto, enquanto ela me olha meio desconfiada ainda. — Você não faz ideia de como eu tive medo que aquele tiro pegasse em você. Por um momento, me assustei tanto.

— E Por que?— Ela pergunta, mesmo depois de tudo o que falamos. Será mesmo que ela não vê?

— Porque eu me importo com você, Natália. Não pensei nisso o suficiente pra determinar o quanto, ou saber expressão isso em palavras de forma fiel e justa. Mas eu me importo. E bem mais do que já fiz com qualquer outra pessoa. — Garanto, seus olhos mantendo-se focados nós meus, enquanto eles enchem um pouco e ela balança a cabeça contendo um sorriso.

— Você poderia ter  morrido!Sabe como eu chorei?— Pergunta, e sei que essa é a sua maneira de dizer que também se importa muito comigo.

— Posso fazer uma ideia.— Respondo, sorrindo e sentindo meu peito mais leve, assim como meu coração.

Pela primeira vez meu coração totalmente leve.

Sua mão permanece envolvida pela minha, e ela abaixa o rosto beijando a minha palma. E fecho meus olhos, em muito tempo, pela primeira vez sentindo que posso enfim relaxar.

 E fecho meus olhos, em muito tempo, pela primeira vez sentindo que posso enfim relaxar

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Obrigada por acompanharem a história 💖

SHE | S.M ( completo)Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin