— Eu me sinto morta por dentro depois de tomar essa poção.
— Não seja dramática como os seus amigos — a mulher abafou uma risada, enquanto terminava de enfaixar o braço machucado da lufana. — Está pronto. Não se esqueça de não fazer esforços desnecessários.
— Tudo bem — a garota se levantou com calma da cama. — Eu já posso ir embora ou a senhora vai me envenenar com outra gosma nojenta que costumam chamar de poção?
— Pare imediatamente de andar com aqueles quatro garotos da Grifinória — a enfermeira revirou os olhos. — Você está atingindo o nível máximo de drama.
— Não mesmo — riu. — Eu não vou parar de andar com eles.
— Eu desejo uma boa sorte e uma dose diária de paciência — Madame Pomfrey guiou a menina até a porta da enfermaria.
A garota da Lufa-lufa checou o seu relógio. Como já estava no horário do almoço no castelo, ela caminhou em direção ao saguão e encontrou um Salão Principal apinhado de estudantes famintos nas mesas de suas respectivas casas.
Ela andou até a mesa da Grifinória. Por mais que não fosse a mesa de sua legítima casa, a menina precisava se juntar aos quatro garotos para contar sobre o acontecimento nos corredores.
— Qual é o seu método de estudos? — Sirius perguntou. — Eu preciso de um método eficiente.
— Café e lágrimas — Remus respondeu sem desgrudar os olhos da comida em seu prato.
— Eu vou conseguir uma boa nota com esse método?
— Talvez — Remus deu de ombros. — O máximo que eu consegui foi uma noite sem sono, um olho inchado e um ataque de ansiedade.
— É melhor não estudar e esperar que alguma força do além faça a gente tirar uma boa nota — James caçoou.
— Boa tarde — a garota cumprimentou, interrompendo a conversa sobre os estudos e os exames finais.
— Boa tarde.
Eles responderam em uníssono. Quando a menina se sentou ao lado de James na mesa, os olhares dos quatro garotos expressaram preocupação ao mesmo tempo em que fizeram contato facial com a lufana.
— O que aconteceu com você? — James arqueou a sobrancelha.
— Você está bem?
— É claro que ela não está bem.
— Ela está com um sorriso no rosto.
— Corrigindo, ela está com um sorriso nervoso e desesperado no rosto — Remus disse, encarando a irmã mais nova.
— Muito obrigada — ela suspirou e se juntou aos meninos na mesa. — Alguém me passa um prato de batatas?
— Algum bicho mordeu você? — Peter perguntou, receoso.
— Não, mas em compensação, o meu dia mal começou e já fui atingida por um feitiço no meio dos corredores e o Pirraça quase me encharcou com uma bexiga de tinta amarela — ela abriu um sorriso visivelmente falso. — E como vocês podem ver, eu machuquei o meu braço.
— Muita informação em uma frase — James encarou a namorada. — Quem te atingiu com um feitiço? Eu vou matar o Pirraça. O seu braço está doendo muito?
— Muita informação em uma frase — ela repetiu as palavras do namorado. — Eu não sei quem me atingiu com um feitiço. Foi tudo muito rápido.
— Você avisou alguém? — Remus perguntou, preocupado.
— Sim — ela respondeu, enquanto abocanhava uma batata. — A professora McGonagall ficou sabendo na mesma hora. Ela me garantiu que a pessoa vai ser punida em breve, mas não coloco muitas expectativas.
— Eu acho que ela vai conseguir descobrir a identidade da pessoa — Sirius palpitou. — Sem demora.
— Eu espero que você esteja certo — ela suspirou.
As conversas dos estudantes sentados às mesas foram brevemente interrompidas pela entrada de uma coruja pequena e desajeitada no Salão Principal. O animal piava enquanto se desvencilhava das cabeças das crianças e dos adolescentes presentes para o almoço.
— Alguém se atrasou na entrega — Sirius brincou. — Por que ela está vindo na nossa direção?
A coruja pousou ao lado de um cálice com suco de abóbora, causando a maior sujeira ao espalhar o líquido na mesa. Ela deixou o pergaminho em frente ao prato de comida da lufana e mordiscou a sua mão.
— Hoje é o dia oficial de me machucar? — ela exclamou, irritada. — Alguém pode abrir para mim?
O garoto de óculos apanhou o pergaminho levemente sujo com resquícios de suco de abóbora e abriu com cuidado. O papel era curto, mas a pequena mensagem transcrita em letras legíveis dizia mais do que um milhão de palavras.
— As coisas irão piorar se descobrirem a verdade — James leu, apreensivo. — E o feitiço não fará apenas cócegas, ele causará mortes.
A simples menção daquela última palavra no pergaminho foi suficiente para que um soco invisível colidisse com o seu estômago e o coração arfasse em seu peito.
Aquela pessoa não era capacitada apenas de realizar armadilhas, espalhar boatos ou praticar ameaças vazias. Ela estava disposta a provocar a morte de outra pessoa. A morte era um ferimento que remoeria a lufana internamente por não existir uma maneira de reverter a drástica situação.
E aquilo era o que a garota da Lufa-lufa mais temia ultimamente em sua vida.
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FALLING - JAMES POTTER
FanficDe volta para o castelo mágico da Grã-Bretanha para um novo ano letivo, uma jovem estudante da Lufa-lufa é surpreendida por um pedido desesperado de um dos melhores amigos do irmão mais velho. O Baile de Natal, realizado pela Escola de Magia e Brux...
CAPÍTULO TRINTA E SEIS
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