Capítulo 13: Leno

1.7K 188 57
                                    

《Narrado por Nicholas》

  Se passaram dias, semanas, e meses, pra ser mais exato, 2 meses. Ampliamos a segurança com as luzes, consegui ensinar os meninos a como se virar em uma fazenda, no início foi difícil mas eles se adaptaram. Nosso relacionamento se fortalece mais a cada dia, sempre nos ajudamos nas crises da depressão global.

  Três dias após o dia em que chegamos aqui, por pura sorte, conseguimos achar um gerador, o que tem nos mantido com energia, ele tem uma potência enorme, mas não sabemos ao certo quanto tempo ele ainda irá durar, e nem o que fazer quando isso acontecer.

  Estabelecemos uma série de coisas que devemos ou não fazer em relação à segurança, incluindo o fato de que toda sexta-feira saímos pra pegar mais suprimentos em supermercados e coisas assim.

— diário de bordo — escuto Christian enquanto passo em frente ao quarto, ele se diverte bastante com isso.

— bom dia — chamo sua atenção que me responde com um sorriso, adentro o quarto indo em sua direção, tampo a lente da câmera com minha mão e dou um beijo lento nele — vem tomar café quando terminar aí okay?

— tá certo capitão — ele concorda com a cabeça e sigo o rumo até o meu destino matinal, a cozinha.

  Desço até a cozinha onde Jackson fazia o café da manhã, chego por trás dele e coloco as mãos tapando seus olhos.

— se você adivinhar quem é, você ganha um beijo — digo em seu ouvido e sinto que ele tremeu um pouco. 

— não sei, talvez um alienígena — dou um leve soco em seu ombro e ele ri baixo — eu sei que é você leiteiro.

— dá pra parar de me chamar assim? — chego perto dele e dou um selinho.

— não, não dá, é o apelido da era — ele beija meu nariz devagar e volta a fazer o café da manhã — vamos ter que ir comendo no carro, não podemos nos atrasar, cadê o Chris?

— tô aqui — olho em direção às escadas e vejo o garoto descendo e vindo em nossa direção — bom dia Jack.

— bom dia neném — eles dão um selinho como o que eu havia dado em Jackson e logo o mais novo se aproxima de mim, fica agarrado em minha cintura e deitou a cabeça no meu ombro — hoje vamos na loja de armas que encontramos na semana passada.

— você acha que armas atingem eles? — pergunto com um pouco de receio e recebo um levantar de ombros.

— vamos testar — ele diz colocando um Waffle dentro de um pequeno depósito, vi que já tinham alguns dentro — comida preparada, vamos?

  Pegamos o nosso rumo em direcção a loja de armas, para seguir logo depois em direção ao shopping e pegar mais algumas coisas. No caminho, a mudança mundial já é nítida, árvores totalmente mais verdes, animais livres pelo mundo, eu fico imaginando se isso não é um tipo de castigo da natureza pros humanos que estavam destruindo ela. O caminho como sempre muito silencioso, chega a dar um pouco de medo. Literalmente estamos vivendo em um mundo pós apocalíptico.

— tá longe? — pergunto ao olhar no meu relógio e ver que já estamos na estrada por 40 minutos. 

— na verdade a gente já chegou — Jackson aponta na direção da loja, que era bem discreta pra ser uma loja de armas.

  Descemos do automóvel e de longe vi algo que me deixou triste, dois cachorrinhos mortos um perto do outro, no mundo existe um número imenso de animais domésticos, com o desaparecimento de seus donos, eles ficam sem comida, sem água, sem atenção e a grande maioria acaba preso dentro de casa e não tendo para onde sair. 

Para onde vamos agora? (Romance LGBT/Ficção)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora