Capítulo 29

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Alice
06/03/2020

Quando a espera já estava começando a ficar insuportável, Harry estaciona o carro e eu viro no banco para ter uma vista melhor da janela. Estamos parados literalmente no meio do nada, cercados apenas pela estrada completamente vazia e o imenso campo verde que parecia se estender infinitamente à frente.

— Essa é a hora que você admite ser um serial killer antes de me matar? — pergunto-o com as sobrancelhas erguidas e escuto uma gargalhada escapar da sua garganta.

— Seria interessante, mas isso terá que ficar para a próxima vez, tenho outros planos para hoje.

Deixo um sorriso brincar em meus lábios enquanto observo-o sair do carro e antes que eu pudesse fazer o mesmo, Styles dá a volta e abre a porta para mim.

Quando estou pisando sobre o asfalto com meus saltos altos me permito implicar um pouco com ele:

— Que cavalheiro senhor cachinhos.

Sua mão de encontra na minha e quando estamos andando lado a lado, escuto-o dizer baixinho:

— Para você, sempre.

Tento reprimir que um sorriso bobo domine meu rosto, mas falho miseravelmente. Minha expressão de apaixonada só é substituída pela surpresa quando damos a volta no carro e eu finalmente entendo o que acontece nesse lugar.

Paro abruptamente antes que possamos pisar na grama e levanto a cabeça para olhá-lo — chega a ser patético que mesmo comigo usando saltos de dez centímetros, ele ainda consiga ser maior que eu.

— Vamos andar de balão? — minha voz sai num tom animado e eu mordo o lábio inferior tentando controlar a ansiedade que começou a percorrer meu corpo.

— Olha só, você é mesmo inteligente — ignoro a provocação na sua entonação e me jogo em seu corpo.

Surpreso com minha atitude, Harry dá cerca de três passos para trás, numa tentativa de se equilibrar, enquanto abraça minha cintura. Nossas risadas ecoam pelo ar e eu afasto minha cabeça do seu pescoço para deixar milhares de beijinhos por todo o seu rosto.

— Eu sempre tive vontade de fazer isso, como adivinhou? — pergunto, encarando seus olhos com atenção.

Vejo ele dar o seu típico sorriso tímido, ação que só aquece ainda mais meu coração.

— Eu tenho minhas fontes.

Reviro os olhos para ele que volta a andar lentamente para o grande galpão para onde estávamos indo antes.

— Ei, me deixa descer — retiro meus braços do seu pescoço, numa esperança de que ele me soltasse, mas o que Harry faz é apenas apertar ainda mais minha cintura — eu tenho pernas e elas servem para andar, não sabia disso?

Reparo no modo como suas duas sobrancelhas se erguem e como seu lábios expressam o que eu tinha apelidado de "sorriso irritante".

Antes que eu menos espere ele começa a correr, o que me faz gritar e passar minhas pernas pelos seus quadris, com medo de cair no chão. Sem me dar por vencida, bato nas suas costas numa tentativa de que ele resolva parar de bancar o bobo da corte e me solte.

DEFENCELESS | H.S |Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum