Acordo

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(Junho)

Mini maratona em comemoração aos 100k 4/4.

México parte treze.

Bailey May

Quando criança fiz várias fantasias, pensei em enfrentar bandidos, vilões, pensava que seria um herói reconhecido e que todos me chamariam quando precisassem de ajuda.

Mas nunca imaginei que conversaria frente à frente com um chefe de gangue.

— Não enfrente ele, não se altere com ele, não seja burro com ele, não...

— Ei, eu já entendi — suspirei.

Realmente nunca falei com nenhum líder de gangue ou coisa do tipo, mas Sabina exagera as vezes.

— Tem certeza que você quer ir falar com ele? — Joalin perguntou.

Assenti apertando o volante.

Certo que elas tem mais experiência com gente desse nível, mas eu quem vou me arriscar com Shivani, não suportaria se mais alguma coisa acontecesse com as outras garotas.

Minha raiva por Joalin ainda não passou, mas se eu pensar em discutir com ela sei que Sabina vai me dar um soco.

E também são informações demais para apenas um dia.

Um dia que descobri que meu vizinho era uma farsa e foi ele quem estava me vigiando, ele quem levou Paliwal.

Estacionei em frente ao endereço, fiquei confuso pois não era nada parecido com os filmes.

O lugar ficava na área mais refinada de Cancún e por incrível que pareça era calmo.

Descemos do carro e observamos uma pequena praça á nossa frente.

— É aqui? — perguntei.

— Não — Sabina respondeu — É ali — ela fez um sinal com a cabeça apontando para algum lugar.

Segui seu olhar e me deparei com uma casa gigante mais para frente. Se não posso dizer mansão.

— Porque paramos longe? — perguntei novamente.

A loira revirou os olhos.

— Daquela casa para lá o território é dele, precisamos subir a pé.

— Entendi — confirmei e ela assentiu.

Começamos nosso caminho, e conforme nos aproximávamos da casa um frio na barriga me estendia.

Chegamos a fase de seguranças e eles nos olharam torto, vestiam preto e tinham armas na cintura, mas não nos pararam, nos deixaram seguir em frente.

Foi então que percebi que Joalin assentiu com a cabeça para eles em forma de cumprimento, mas Sabina parecia tão confusa quanto eu.

— Joalin — a mesma falou no pequeno microfone da campainha.

A porta que era bem maior que eu se abriu.

Fiquei em êxtase, era tão luxuoso por dentro quanto por fora.

Senti algo bater em meu braço e dei um pequeno pulo.

— Sou apenas eu — Joalin falou.

— Claro — assenti.

Não, eu não estava com medo.

— Pode ir — ela completou.

Suspirei fundo, olhei para Sabina e ela me mandou um sorrisinho de incentivo.

Um teto para dois //ShivleyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora