— E qual seria o nome?— O senhor pergunta, tendo quase a mesma idade e aparência que o pai de Natália. — Por acasos de repente poderíamos ir assisti-la.

Eles falam em um tom de presunção, como se a presença deles fosse muito requisitada pela atriz. Natália da um pequeno sorriso, provavelmente sabendo que a reação de todos não será bater palmas para ela ou parabeniza-la, o choque ou horror são bem mais prováveis.

Primeiro ela termina de mastigar a torta de maçã, da um gole em sua água, e suspira erguendo o olhar para todos na mesa.  O olhar do seu pai contra ela facilmente seria confundido com o olhar de uma pessoa que verdadeiramente odeia a outra, ele deve estar rezando internamente para que ela não fale nada em específico, ou mude de assunto.

Mas, obviamente Natália não fará isso. Ela não tem vergonha sobre o que faz, não tem vergonha nem da sua profissão nem de seus personagens.

Se tem alguém que precisa se envergonhar aqui, está do outro lado da mesa encarando- a agora.

— Sou uma das personagens principais da peça. — Natália responde. — Lady Marmalade. Imagino que conheça.

Oh, sim. Todos conhecem, pela expressão no rosto dos pais da futura madrasta da Natália...Da para perceber que não somente conhecem, como tem uma opinião bem formada.

— Ah, bem. Isso é inusitado. — A mulher mais velha fala claramente sem graça.

— Bem...— O senhor diz limpando a garganta, olhando primeiro para esposa. Depois olhando para o pai de Natália, e o clima na mesa fica ainda mais tenso do que poderia ficar.

— Certo...—  O pai de Natália interrompe. — Acho que conseguimos descobrir a profissão da minha filha. — Fala quase entredentes, e aproxima a taça com vinho da boca. — Que tal falarmos de algo mais relevante agora?

Opa.

— Algo mais relevante?— Natália interrompe qualquer assunto que estava pra começar.

— Sim. Como meu casamento, ou sobre como tudo ficará depois disso. — O pai dela responde sem nenhum pingo de noção. — Afinal, acredito que esse do motivo do meu jantar.

— Oh, claro. — Natália debocha largando seu garfo de lado, e encosto-me contra a cadeira, pronto para qualquer situação de conflito que aconteça agora. — E por acaso me trouxe por meio de todo esse circo por que?

—  Garota...— O pai dela fala, em um tom nem tão gentil. Enquanto a expressão de todos reflete o mais puro choque.

— O que?— Natália pergunta devagar, seus olhos focados no do pai.

— Não fale mais NADA.

— Não sou mais uma menininha, papai. Não tem mais poder de palavra sobre mim, nem mesmo sua vontade sobre a minha. Eu faço o que eu quiser, e quando eu quiser. Não sabia sobre esse casamento, muito menos sobre esse jantar. Quem foi pedir para que eu comparecesse foi você, então não trate como se eu não fosse uma convidada.  Porque não sou uma intrusa

— Por favor, não discutem.— Jessica pede aflita por ver os dois quase trocsndo insultos no meio do jantar. Acredito que isso não seria muito agradável aos olhos de todos eles.

— Acho que ficou mais do que visível que não tem mais espaço para Natália nessa família. — O homem fala em um tom tão prepotente que sinto vontade de socar seu rosto.

O baque provavelmente é mais forte em todos do que na própria Natália, seus olhos passam por cada rosto na mesa, menos eu. E depois para pensando por segundos que me corrói por dentro tanto quanto provavelmente a todos que estão no ambiente, quando ela ergue os olhos para o pai. Estão mais decididos e confiantes do que qualquer outra coisa antes vista por mim.

— Acho que ficou bem visível que esse jantar acabou.

Natália se ergue da cadeira sem se importar com qualquer licença de etiqueta, e a sigo incapaz de qualquer outra ação a não ser essa. Eu poderia facilmente socar o rosto daquele velho, ou dizer umas coisas que certament4 tiraria seu sono a noite,  mas tenho consciência de que isto não é uma briga minha. É algo que Natália tem qu3 resolver,  é um problema pessoal dela, se me trouxe é porque queria companhia e não um príncipe encantado à cavalo branco.

Ela não precisa dessa merda.

— Aliás...— Natália se vira, bruscamente e quase tombando seu corpo ao meu. Seu olhar volta a mesa,  e estamos em um distância grande o suficiente, já que já alcançamos a porta do cômodo. —...Nao me chame mais para participar desse circo, só porque quer satisfazer os olhos dos seus sogros e pegar parte da herança da pobre Jessica. — Ela faz um sorriso dramático, e arqueio minha sobrancelha, realmente surpreso em sua audácia. — E da próxima vez que comparecer em uma noite minha, avise com antecedência, sou ocupada e nem todas as vezes tenho tempo pra aceitar visita de fãs indesejados.

O olhos do seu pai abrem tanto que eu poderia jurar que o homem teráum ataque cardíaco a qualquer momento. Felizmente, tomamos a decisão de sair antes que a situação se complique ainda mais.

Seguimos para fora da casa, e quando entramos no carro. Vejo enfim Natália respirar fundo, e colocar as mãos na frente do rosto, não de uma forma dramática. É como sempre de uma maneira elegante apoiando o cotovelo no apoio da porta, e a não na frente da testa cobrindo igualmente os olhos.

— Você está bem?— A questiono. Mesmo que no fundo eu saiba que se ela realmente não estiver bem, não falará.

— Só um pouco exausta. — Diz, sua voz distante igual seus pensamentos. — Tem como uma pessoa ficar exausta de tanto sentir?

— Acredito que sim.— Falo enquanto dirijo ate o nosso hotel, minha arma sempre preparada para ser usada. Mesmo que eu tente fazer Natália se sentir o mais confortável possível nessa momento, não posso esquecer nossa real situação.

— Bem, Então é isso.

Com seu veredito final, seguimos para o hotel em um silêncio que nao chega a ser desconfortável. É um  daqueles silêncio que você sabe que muita coisa tem a ser dita, mas que por agora não precisa.

É um silêncio necessário.

Quando chegamos no hotel, sigo pelo elevador com Natália, ela encosta sua cabeça em meu ombro e a envolvo em meus braços. Então,  precisamos nos afastar quando as portas da caixa de metal se abrem, e seguimos para sua suíte.

Eu sei que ela está cansada demais para fazer qualquer coisa agora, até mesmo comer. Ou pelo menos falar, seu cansaço não somente é  físico, como também emocional e psicológico. Então, mantenho-me de canto,  respeitando seu tempo.

Enquanto ela vai ao banheiro para tomar banho, me certifico de conferir o cômodos da suíte. Estou quase terminando de checar cada ambiente, quando escuto um grito vindo da Local ao lado.

Um grito de Natália.

Mais tarde tem mais capítulos então ACALMEM os surtos ksksksk

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Mais tarde tem mais capítulos então ACALMEM os surtos ksksksk

SHE | S.M ( completo)Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang