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De longe, acordar em um hospital não é a melhor sensação do mundo

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De longe, acordar em um hospital não é a melhor sensação do mundo. Na verdade, poderia facilmente ser declarada como uma das piores.

Meu corpo todo parece uma geleia, mas o pior é que eu sinto minha cabeça doer como se fosse explodir a qualquer momento.

— Ei.

Surpreendo-me com Natália sentada ao meu lado no quarto do hospital, ela está sobre uma das poltronas. Está bem, e isso me alivia. Seu cabelo está solto sobre os ombros, sua roupa é diferente da que estava usando quando tudo aconteceu naquela suíte.

— Como você está?— A pergunta sai da minha boca, mesmo com a voz falha e minha respiração cortada.

— Acho que eu teria que lhe perguntar isso. —Natália responde, mas diante do meu olhar, ela opta por me responder logo. — Estou bem. — Sei que é sincera, apesar da tristeza em sua voz  —Fiquei tão preocupada com você.

— Foi somente no ombro, não sei se ele atirou com intenção de me enfraquecer ou foi sorte .

Mas pela maneira como ele segurou aquela arma, duvido muito que teria a capacidade de atirar em meu ombro de maneira tão boa.

Uma puta sorte de principiante.

— O que aconteceu?— Pergunto. Não precisa explicificar, ela compreende sobre o que eu tô falando.

— Você ainda conseguiu disparar antes de desmaiar, morri de medo quando o vi cair contra o chão e em seguida mesmo com dor procurar sua arma. O tiro atingiu a perna dele, e foi o suficiente para distrai-lo i suficiente para os seguranças conseguirem atirar. Ele não sobreviveu.

— Sinto muito que tenha que ter visto isso.

— De certa forma eu sou a principal envolvida, não é? — Novamente o sorriso triste em seu rosto.

— Ainda assim, você era a vítima. Não a criminosa ali. — Penso um pouco. — Acha que em algum momento vai conseguir lidar com tudo isso?

— Acho que sim. — Natália encara agora as mãos. —  Com tempo, terapia e umas doses de whisky.— Sei que ela naovesta falando somente para brincar, é a sua realidade. Balanço a cabeça concordando com ela.

Ficamos em silêncio, tenho tantas coisas pra perguntar a ela, mas também para lhe dizer. Nem mesmo sei por onde começar, sendo sincero meu ombro ainda está doendo um pouco.

— Será que a marca ficou muito feia?— Pergunto, Natália olha na direção onde deveria ter a bala cravada. Ela respira fundo, e seu olhar enche com um certo carinho que não estou acostumado a ter em minha direção.

—  Não, acho que não. Mas se tiver, acho que as mulheres não vão se importar muito. — Ela da de ombros, e arqueio minha sobrancelha.

— Oh, não?

SHE | S.M ( completo)Where stories live. Discover now