Capítulo 15: Restaurante

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《 Narrado por Christian 》

  Saímos da fazenda sendo perseguidos, quanto mais andamos pela estrada, mais atenção chamamos, e mais hordas de ET's se aproximam, já fazem mais de 30 minutos que saímos e não param de chegar mais, já estávamos longe de casa, entrando na cidade grande. No banco de trás mesmo nervoso e tremendo, Leno dá um banho de Pulegona nas balas para munição, o resto da galera toda está com armas apontadas para as janelas atirando nos monstros que se aproximam.

— se segurem — Jackson grita do banco da frente, passa a marcha do veículo e pisa fundo nos fazendo andar mais rápido.

  Os grunhidos de raio vindo do porta malas, me partem o coração, Karen estava cuidando de seus ferimentos, pelo o que entendi, ela fez metade da faculdade de Enfermagem e metade da faculdade de Medicina Veterinária, mas não consegiu terminar os estudos por causa do apocalipse Extraterrestre. Enquanto isso, sua namorada Lia ajudava a mim e aos meninos com suas duas armas em mãos apontadas para fora do carro, a mira dela é incrível.

— luzes amarelas — Nick disse ao atirar na perna de um dos monstros.

  O local que ele se referia era um restaurante com uma placa enorme com luzes amarelas piscando. De forma totalmente não esperada, a porta do restaurante foi aberta, uma silhueta humana saiu de lá segurando algo parecido com uma arma.

  O teto do carro afundou um pouco com um peso em cima causando um grito único vindo das pessoas que estavam no carro, um dos ET's havia pulado em cima de nós. Escuto um barulho alto de tiro e rapidamente olho para o vidro traseiro do carro, o monstro estava se decompondo no chão, ele havia levado um tiro vindo da pessoa que saiu na porta.

  Nos aproximamos cada vez mais, pude ver que era um homem que ali estava de pé, ao seu lado um grande portão começou a se erguer para frente, como a porta de uma garagem. De lá saiu uma mulher também com uma arma, mas já atirando em nossa direção, mas nós não somos o alvo, os monstros não chegaram mais até nós, pois eram mortos antes pelos tiros dos dois. 

  Jackson posicionou o veículo perto em direção a tal garagem e foi apertando o freio de longe para que o carro possa parar exatamente dentro da garagem, mesmo com dificuldade pois estávamos com a velocidade muito alta, ele consegiu nos colocar para dentro, e o carro parou a exatos dois dedos de distância da parede interna do estabelecimento.

  Atrás de nós o portão foi baixado e pude ver que a mulher já era uma senhora de idade, chutei que tivesse mais de 50 anos, porém parece bem mais em forma do que os outros de sua idade.

— estão todos bem? — disse uma voz vindo de uma porta que se abriu ao nosso lado, o cara também parece ter entre os 50 ou 60 anos.

— eu não sei como agradecer — Jack vai até o cara e pega em sua mão — você nos salvou, eu achei que iríamos morrer.

— achamos que fossemos os últimos vivos — disse a senhora com um sorriso no rosto.

— nós também — Karen sai do porta malas com raio em seus braços.

— ele se machucou? — diz a senhora indo para perto do raio — venha, eu tenho uma cachorrinha também, tenho uma caminha perfeita pra ele.

  Ela leva Karen para dentro e Lia a acompanha.

— dou minha palavra a vocês de que estão mais seguros aqui dentro, vamos entrar, vocês precisam de água, devem ter se assustado muito com tudo isso — ele diz nos chamando para dentro, o seguimos devagar.

  O restaurante era maior do que imaginei vendo por fora, cheio de luzes amarelas, e ainda tem uma escada que leva para cima, onde fica a casa deles.

— se sintam à vontade, comam algo, devem estar com fome — ele disse indo em direção a escada — vou ver como o cachorro de vocês está.

— achei que ia morrer — Leno estava com os olhos cheios de lágrimas.

— calma, vai ficar tudo bem — o abraço, os meninos vem logo em seguida o abraçar também.

  O restante da noite foi bem mais calma, o barulho dos monstros se foi aos poucos, Leno dormiu e levamos ele para o quarto, só tem dois quartos na casa, deixamos um pros donos e o outro demos as meninas e o Leno, entramos em consenso de que devemos dormir lá em baixo nos bancos do restaurante. E assim fizemos, colchões de ar no chão, e os três deitados.

— o que faremos agora? — pergunto olhando para o teto.

— não faço ideia — Nick diz com um tom de voz calmo, provavelmente está pensando.

— tenho certeza de que não estamos nem perto de acabar com eles — Jack responde minha pergunta com a maior sinceridade possível — mas enquanto eu estiver vivo, não vou deixar que nada aconteça com vocês dois.

— não somos os únicos sobreviventes, achamos mais 5 nessa jornada… acham que nossos pais estão vivos? — a pergunta de Nick me fez tirar o olhar do teto, me virei no colchão e vi que ele estava com os olhos lacrimejando.

  Levantei do meu colchão e o arrastei até o do Nick os juntando, Jackson fez o mesmo, o abraçamos, cada um de um lado, o deixando mais calmo e relaxado, todos nós passamos por coisas ruins durante esse tempo, espero que isso tudo passe logo.

( Galera peço desculpas pela demora... quando eu comecei a escrever as histórias [Para onde vamos agora e Hallbeings] eu não imaginava que fosse começar a trabalhar, daí em outubro veio a proposta de emprego e eu com toda certeza aceitei, mas agora que tô com um tempo devido ao recesso de fim de ano, tenho alguns dias para escrever mais e vou ficar atualizando ambas)

Inclusive, leiam Hallbeings, é tão boa quanto essa ❤

Para onde vamos agora? (Romance LGBT/Ficção)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora