Capítulo 34: Demônios.

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— Então... Eu posso ir embora agora? — Sam perguntou.

Nas últimas horas o Ken havia obrigado ele a nos fornecer informações sobre a cidade onde o Lorde Cardeal morava. Umas das coisas que aprendemos foi o nome dele, Dimitri Cardeal. Foi uma coisa boa, já que até o momento só sabíamos o nome de seu filho e tínhamos que ficar o chamando de Lorde Cardeal.

Também descobrimos exatamente quantos soldados haviam na cidade. Ao todo era um total de quase 50 mil soldados, já que era uma cidade quase tão grande quanto Florência. Mas no momento mais da metade desse soldados estavam ausentes, recrutados para a linha de frente da Guerra contra os Lizardmans.

Ken também pediu informações sobre os prédios e construções. Sam tinha uma magia de reconhecimento única no EWO, e usando ela conseguiu fazer uma espécie de holograma mágico surgir na nossa frente. Usando ele Ken explicou sua estratégia.

O Terceiro havia feito um cristal de mana, um item que não existia nem no EWO e, pelo o que eu saiba, nem nesse mundo. Era um cristal transparente que era capaz de absorver não só mana, mas também uma magia. Ken havia colocado nesse cristal uma magia explosiva, que ele disse ter ¼ do efeito de sua magia Supernova, que provavelmente seria capaz de destruir o mundo inteiro se usada de forma imprudente. Por causa disso o cristal assumiu uma coloração brilhante, que alternava entre roxo, vermelho, azul e branco.

Ken colocaria o cristal no prédio central da cidade, que por sorte também era onde a maioria dos soldados da cidade ficavam hospedados. Como cristal estava conectado com a sua mana ele poderia ativa-lo a qualquer momento e provocar uma enorme explosão que destruiria boa parte da cidade.

Quando ele entrasse na cidade seria como convidado do Lorde, e seria escoltado até a residência de Dimitri. Como ele esconderia o cristal eu não fazia ideia, mas também não importava. Tudo que eu precisava saber é que quando acontecer a explosão eu devo invadir a cidade, usando a minha magia de ilusão, que não é tão boa quanto a do Ken mas é convivente, para me disfarçar de demônio e causar o máximo de estrago possível.

Ken revisou o plano duas vezes, acho que ele pensa que eu não vou saber o que fazer quando chegar a hora. Mas é claro que eu sei! Eu só preciso explodir umas casas, matar uns soldados e pronto. Quando subiu na carruagem novamente ele partiu em direção a cidade, mas dessa vez eu não o acompanhei.

Desde o momento em que Ken foi embora Sam tem me acompanhado a contragosto. Ele quer ir embora sem se envolver no que estamos prestes a fazer, mas eu não posso deixa-lo ir, ele ainda tem informações que eu desejo obter.

— Ainda não. — Eu respondi. — Me fale dele novamente. —

—*suspiro* O que mais eu posso dizer? O nome dele é Klaus e ele é um espadachim extremamente habilidoso. — Sam respondeu. — Eu cheguei a considerar a possibilidade dele ser um Player, mas não, ele é uma pessoa desse mundo mesmo. Mas suas habilidades são comparadas com as do Aidem ou até mesmo, talvez, o Segundo. —

— Segundo? Que Segundo? O Segundo também veio para esse mundo? — Eu perguntei curioso.

Um pequeno sorriso começou a tomar formar no rosto do Sam, e naquele momento eu pude ver claramente a satisfação dele por saber de algo que eu não sabia.

— Há, então ele não te contou isso... Faz sentido. Sabia que o Ken e o Segundo eram conhecidos? Tipo, eles se conheciam de verdade e não somente no jogo. O Segundo é sarcástico e irônico na maior parte das vezes, mas desenvolveu um gosto, peculiar, de enganar as pessoas. Acho que por causa disso que ele era alguém tão perigoso no EWO. —

— E por que está me falando isso? —

— Para que você possa perceber quem ele é. O Aidem não deve demorar muito para sacar, ainda mais agora que eles estão tão próximos. — Ele respondeu, sempre com um sorriso no rosto, achando tudo aquilo divertido.

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