Um teto para dois //Shivley

Ignorar as consequências

(Abril)

Consequências 2/2

***

Bailey

Sabe a sensação de quando tudo está dando errado na sua vida, mas que mesmo assim existe um lugar ou um alguém que traz a paz?

Bom, é isso que a Paliwal está significando para mim no momento.

O seu jeito doce, divertido de levar a vida está me salvando, e posso confessar que no momento é uma das coisas que mais me importam, não saberia lidar se ela estivesse sendo indiferente a mim.

Quando a beijei ontem senti que se parássemos eu fosse morrer, como se o desejo por ela estivesse tomando cada célula minha, mas hoje quando nos beijamos eu senti a calmaria de seus lábios, senti que eu estava em casa.

Eu não sabia como Gabrielly, minha mãe, Noah ou qualquer pessoa estava, desde ontem que não toco em meu celular, estou tentando me manter o mais longe possível, pois sei como devem está a mídia, site de fofocas, eles devem achar que sou o pior o homem do mundo.

Tanto faz, não me importo.

Tudo agora só faz sentido quando estou ao lado do raio de sol que é essa mulher, não sei o que sinto por ela ao certo, desejo? Amor? Não quero pensar nisso, quero apenas que flua naturalmente.

Noah uma vez me disse que quando buscamos uma resposta para o que estamos sentindo ou vivendo ela pode acabar nos machucando, nos fazendo chorar, e eu não quero que isso aconteça.

Ele falou que para se eternizar um caso é preciso deixar que o amor os encontre.

Então vou seguir o seu conselho e deixar acontecer naturalmente.

Ter a Shivani tão pertinho está me fazendo um bem danado, eu nunca tinha sentido essa sensação antes.

Já estamos no finalzinho do dia, eu percebi isso quando vi que os frechos de luz passando pela porta estavam mais fracos.

Desde quando acordei estou me recusando a levantar, mas eu estava mesmo precisando de um banho.

Acariciei por mais alguns segundos a barriga dela que já estava a mostra por eu ter levantado seu moletom que ficava atrapalhando minha mão, dei um beijinho alí, não resisti e dei mais dois, abaixei com cuidado seu moletom, ela ainda dormia como um anjo.

Calmamente tirei suas mãos que abraçavam minhas costas, antes de me levantar pressionei meus lábios ao dela.

Acendi a luz do quarto pensando o que falaria para Jason, já que não fui trabalhar hoje.

Me acostumei com a claridade e segui para o banheiro desejando imensamente a água sob meu corpo.

~

350 palavras, o que acham disso?Acredito que esse seja um ótimo tamanho para um pedido de desculpas, espero que Jason as recebam de bom agrado.

Depois do banho tomei um café e trouxe Shivani que ainda dormia para o nosso quarto, acho que ela estava cansada.

— Hum? O que faço aqui? — Shivani se movimentou na cama abrindo seus olhos.

Fechei meu notebook o deixando no criado mudo e me aproximei mais.

— Bom dia minha Spring — levei minha mão até seu rosto que estava uma confusão.

— Já é dia? — agarrou o cobertor.

— Não mesmo — ri baixo — mas já é noite.

— Já é o que? — se sentou — Meu Deus Bailey, hoje eu trabalho — olhou em volta desesperada enquanto se levantava, não aguentei e comecei a rir.