CAPÍTULO VINTE E NOVE

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As tentativas da garota de cabelos áureos de evitar uma detenção por semana falharam pelo terceiro ano consecutivo. Por mais que fosse ruim, ainda tivera a sorte de ser detida com a melhor amiga, mas como nada poderia ser muito agradável, a detenção em Poções seria acompanhada de um desgosto.

Os seus cabelos dourados esvoaçavam pelos corredores quando chegou em frente a sala de aula de Poções nas masmorras do castelo. Uma figura alta estava recostada no batente da porta, e no momento que viu Ellie e Agatha se aproximando calmamente, deu um sorriso sínico.

— E lá vamos nós — Ellie revirou os olhos ao reconhecer aquele que merece um soco.

— Detenção? — o garoto perguntou ao mesmo tempo em que enfiou as mãos no bolso do uniforme.

— Que péssimo dia para arrumar uma detenção — a loira bufou. — Por que está esperando do lado de fora?

— Parece que o professor se enganou e colocou a nossa detenção em um horário de aula — Agatha apontou para a porta entreaberta. — Coitado. Não deve saber dos próprios horários.

— Isso significa que podemos ir embora — Ellie concluiu.

— Ele mandou esperar dois segundos.

A lufana deu um sorriso falso e arrumou a mochila caída em seus ombros. Com os dedos das mãos erguidas, ela contou até o número dois e ganhou os olhares confusos dos dois estudantes ao seu lado.

— Já foram dois segundos — ela disse, irritada. — Agora já posso ir embora.

Quando a jovem virou de costas para induzir a sua saída, a voz do professor Horácio Slughorn na porta da sala de aula chegou aos seus ouvidos, e ela deu um suspiro de derrota, sabendo que não conseguiria escapar do castigo.

— O senhor e as senhoritas vão me ajudar nessa aula, já que me atrapalhei e esqueci o meu horário de hoje — ele forçou um sorriso simpático. — Podem entrar.

Retribuindo o sorriso do professor, Ellie adentrou a sala de aula. Aquele lugar estava, como a jovem nunca havia visto antes, impregnado de vapores e odores exóticos. Agatha, David e Ellie aspiraram, interessados, ao passar por grandes caldeirões borbulhantes e efervescentes.

Os olhos da lufana correram por todos os cantos do local e encontraram James segurando uma risada. Revirando os olhos e deixando um sorriso fraco cruzar os seus lábios, Ellie voltou a atenção para o professor de Poções.

— Vocês podem se sentar nos lugares vazios. Alguns alunos estão ausentes e preciso que ocupem os seus lugares para ninguém ficar sem dupla — ele orientou, olhando para os três estudantes da Lufa-lufa. — O seu irmão está bem, senhorita Lupin?

— Sim — Ellie franziu o cenho, confusa em relação à pergunta. — Por que a pergunta, senhor?

— Ele nunca falta nas minhas aulas — Slughorn indicou ao redor da sala de aula. — Como pode ver, ele não está conosco hoje.

Uma onda de confusão inundou a sua mente. A menina se aproximou de um banco vazio e se sentou, ocupando um lugar ao lado de seu namorado. Assim que colocou os livros em cima da mesa, Ellie apoiou as mãos sob os mesmos e encarou James com curiosidade.

— O que aconteceu?

— Eu não sei — ele mentiu, dando de ombros. — Remus resolveu sumir hoje mais cedo e não contar para ninguém.

FALLING - JAMES POTTEROnde as histórias ganham vida. Descobre agora