Vizinho

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(Junho)

Mini maratona em comemoração aos 100k 2/4

México parte onze.

Bailey May

— Precisamos fazer alguma coisa — falei movimentando minhas mãos freneticamente.

As garotas me olhavam receosas, como se estivessem com medo.

E eu também estou, não posso negar. Mas o meu medo é de não chegarmos a tempo de salvar minha garota.

— Você sabe como lidar com o Jack? Já viu ele alguma vez?

Suspirei.

— Ele não, mas já dei uma leve surra em um de seus amigos.

— Porque? — a loira perguntou.

— Não é da sua conta — falei e vi de relance Sabina revirar os olhos.

— Precisamos de um plano — a morena falou — Não podemos simplesmente chegar lá e acharmos que vamos resolver tudo no soco — respirou fundo —Eu nem sei lutar.

Apoiei meu corpo mais para frente e passei minhas mãos por meu rosto.

Nunca imaginei que passaria por essas coisas, que ter as pessoas que eu amo nas mãos da morte me deixaria tão aflito.

— Vamos acionar a polícia — falei.

— Não podemos — a loira disse.

— Porque não? É um desaparecimento — Sabina interveio. 

— Ela foi sequestrada, não podemos denunciar porque foi pelos criminosos do outro lado da cidade, a polícia nunca se envolveria nisso — ela disse convicta.

Sabina pareceu um pouco surpresa.

Joalin sabia dessas coisas mas ela não.

Estranho.

— Eu tenho um plano — Joalin disse.

Deixei uma risada escancarada escapar. O que ela acha? Que vou confiar nela?

— Não precisamos de você — falei.

— Mas que porra Bailey — Sabina se alterou — Deixa de ser burro, Joalin vai ajudar a gente e ponto.

Eu estava pronto para argumentar, mas me rendi quando lembrei que elas conhecem o México melhor que eu.

Que sou apenas um cara de Los Angeles.

— Bom, como eu ia dizendo — ela voltou a falar, tirando o celular do bolso — Nós podemos contatar Arthur.

Sabina estreitou os olhos para a namorada.

— Você só pode estar ficando louca.

— É sério.

— Não, sem chance.

Respirei fundo ficando confuso com a mini discussão delas.

— Quem é Arthur? — perguntei.

Elas se entre olharam.

— Dono de uma gangue, rival do Pepe — Joalin entregou.

Assenti com minha cabeça logo entendendo.

— E ele pode nos ajudar? — perguntei novamente.

— Ele é ideal para isso —ela respondeu de volta.

Pensei um pouco, não poderíamos acionar as autoridades, Sabina não me deixava ir sozinho, a única coisa a se fazer seria pedir ajuda a outros da pesada.

Um teto para dois //ShivleyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora