Ele

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(Maio)

Shivani

— Esse é ótimo, eu gosto desse.

— Tudo bem, eu também gosto.

Eu e Bay estamos a quase uma hora escolhendo modelos de pingentes.

E só agora, finalmente concordamos em um gosto só.

— Sabia que isso pode ter um significado? — começou.

— Não eu não sabia. Mas qual seria ele?

Bailey fitou a tela do notebook encanrando os pingentes de sol e lua e desviou sua atenção para mim.

— Você pode ser a minha lua porque ilumina minha vida nas fases difíceis e escuras. Eu posso ser o seu sol porque te salvo das tempestades frias e te trago para os meus abraços quentinhos.

A cada palavra dita por ele eu sorria ainda mais.

Ele é tão bom.

— E ainda tem mais — voltou a falar — Quando tivermos os nossos filhos eles serão as estrelas.

Ri boba.

Bailey deixa seus pensamentos irem tão longe.

— Vou ter que confessar que adorei isso — terminei meu último gole de vinho — Vai ser esses mesmo.

Um sorriso se formou em seus lábios e então, compramos os dois pingentes. 

As palavras de Heyoon rodavam costantemente em minha cabeça.

"Conheça o seu homem"

Como eu faria isso?

Acho que não devo me cobrar, já que tudo acontece de uma forma tão natural entre mim e Bailey.

— Amor? — o chamei — Você não acha que já tomamos o suficiente? — ele estava de pé abrindo a terceira garrafa de vinho.

Agora eu pergunto, de onde esses vinhos vem?

Ele tem um esconderijo secreto?

— Amor relaxa, não estamos exagerando.

Ele falou com tanta confiança que quase me convenceu.

Não sei o que acontece, mas ele tem um instinto tão grande para tudo o que contém álcool.

Parece que nunca quer parar de beber.

— Vida por favor — me levantei um pouco tonta — Deixa isso aí.

— Não amor, só vou tomar mais uma taça e se você não quiser me acompanhar tudo bem.

Neguei com a cabeça pressionando meus olhos enquanto esperava aquela tontura repentina passar e me aproximei.

— Já pedi para deixar isso Bailey — puxei a taça antes que ele derramasse o vinho dentro dela — Duas é o suficiente — seus olhos me encararam — Por favor.

Ele assentiu e calmamente soltou a garrafa na bancada.

Eu sorri vitoriosa e senti seu olhar queimar sob mim.

— O-o que foi?

— Porque faz tantas perguntas? — começou.

— Quem está fazendo perguntas agora é você.

Dei uma risadinha e ele negou com a cabeça.

— Lembra que eu fiquei te devendo uma massagem? — senti meu corpo se animar com aquela idéia.

— É, eu me lembro.

Ele se aproximou.

— O que acha se eu finalmente a fizesse em você?

— Eu acho uma ótima idéia.

— Então vem.

Peguei em sua mão e o puxei em direção a sala.

— Paliwal, eu quero uma ótima massagem.

Paramos em frente ao sofá.

— Seu pedido é uma ordem.

Soltei sua mão e me aproximei com pequenos passos.

Notei a alça de minha blusa escorregar e cair sob meu braço.

Senti a intensidade do olhar de Bailey me queimar mais uma vez.

Levei minhas mãos por baixo de sua blusa e as passeei por seu abdômen definido.

Esse com certeza era o efeito do vinho me dominando.

— Porque malha tanto? — perguntei tirando uma risada dele e percebi sua pele se arrepiar contrariamente.

— Não sei, é uma maneira de descarregar minha energias.

— Entendi.

Subi a barra da camiseta azul que ele usava e a tirei.

Que homem meus amigos, que homem.

Aproximei meus lábios e beijei seu peitoral calmamente.

Levantei meu rosto o olhando e ele estava com um sorrisinho bobo.

Acho que descobri um dos seus pontos fracos.

Suas mãos envolveram minha cintura e ele tentou juntar nossos lábios.

Afastei meu rosto e neguei com minha cabeça.

— Vai, deita alí.

O empurrei levemente em direção ao sofá.

— Vai me torturar? — perguntou divertido.

— Por enquanto não — sorri e ele se deitou — De costas meu amor.

— Tudo bem, como a senhora quiser.

Ele se virou de costas e deitou sua cabeça em uma almofada a abraçando.

Tão manhoso.

Subi um pouco minha saia e coloquei minhas pernas uma de cada lado do seu corpo ficando mais confortável para massagear suas costas.

Toquei as mesmas calmamente e comecei uma massagem em seus ombros.

— Não quer falar sobre o trabalho? — tentei mais uma vez.

— Não meu amor, deixa isso para depois — ele respondeu convicto.

Não insisti mais e apenas massageei suas costas de uma forma relaxante.

As proporções que as coisas tomam são incríveis.

Se falassem que eu iria me apaixonar por meu colega de apartamento meses atrás eu não acreditaria.

E agora aqui estou eu, mais rendida que o normal.

Aproximei meu rosto deixando alguns beijinhos em sua nuca e deitei meu corpo sob o dele.

Calmamente nos encaixamos de um jeito perfeitamente bom.

Amanhã seria o melhor verdant que já fui, pois agora eu estaria com a companhia certa.

Estaria com o Bailey.

Minhas mãos acariciavam seu braço de uma forma gentil e doce.

Seu perfume amadeirado.

Corpos quentes e misturados.

Ele é literalmente tudo para mim.

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Um teto para dois //ShivleyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora