Capítulo 38

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- Uau! - Roy e Emily sussurram ao meu lado, chocados com a linda paisagem.

- Bem-vindos ao Pontal do Atalaia! - Sorrio satisfeita - Vamos descer.

Os dois me acompanham descendo a grande escadaria, rodeada pela mata virgem, que dá acesso à praia.

- Estou encantado com este lugar, amor!

- É realmente encantador! Essa natureza é perfeita! Revela a essência do seu criador. - Eu compreendia a admiração do meu namorado e de sua irmã, pois toda vez que vínhamos para o Rio de Janeiro, nunca deixávamos de ir, pelo menos um dia, em Arraial do Cabo. As praias eram lindas! - Meu bem, só tenta disfarçar sua cara de surpresa, está parecendo um legítimo gringo - Dou risada de sua expressão espantada.

- O que é isso? - Questiona.

- O que você é! Turista, estrangeiro... - Dou de ombros.

- Hum... - Murmura. Olho para Emily e pressiono meus lábios contendo uma risada.

- Em, que cara de sofrida é essa! - A pequena me lança um olhar mortal e caminha mais rápido. Em poucos minutos chegamos à areia e logo avisto minha família, assim como Emily, que sai correndo em direção aos três.

- Querida, você está ofegante! - Mamãe diz pegando a bolsa de praia das mãos da minha cunhada.

- Culpa dessa escada assassina - Reclama com uma carranca.

- Imagine como será na hora de voltarmos. - Zomba Sofia.

- Poderiam ter colocado uma enorme escada rolante - Rimos do seu comentário inocente.

Arrumamos nossas coisas junto com as outras bolsas e nos acomodamos. Assim que a pequena tirou o vestido virou para o homem ao meu lado com cara de pidona.

- Ro, vamos entrar no mar? Por favor! - Começou a pular jogando areia em nós.

- Tudo bem, Em, mas antes peça desculpas por estar jogando areia nas pessoas! - Meu namorado disse autoritário. Nossa como ele fica sexy assim... Vigia, Ana Clara Bianchi!

- Desculpa, pessoal! - Ela baixou a cabeça encarando seus pés sujos de areia.

- Você fica tão fofa constrangida. - Apertei suas bochechas. Levantei-me em seguida, retirando a saída de praia - Vamos ver quem chega primeiro?

- VAMOS! - Gritou Sofi saindo correndo em direção ao mar.

- EI! ISSO NÃO VALE! - Emily começou a correr seguindo minha irmã.

- É, acho que já perdi! - Suspirei derrotada e fui caminhando, sem perder a pose.

Quando estava prestes a chegar no mar, sinto alguém segurando minha mão, mas não demorei para descobrir quem era.

- Uma dama não pode andar desacompanhada por aí! - Virou-me para ele. Em seguida beija meus dedos delicadamente.

- E o cavalheiro à minha frente me daria a honra de sua companhia? - Arqueio uma sobrancelha fazendo charme.

- A senhorita não precisava nem pedir! - Roy se aproximou de mim, mas quando ia colar nossos lábios fomos encharcados.

- Parem de melação e entrem logo no mar! - Sofia e Emily jogavam água em nós sem parar. Olhei para Roy e com apenas um olhar ele entendeu o que estava pensando. Em seguida, começamos uma guerra de água, como quatro crianças.

O mar estava calmo, mas gelado. Após o fim da guerra, Emily e Roy foram um pouco mais para o fundo. Ele segurava a pequena enquanto ela admirava os peixes nadando ao redor deles. Sofia e eu resolvemos voltar para a mesa. Pedimos água de coco e ficamos de papo. Quase vinte minutos depois, os irmãos Carter retornam da água.

𝗗𝗮 𝗩𝗮𝗿𝗮𝗻𝗱𝗮 [Livro 1]Where stories live. Discover now