Capítulo 19: Herói

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  Eu tava com 4 capítulos escritos, mas tendo uma conversa com uma galera eu acabei decidindo dar um ato inteiro pra contar a história do Leno, então tive que escrever tudo novamente, serão três partes, como ele lidou com a chegada dos aliens, como foi o caminho até achar os meninos pela prienria vez, e até achar eles pela segunda vez. Espero que gostem ❤


《 Narrado por Leno 》

 *Uma hora antes do desastre*

— você vai conseguir meu filho, o papai tem muito orgulho de você e desse cabeção inteligente que você tem — meu pai diz enquanto me abraça e me levanta no ar.

— ele precisa se concentrar amor, vai Leonard, tem poucas pessoas antes de você querido, eu sei que a sua apresentação será a melhor — escuto as palavras de minha mãe, o que os dois haviam dito me fez abrir um sorriso gigante no rosto.

— Leno, não esqueça que se você ganhar eu vou pagar pizza pra todos nós — disse a namorada da minha irmã enquanto eles começaram a sair aos poucos.

— ei campeão — minha irmã vem até mim e passa a mão em meu cabelo — veio aqui pra competir, mas acima de tudo, se divirta, você ama a ciência desde quando aprendeu a falar, esse é o seu destino, mostre para todos quem você é.

  Ela dá um beijo em minha testa e sai em direção a porta, eles estão indo para as arquibancadas do evento, eu estou um pouco nervoso mas não posso deixar que isso afete a minha apresentação, eu planejo isso tem quase um ano, vou conseguir!

— Leonard? — escuto uma voz atrás de mim e me viro em direção ao som, logo me deparo com Leslie, a garota mais linda que eu já conheci em minha vida.

— oi… Leslie, o que faz aqui? — pergunto um pouco nervoso, é óbvio que ela estaria aqui, é um evento da escola e ela é filha do diretor.

— estou procurando meu pai e te vi aqui, estou torcendo por você Leno — ela vem até mim e beija minha bochecha.

  Fico um pouco envergonhado e abro um sorriso nervoso em meu rosto, em seguida ela sai a procura do seu pai, esse com certeza é o melhor dia da minha vida.

— Leonard, você é o próximo — o produtor do evento me chama e começo a andar em direção ao palco com meu robô na mão, espero que ele não falhe.

  Olhei pela cortina, estava lotado de pessoas vendo a apresentação de uma menina que trouxe uma maquete de um vulcão que entrava em erupção, na fileira da frente vi Leslie se aproximar e sentar ao lado de seu pai, acho que ter se perdido do pai dela foi só uma desculpa pra ir me ver, espero não estar me iludindo. Mais atrás, umas 6 fileiras de distância da primeira, vi minha família, pareciam estar prestando muita atenção no assunto.

  A garota terminou a apresentação sendo aplaudida pelas pessoas que estavam ali, o apresentador do evento logo entrou no palco agradecendo a partição dela e em seguida falando sobre mim, a próxima pessoa a ir se apresentar, e sobre o que seria o meu projeto.

— vamos lá garoto, é a nossa vez de brilhar — digo enquanto olho para o meu robô, escuto meu nome sendo chamado e começo a andar em direção ao palco.

  Fui aplaudido ao entrar no palco, parei no centro e recebi um microfone, dei boa noite e fui respondido em alto som, sorri com aquilo, o nervosismo já havia passado, coloquei o robô no chão e peguei o controle para ligar ele.

— a primeira coisa que quero mostrar a vocês, o início de um grande projeto, a comunicação entre o Homem e a máquina, de forma que ambos se entendam, o início da programação que fiz, faz com que ele consiga me entender e me responder por comando de voz, por exemplo — me abaixo para poder falar com ele e olho em sua direção — Olá, boa noite, qual seu nome?

  "Meu nome é Robbie", disse o pequeno robô e a galera da plateia ficou eufórica, um barulho, alguns se levantaram, até que eu tirei o meu olhar do robô e me virei para a plateia, e foi aí que descobri que não estavam maravilhados com meu projeto, as feições eram de medo, algo acima de mim, me virei devagar e vi algo estranho saindo da cortina aos poucos, fui andando devagar para trás na medida em que ele andava em minha direção, um bicho feio, grande, ele levantou seu rabo devagar, vi que havia um tipo de ferrão nele, parecido com o de um escorpião mas modificado e assustador, eu sabia que ele iria me atacar, então fechei os olhos, escutei um barulho alto, um tiro, na direção do bicho, abri os olhos ao ver a criatura gritar e correr em minha direção, me abaixei rapidamente e ele passou por mim, deduzi que tivesse ido na direção em que o tiro veio.

— Leno — Minha mãe correu em minha direção e me pegou nos braços, escutei os gritos das pessoas enquanto corriam para fora do estabelecimento, vi que o monstro estava devorando a pessoa que havia atirado, o dono do local, pai de Leslie, o diretor!

  Minha família e eu saímos dali pela porta dos fundos correndo, eu havia ficado em estado de choque, não conseguia pensar demais, apenas a imagem da coisa vinha a minha mente a todo o momento, ao sair pela porta de trás, meu pai correu mais rápido que nós todos para que pudesse abrir o carro e ligar o mesmo, em seguida entramos todos no carro, escutei perguntas como "o que era aquilo?" ou "vamos morrer?", mas não consegui abrir a boca para falar nada.

  Meu pai deu partida no carro e saímos do estacionamento, ao chegar na avenida vimos carros passando a velocidades incríveis, pessoas correndo desesperadas chorando, e alguns outros monstros estavam rodando o local matando todos os que conseguissem, o pedal do acelerador nunca havia sido pisado tão forte quanto foi agora pelo meu pai, a cidade estava toda acidentada, carros capotados, por curiosidade não haviam corpos nem sangue, parece que eles agem sem deixar vestígios de que mataram.

  Desviando de alguns carros, motos e pedestres, meu pai seguiu o rumo para casa, vi alguns dos monstros no caminho, comendo humanos, em cima de prédios, e o medo me consumia, levou cerca de uns 4 minutos apenas para chegarmos em casa, deixamos o carro parado na frente de casa e corremos para dentro, portas e janelas fechadas, todos dentro do quarto, eu não conseguia parar de tremer por causa do medo que estava sentindo.

  A cidade inteira foi invadida por gritos e mais gritos, tentei falar com alguns amigos por redes sociais mas ninguém me respondeu, no Twitter haviam pessoas se despedindo com mensagens e vídeos chorando desesperadamente, meu celular descarregou e só me restou a escuridão, cercado pelo grande manto escuro e pesado que é estar com medo. Minha morte vai ser inevitável, apenas tive sorte ao chegar bem em casa, logo irão entrar em minha casa e aí será o fim da minha história.

  Passamos a noite toda acordados, ao amanhecer tudo parecia estar calmo, meu pai foi até a janela e olhou para fora, disse não ter visto nada.

— fiquem aqui, eu já volto — disse ele ja saindo do quarto.

— vamos ficar bem meus filhos, eu prometo que não deixarei que nada aconteça com vocês — ao dizer esta frase, minha mãe beija minha testa.

  A cada dia que se passava a situação piorava, durante a noite eles andam soltos pelo mundo procurando os últimos humanos sobreviventes para servir de alimento, durante o dia simplesmente somem. Iniciei junto à meu pai alguns estudos sobre os aliens, foram 2 meses de pesquisa, e bem no dia de sua morte, descobri como matar um deles.

  Meu pai foi um herói pra mim, deu a vida para que sua família conseguisse fugir, e no meio de seu ato heróico, provou sua teoria da hortelã, depois daquele dia prometi a mim mesmo que iria sobreviver e contar a todos o quem ele foi um dia!

Para onde vamos agora? (Romance LGBT/Ficção)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora