(25) Território

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Aizawa fez o melhor possível para conter o próprio nervosismo interior enquanto seus olhos escuros como a noite continuavam fixos na porta, esperando a doutora voltar. Tinha oferecido para acompanhar a menina até a brinquedoteca após os exames, mas ela tinha pedido para ir sozinha.

Ela cresceu, pensou o alfa com uma pontada de alívio constatando o avanço emocional. Em poucos minutos a médica veio conversar com ele.

__ Depois de alguns exames não encontramos qualquer tipo de anomalia. A pequena Eri está saudável e seu desenvolvimento aos poucos está atingindo o ideal para sua idade. __ a médica comenta analisando o resultado.

__ O chifre? __ Aizawa foi direto ao ponto, aproveitando que a garota estava na brinquedoteca do hospital.

__ A individualidade dela consiste na acumulação de energia, então com a boa alimentação e cuidados recebidos seu corpo está produzindo mais energia e o estocando no chifre. Se achar que ele cresceu demais, a melhor opção é incentiva-lá para gastar esse acúmulo. __ a médica respondeu batendo os dedos no tampo da mesa, reflexiva.

__ Usar sua individualidade?__ Eraser perguntou estreitando os olhos.

__ É melhor que ela treine e libere o excesso ao invés de acumular e acabar causando um acidente. __ a médica reafirmou sem mostrar sinais de intimidação com o olhar firme do alfa.

__Conversarei com o diretor sobre essa possibilidade.

__ Bom. Vocês estão liberados. __ a doutora o dispensou com um sorriso.

Aizawa saiu do consultório aliviado. Com ânimo mais sereno se pôs a caminho da sala para crianças. Enquanto caminhava, fez questão de passar pelo corredor onde tinha avistado a esverdeada mais cedo. Olhou atentamente a porta e franzio o cenho ao se deparar com o nome escrito ali, porque Inko viria aqui?

__ Espero estar errado... __ Eraser resmungou para si mesmo.

Refletiria sobre isto outra hora, pensou sendo saudado por risos infantis. Encontrou a pequena albina tentando encaixar uma peça de papelão colorido no quebra-cabeça á sua frente.

__ Pronta Eri? __ chamou o alfa.

__ Uhum __ a garota largou o peça e correu até ele estendendo sua mãozinha para que ele segurasse.

Ambos saíram da do hospital em um silêncio confortável. Quando alcançaram a recepção, uma cabeleira verde capturou a atenção do professor.

__ In... não. Senhora Midoriya?__ Aizawa a chamou depois de corrigir seu deslize, eles mal se conheciam então como poderia dizer seu nome de qualquer jeito?!

__ Ah? P-professor Aizawa?! __ Inko arregalou os olhos surpresa, logo desviando para a menina fofa. Percebendo onde a atenção da ômega foi, tratou de apresentá-las.

__ Eri, esta é a mãe do Midoriya, diga oi. __ Eraser incentivou.

__ Olá, Midoriya-sama! .__ a pequena se curvou.

__ Não precisa de tanto, pode me chamar de tia Inko se quiser. Izuku falou muito de você Eri. __ Inko sorriu abaixando sua guarda diante da beta.

__É verdade? __ os olhos vermelhos cintilaram.

__ Muito! Ele até contou... __ Inko conversou com a garota sem qualquer embaraço, quase familiar.

Nessa pequena atmosfera Aizawa mergulhou encantado, será que as outras pessoas os via como uma família?, se perguntou. Era incrível pensar que sim.

Porém, a paz não durou muito.

A realidade quebrou tão rapidamente que tudo aconteceu feito um borrão. Abruptamente gritos começaram a irromper de vários lugares ao mesmo tempo.

Segredos de um Herói.Where stories live. Discover now