Místicos - As Crônicas De Myustic - Livro 1

Capítulo 14 - As Pedras do Merecimento

― Menos de 24 horas estamos aqui juntos novamente ― Maika começou a dizer enquanto os levava para o quintal do lado de fora. ― Bem, as coisas serão diferentes como a da última vez.

O Sol estava quente no quintal enorme nos fundos da casa, a grama verde estava brilhosa e Joaquim, o cão de Vladir, brincava com uma bola. O vento estava bem fraco, mas poderia trazer chuva pela noite.

― As Skanteij são marcas de merecimentos ― disse Maika. ― Você precisa passar por uma provação para receber a marca ― ele indicou que Amanda e Gabriel seguissem até centro do quintal.

Amanda e Gabriel fizeram o que Maika pediu enquanto ficou ali onde estava. As mãos do feiticeiro começaram a soltar fios de magia conforme viraram de volta para porta dos fundos. Os olhos de Maika brilharam e mesmo a distância era um brilho bem forte. Mexeu as mãos em movimentos sincronizados, um padrão de movimentos, e enquanto falava palavras que Gabriel não entendia.

Gabriel percebeu que um pequeno floco de luz caiu sobre seu ombro, ao olhar para cima viu um grande portal aberto. Um círculo de magia que rodava mostrando a imagem de um céu escuro cheio de estrelas. Sem que Gabriel percebesse, Maika estava a sua frente brilhando em azul e com um único movimento das mãos o céu escuro caiu sobre eles.

Estavam em um campo aberto em algum lugar que Gabriel não sabia onde. Seus poderes se contrariam na atmosfera diferente. A Lua minguante no céu estava em seu alto brilho. Qualquer civilização poderia estar a quilômetros longe.

Amanda estava maravilhada com o que tinha acontecido, assim como Gabriel. Maika tinha uma expressão séria. Seus poderes pareciam estar no máximo, pois todo seu corpo emanava uma energia na cor azul.

― Vamos ser rápidos ― disse Maika como um aviso ―, meus poderes não aguentam muito tempo nesse mundo.

― Onde estamos? ― perguntou Amanda enquanto seguiam Maika que descia a colina onde estavam.

― Vocês já ouviram que estamos dentro uma teia de mundos ― explicou Maika. Seus cabelos escuros estavam começando a brilhar com a mesma luz de seus olhos. ― Bem, se não, vou dar uma resumida. Nosso mundo ou dimensão como gosto de chamar, é parte de um emaranhado de outros mundos também. Estamos agora em Mor, uma das dimensões próximas a nossa. E aqui que estão as Pedras de Merecimento.

Gabriel já tinha ouvido falar que as Fadas tinham vindo de outro mundo, assim como os Elfos que viviam no Grande Continente, assim como suas magias. Ele ficou um pouco impressionado com o que o poder de Maika poderia fazer. O homem conseguiu levá-los para outra dimensão em um piscar de olhos.

― Então, você consegue ir para outras dimensões? ― Amanda perguntou.

― Para fazer isso, preciso de uma grande quantidade de poder ― Maika parou e mostrou a eles um vasto campo de grama muito verde e no meio dele havia um monte de pedras que juntas formavam um círculo.

― Você disse que as marcas vieram dos povos Na e Ka. ― Gabriel foi para o lado do feiticeiro. ― E vamos conseguir elas em outro mundo? Não entendi.

― As Pedras do Merecimento existem em todos os mundos ― explicou Maika ao seguir em frente. ― Elas são a vida, existem em todo lugar. Só sabemos que elas conseguem dar skanteij, mas suas outras funções são desconhecidas por nós. As Pedras do nosso mundo eram usadas pelos povos no começo para dar as marcas, mas foram destruídas na Guerra da Noite.

Eles pararem em frente a elas, eram do tamanho de uma casa e sua cor era a mesma do grafite. Eram sete ao total. Como estavam posicionadas em forma circular, conseguiam ver no centro daquele círculo um símbolo que lembrava um F bem estanho. As outras pedras tinham símbolos que Gabriel não conseguia reconhecer.

― Bem, chegamos ― disse Maika ao ir para o centro. ― As Pedras do Merecimento.

Amanda e Gabriel começaram a rondar o local para tee uma imagem total. Amanda que usava uma camiseta escura e fina começou a ficar com frio, mas ao perceber que Gabriel a olhava mudou sua expressão de frio para conformidade, como se o vento gelado não a incomodasse mais.

― Quero os dois no centro ― ordenou Maika ao se posicionar a dois metros das Pedras. Assim, os dois fizeram, foram para o centro. Ficar ali parecia um pouco estranho para Gabriel. ― Dêem as mãos. ― Os dois deram um passo para lado. ― Se querem que isso funcione, precisam dar as mãos.

Relutantemente, os dois seguraram as mãos uns dos outros. Gabriel se sentiu desconfortável segurando as mãos dela, sabendo que não queria queria aquilo realmente. Os dois olharam para Maika.

― Preciso que vocês foquem em sair de onde vocês estiverem ― explicou Maika enquanto levantava as mãos. ― Como estão indo juntos para o mesmo lugar, precisam se encontrar e passar pelas provações que a magia das Pedras colocarão vocês. ― Ele parou as mãos no alto. ― Estão prontos?

O vento soprou forte.

― Sim ― disseram ao mesmo tempo.

Tudo ficou branco assim que Maika fechou as mãos.