Para onde vamos agora? (Romance LGBT/Ficção)

Capítulo 01: Jackson

  Prometi que ia vir aí e veio mesmo! KKK obrigado por nunca terem desistido dessa história quando eu mesmo não tinha mais tanta fé nela, eu espero que gostem do segundo ato, ele será focado totalmente na vida dos meninos antes do mundo apocalíptico.

Obs: eu tava relendo tudo pra pegar cada detalhe e por no segundo ato, e mano... como vocês conseguiram chegar até aqui com a escrita péssima que eu tinha? KKKK

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《 Narrado por Jackson 》

4 anos atrás

  Adrenalina nas veias sempre foi algo que gostei de sentir, o nervosismo em experimentar algo novo ao qual está ansioso para fazer, tudo isso toma conta do meu corpo enquanto seguro a arma em minha mão apontando diretamente para a garrafa que estava como alvo em cima de um tronco de madeira, a concentração me fez sentir apenas o barulho do vento batendo nas árvores da floresta, após respirar fundo, aperto o gatilho fazendo uma série de barulhos no local, primeiro o som da arma disparando, seguido dos pássaros que estavam nas árvores juntamente do vidro sendo quebrado, por último meu pai que se aproximou dizendo: — Você ficou bom em pouco tempo filho.

— Eu aprendi com o melhor — digo entregando a arma para o mesmo, ele me fazia treinar tiro ao alvo desde que tinha 12 anos, se não tivesse aprendido até hoje eu seria um completo inútil.

— Quer ir dirigindo? Não tem transito algum, você já tem quase 15, já sabe mais do que o básico sobre dirigir — ele sabe a resposta para isso, mais do que aprender a atirar, eu peço desde os meus dez anos para que o mesmo me ensine a dirigir, antes ele apenas me ensinava para que servia cada coisa, hoje já sei um pouco mais do que deveria com minha idade, minha altura também ajuda.

— Quero sim pai, quero muito.

— Já começou a pensar para onde vai se alistar? — andamos lado a lado na floresta em direção ao caminho que havíamos feito antes, o carro não estava muito longe dali.

— Eu quero ir pro exército, servir o país assim como o senhor e meu avô fizeram! — digo sorrindo e vendo o mesmo sorrir de volta.

  Não era mentira, poderia ter sido por pura influência, com uma família que insiste em falar 80% do tempo sobre guerras e exército, mas eu realmente tinha muito interesse.

  Alguns pais haviam recebido uma proposta para trazer seus filhos até o quartel no dia dos pais, é exatamente isso que estamos fazendo, ele havia me levado no local onde costumava treinar e tirar o estresse atirando em garrafas, me senti muito bem em passar um tempo com meu pai fazendo coisas que ele costumava fazer. Conversamos muito no caminho, cantamos juntos uma música que estava tocando no rádio do carro enquanto eu dirigia lentamente.

  Ao chegar no local eu havia pedido uma coisa a ele que o mesmo não achou certo, eu queria raspar o meu cabelo igual as outras pessoas que fazem parte do exército, depois de ligar para minha mãe, recebemos a permissão, fiquei feliz ao ver o sorriso que meu pai abriu enquanto falava com minha mãe pelo celular, eles não se veem muito por causa da distância, mas os dois se amam muito e sempre quando estamos juntos saem os melhores momentos da minha vida!

— Olha só quem está aqui — escuto uma voz ao meu lado enquanto espero o homem chegar com uma máquina para poder cortar meu cabelo.

— Tia Claire — fiquei muito feliz em ver ela novamente depois de dois anos, ela é a melhor amiga do meu pai, companheira de trabalho do mesmo desde que entrou no exército.