Capítulo 57: Arcanjo de Batalha.

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Meu braço estava doendo tanto que lágrimas brotaram nos meus olhos. A minha ficou turva, mas eu não saberia dizer se era por causa das lágrimas ou por causa da dor, e eu estava perdendo a consciência.

Usei a magia de cura mais avançada que eu aprendi na Academia Harvor, Angelicum Osculum. Aliviou a dor o suficiente para eu me recompor, mas quando olhei para o braço e vi a fratura exposta perdi a esperanças.

Apenas Sanitatem Divine poderia curar um ferimento assim, e, até onde eu sei, magias três séculos atrás não é ensinada em lugar nenhum do mundo... Pelo menos não desse mundo.

Consegui me levantar relativamente rápido e vi Ken caindo aos pés do Antares. Aidem e Nero também estavam no chão, a menos de um metro do Ken.

Senti meu coração bater acelerado em meu peito. O medo foi como uma mão invisível cheia de garras agarrando o meu estômago, esmagando as minhas tripas.

Não podia fazer nada para ajudá-lo. É sempre assim... desde infância.

Me lembro de quando o curandeiro fez a primeira visita a minha mãe. Lembro das palavras que usou para nos contar que não havia tratamento para suas condições; Não é da natureza humana superar esse tipo de coisa.

Foi quando abandonei o estudo de magia. Tinha trabalhado duro para curar ela, mas de que importava se não tinha cura? Talvez Sabrine estivesse certa. Eu só sei fugir e depender das outras pessoas.

Quando ele precisa de mim não consigo fazer nada. Mesmo evoluindo nada muda, porquê o seres humanos não são capazes de superar esse tipo de coisa.

Eu ainda estava parada no mesmo lugar quando ouvi o grito da Gwen e ela disparou voando na direção do Antares, deixandonlara trás 4 Anjos que a perseguiam.

Percebi que ela não chegaria a tempo caso Antares realmente quisesse fazer alguma coisa, e a julgar pelo grito desesperado dela, Gwen também percebeu.

O ar em volta do Anjo vibrou e se distorceu. Vi a neve sendo puxada na direção dele, o cabelo branco do Ken esvoaçando como se estivesse em um vendaval.

E de repente foi como se toda a realidade fosse sugada para Antares e então apagada da existência. Uma corrente de ar fez um punhada de neve se erguer em espiral no local onde Antares e Ken estavam antes.

Logo depois Gwen aterrissou como um míssil atingindo o solo. O estrondo ecoou pela floresta inteira e o tremor chegou a me desestabilizar e quase cair.

— NÃO!!!! DE NOVO NÃO!!! — Ela gritou, se curvando e batendo com os dois punhos no chão.

Alguns Anjos desciam voando atrás dela, mas junto com seu grito que reverberou por toda parte, seus raios explodiram em uma gigantesca tempestade elétrica. Cada raio brilhava em um azul intenso e hipnotizante.

Vi um deles estalar no ar próximo a cabeça de um dos Anjos. Esse foi o primeiro a recuar, e se o Anjo que o seguia tivesse pensando nisso também não teria sido atingido no peito. Outro deles teve a barriga dilacerada por um raio, que abriu sua barriga e carbonizou suas entranhas.

Cerrei os dentes para conter a dor e comecei a avançar na direção da Gwen, vendo os Anjos sendo obrigados a recuar pelos relâmpagos estalando no ar.

Um relâmpago estalou no chão a centímetros do meu pé, e aquilo me assustou tanto que eu quase recuei. Mas me obriguei a continuar avançando.

Meu vestido arrastava no chão, se prendendo na neve e nos arbustos. Eu estava a ponto de rasga-lo até que não limitasse mais meus movimentos.

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