(Abril)
Shivani
— Acho que o senhor Maurício não gosta muito de mim.
Falei me aconchegando no abraço de Bay enquanto ele observava as estrelas.
— Conhece ele?
— Sim — deitei minha cabeça em seu peitoral — Mas me dou bem com sua esposa, dona Dulce é gentil.
— Spring? — sorri ao ouvir a forma que ele me chamou — Dona Dulce não é esposa dele, seu Maurício nem é casado.
Fiquei confusa.
— Como não? Bay eu estou falando dos nossos vizinhos.
— Eu sei, mas ele é Marcos e não Maurício. Ele odeia quando o chamam assim, porque no andar acima do nosso tem um homem rabugento com esse nome.
Comecei a rir.
— É sério?
— Sim.
— Ele deve me odiar então, porque sempre o chamei assim.
— Talvez ele não goste muito de você.
— Bailey — dei um tapinha em seu peitoral.
— Estou brincando — rimos juntos — Sabe jogar xadrez?
— Eu sou péssima no xadrez, porque?
— Porque se for jogar com ele tenho certeza que te desculpa.
Pensei um pouco.
Eu não queria ficar de mal com o meu vizinho, mas também não sabia como jogar.
— Você sabe?
— Se eu sei? Eu sou ótimo.
Revirei os olhos, como ele consegue ser tão convencido?
— Me ensina? — levantei minha cabeça para o olhar — Por favor — deslizei minha mão por seu peitoral.
— O que vou ganhar em troca?
— O que você quiser.
Seus olhos me analisaram.
— Quero que seja minha.
Neguei com a cabeça.
— Só depois que acabar tudo com Any, depois que tiverem uma conversa sincera e madura.
Suspirou.
— Tudo bem...que tal aquela massagem que está me devendo — fez uma cara de pensativo — A quase dois meses?
Gargalhei.
— Eu não estou te devendo nada Bay.
— Shivani.
— Tá bom, tá bom você me ensina a jogar xadrez e eu te mostro como minhas mãos funcionam.
Um sorriso malicioso tomou seus lábios rosados.
Sorri e encostei meus lábios ao dele.
— Você tem que parar de pensar nessas coisas — sussurrei.
— Não consigo conter meus pensamentos quando eles se tratam de você — suas mãos seguraram firme minha nuca mas logo se afundaram nos fios do meu cabelo.
— Então converse logo com ela — rocei meus lábios aos deles.
— Prometo que de amanhã não passa! — seus dentes puxaram meu lábio inferior com uma certa força.
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Um teto para dois //Shivley
Romance{Concluida} Ele só precisava de um dinheiro a mais para conseguir se manter e não ser despejado do seu apartamento, ela precisava de um lugar para dormir, ele tinha uma namorada ciúmenta e era todo metido ao perfeccionismo e a organização, ela tinha...