Capítulo 40: Reencontro.

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Dez dias se passaram desde que saímos de viagem em direção a vila do Terceiro, ou devo chama-lo de Lorde Angelus? Não, provavelmente ninguém o chama assim, por que eu iria?

A Elfa, Stephanie, tem me acompanhado sem reclamar, mas decidi ir com calma para não sobrecarrega-la. Ela parou de falar da cidade destruída a pouco dias. Quando Max, o Anjo, nos fez passar por aquele portal eu não esperava cair bem na cidade do Lorde Cardeal, e principalmente não esperava ver tanta destruição e mortes.

Stephanie foi a que pareceu mais abalada com aquilo, me fez ficar lá por 1 dia e ajudar a resgatar as pessoas dos escombros e curar os feriados. Eu não contei a ela que conhecia quem fez aquilo. Ela, assim como todo mundo da cidade, pensam que realmente houve um ataque de demônio na cidade.

Nós vagamos vários dias pela floresta, tendo que dormir de forma improvisada e sem muita proteção. No quinto dia eu havia me separado dela para caçar, consegui pegar u javali naquele dia, e estava anoitecendo enquanto voltava para o nosso acampamento quando eu encontrei um acampamento de mercenários.

5 homens sentados em volta da fogueira, alguns ainda vestiam algumas partes das armaduras, como o peitoral por exemplo, mas ele pareciam terem acabado de montar o acampamento e estava se preparando para dormir.

Comecei a olhar ao redor, observando o acampamento deles. Havia uma barraca de lona preta, relativamente grande. Eles possuíam uma armação de fogueira portátil, cobertores, coldres d'água, panelas e 5 cavalos. Para mercenários eles tem um acampamento bem organizado e com itens de qualidade. Quem será que eles roubaram?

Se eu conseguisse por as minhas mãos nessas coisas eu poderia garantir uma viagem mais confortável tanto para mim quanto para Stephanie. Era realmente tentador. Muiiitoo tentador.

Meus olhos brilharam na cor amarela, revesti meus pés com a minha mana e, deixando o javali perto de uma árvore, eu comecei a caminhar. Usei magia de vento para me jogar em cima de uma árvore, e pousei tranquilamente sobre seus galhos.

Olhando através das folhas das árvores eu comecei a observar os equipamentos dos homens. Dentre os 5, 2 deles usavam o peitoral de suas armaduras, sendo um deles um guerreiro e outra o que parecia ser um tank, com um enorme escudo e uma armadura pesado. Havia também um mago, um espadachim e o último, que eu descobri ser uma mulher, era uma curandeira.

Foi nesse momento que eu percebi que não era um grupo de mercenários, era um grupo de aventureiros. Mas isso não mudava em nada o fato de eu precisar daqueles itens.

Quebrei um pedaço do galho da árvore e arremessei para longe, assim que o galho caiu no chão eu usei a magia de vento para me arremessar para o lado oposto. Todos os homens se viraram na direção de onde o galho caiu, enquanto isso eu caí bem atrás deles, escondido atrás da carruagem a qual dois dos cavalos estavam presos.

- Ilusion. - Eu murmurei.

Os cavalos haviam começado a ficar agitados com a minha presença quando, na visão deles, eu desapareci repentinamente.

Me virei novamente para os aventureiros e percebi que dois deles avançavam na direção de onde o galho caiu. O tank e o guerreiro se moviam com tranquilidade, mas atentos. O mago e o espadachim estavam juntos, parados na frente da curandeira, que estava a 3 metros deles. Era uma boa formação, o guerreiro e o tank avançavam enquanto o mago e o espadachim protegiam a curandeira, mas dando espaço para ela trabalhar.

O único problema é que eu estava na direção oposta, a apenas 1 metro de distância da curandeira. Esperei pacientemente o guerreiro e o tank chegarem onde o galho havia caído, e quando eles começaram a verificar a área, eu avancei.

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