25 - Suplicas diante do feudo

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     No ar a brisa percorria pelo rosto de Urion, meditando com o plano em mente um grande nervosismo o abateu, o momento havia chegado e como nunca antes suas asss deveriam bater o mais acelerado possível, ao passar pelos arredores da sede do con...

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     No ar a brisa percorria pelo rosto de Urion, meditando com o plano em mente um grande nervosismo o abateu, o momento havia chegado e como nunca antes suas asss deveriam bater o mais acelerado possível, ao passar pelos arredores da sede do concelho chamou a atenção dos guardas, seu propósito era despista-los e abrir uma brecha para que a sua aliada adentrasse no prédio.

     Fisgando a isca, os guardas ficaram distraídos com a presença ousada e inesperada de um garoto e por alguns instantes o prédio ficou desprotegido. O pouso apressado sobre a sacada do concelho passou despercebido pelos protetores do local, Sorah ocultou-se atrás das bordas estruturais do prédio, sua estratégia para entrar já havia sido planejada, elevando sua magia sua voz baixa pronunciou:

     — "Guardião da esperança". — Em suas mãos um pequeno ser esverdeado surgiu, soprando-o, Sorah deu o comando. — Vasculhe o interior do prédio e me guie por rotas onde não tem guardas.

     Do lado de fora do prédio, Urion estava num embaraço, sem mais nenhuma ideia de como enrolar os guardas aos poucos o plano foi ruindo, o pior aconteceu quando o guarda ordenou:

     — Saia das proximidades ou seremos obrigados a agir pela força.

     — Eu só estou perdido, se acalme! — Urion permaneceu no local desacatando as ordens.

     Conforme seu comando fora desobedecido, o guarda tratou de seguir o regulamentado e partiu para cima do garoto com o intuito de captura-lo, sentindo-se ameaçado, Urion tratou de fugir e aceleradamente distanciou-se dos guardas, porém, sua inexperiência em fugas e a grande vantagem do guarda no quesito treinamento tornava aquele duelo totalmente desigual. Com fortes batidas de asas, ele buscava fugir, mas apenas duas batidas das asas draconicas do guarda foram o suficiente para surgir a frente de sua presa e captura-lo sem esforço algum.

     Imobilizado pelos braços, Urion debatia-se e nem com todo o poder de suas forças era capaz de soltar-se, quanto ao guarda mal fazia esforço para mantê-lo preso, rindo da incapacidade do pobre garoto o guarda debochou:

     — Antes de enfrentar alguém forte, pelo menos treine mais. — Entre risadas concluiu. — Sua coragem pode até ser grande, mas a burrice é maior.

     Dentro do prédio, Sorah andava por rotas onde não havia guardas usando seu guardião para guia-la, passos pelos corredores chamaram a atenção do pequeno ser verde que logo informou para a sua criadora, apressadamente, a garota esquivou e entrou numa sala vazia, enquanto aguardava o vigilante se distanciar dali, ouviu vozes, pelo som notou que se tratava de uma discussão e que vinha do solo, ou seja estava tendo um debate no andar debaixo. O fato descoberto fez Sorah supor que estava acima do salão onde senhores feudais estavam reunidos, apressadamente apoiou a orelha no chão e o que ouviu acabou por confirmar sua suposição.

     Em um estado de quase pânico, ela andava de um lado para o outro pensando em formas de invadir o salão, como ainda não sabia usar outras magias além do guardião, a solução deveria vir de um ato prático. Seu coração quase saltou quando ouviu alguém bater na porta, em meio ao desespero tentou esconder-se, porém, era tarde demais, pois sua presença havia sido descoberta.

     — Um intruso! — Bradou o guarda.

     Após ser flagrada, Sorah tentou fugir, a movimentação da garota despertou o extinto protecionista do guarda que partiu para o ataque. Esquivando-se dos golpes deferidos pelo guarda, a garota movia-se o mais rápido que podia, ao ver sua presa escapar várias vezes dos seus golpes, o guarda optou por mudar sua estratégia e começou a carregar sua magia, logo em seguida conjurou "Oxirredução"; uma camada negra e fervilhante foi lançada em direção a invasora.

     Dando um salto desesperado para trás, Sorah escapou parcialmente da massa negra, mas respingos atingiram suas pernas fazendo-a gritar de dor. Fragilizada, ela mal mantinha-se de pé, caso um outro ataque fosse lançado somente um milagre a faria escapar, quando sentiu o estremecer, o chão estava sendo corroído pela magia lançada pelo guarda, e tudo desmoronou.

     Debatendo-se numa tentativa desesperada de voar e escapar da queda, Sorah não conseguiu seu objetivo, chegando próximo ao solo seu corpo colidiu com uma estrutura metálica o que lhe causou grande dor e findou com suas últimas forças desfazendo a sua forma mágica. Debruçada sobre uma imensa mesa, ela levantou a cabeça e mesmo desorientada enxergou quatro seres encarando-a, sentiu uma aproximação e uma ameaça que se interrompeu ao ouvir a voz:

     — Não ataque!

     Atendendo o comando contragosto, o ataque cessou, enquanto reposicionava seus cabelos loiros atrás da orelha revelou-se a face de Chassã Arino o senhor feudal do ar, como o mais jovem e inexperiente tinha que obedecer aos demais sentindo-se desconfortável nessa posição, Chassã sentou-se enquanto encarava com ódio a senhora feudal da água Maya Marinho a responsável pela ordem de pausar o ataque, vendo como birra a atitude do jovem, Maya repreendeu:

     — Não está vendo que a garota está praticamente inconsciente? — Aproximando-se de Sorah, Maya a reconheceu devido a sua recente fama, após uma pausa concluiu. — Ela não representa perigo algum para nós.

     — Mas o que está acontecendo aqui? — O senhor feudal do fogo, Calos Chamas questionou enquanto limpava sua capa vermelha da sujeira que caiu do teto.

     — "Ue" você não estava aqui? — O senhor da terra, Silvam Solo respondeu em deboche. — Essa menina caiu do teto!

     — Oras eu vi! — Calos dialogou fervilhando em ódio quase partindo para briga.

     Enquanto os senhores feudais discutiam por motivos fúteis, Sorah usou suas últimas forças para se levantar e sair da mesa. Com a movimentação da garota as brigas pararam e a atenção se focou nela, com certo estranhamento viram ela aproximar-se enquanto levantava os braços demonstrando rendimento, quando ficou a poucos metros dos senhores feudais, Sorah lançou-se ao chão em suplica falou:

     — Eu tenho um pedido a fazer. — Levantando a voz, ela gritou. — Gostaria de voltar para o instituto magico! 

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