De Cara Com A Morte

ESPECIAL - II

Então, Kylo se vê puxado para o meio da pista. Born This Way começa a tocar, e Kylo tenta alguns passos desajustados, até que Rafa o segura pela cintura.

- Está parecendo um robô desajustado. Coloca a mão no meu ombro e se deixa eu te guiar. Amolece esse corpo, a única coisa que eu quero ver dura em você é o seu...

- Rafa...

- Tá, calei a boca! Mas deixa eu te guiar.

E, meio desajustado, os dois começaram a dançar. E não demorou muito para que os dois entrassem em sincronia e dançarem perfeitamente.

- Você aprende rápido. - comenta Rafael quando a música termina e começa a tocar Wild One.

- É porquê tenho um bom professor. - responde Kylo rindo.

Logo os dois eram o centro das atenções na pista, agitando a galera, criando uma competição de quem dançava mais.

- Ai eu tinha esquecido de como isso era divertido. - comenta Rafa quando os dois se jogam na cadeira. - Ficar bêbado e dançar.

Kylo pega um dos drinks da mesa. Já haviam perdido as contas de quantos Pesadelos Agridoces já haviam bebido, então pediram algo chamado Elixir do Imperador, não tão forte quanto o Pesadelo, porém tão bom o quanto. Além também de petiscos para comer.

- Me lembre de fazer isso mais vezes. - diz Kylo tomando um gole da bebida púrpura. - obrigado por me ensinar a dan...

Ele não completa. Rafa o puxa e está quase lhe roubando um selinho, quando uma voz surge e impede o ato. Os dois se afastam e Rafael bufa de frustração.

- Vejo que você ainda continua não perdendo tempo não é, Rafa?

- E você não se cansa de aparecer nas horas mais inconvenientes.

O dragão observa o sujeito vestido de preto a sua frente, e este lhe abre um sorriso inocente.

- Kylo, quero que conheça Samael, ou Morte se preferir. Vai notar que ambos tem gosto parecido pra roupas pretas.

- É um prazer conhecê-lo, Kylo.

- Morte? - Pergunta o Licaon com um tom de incredulidade.

- Apesar de que saber que é difícil de engolir, acredite, ele É a morte. - Rafa fala, enquanto observa o rapaz se sentar.

- Incrível! Pensei que a Morte fosse uma mulher, ou um cara velho. - comenta Kylo apertando a mão de Samael.

Rafael gargalha alto.

- Acredite ou não, esse safado tem uma eternidade de anos nas costas, mas ele tá preservado. Deve usar produtos Ivone.

O Lobo e Samael começam a rir.

- Não, não uso produtos fictícios. Apenas tive a sorte de ser um imortal.

- E o que faz aqui, Sam? Veio buscar alguém?

Rafa diz olhando para os lados, enquanto Kylo observa o imortal a sua frente. Roupas pretas, um sujeito esguio com bom porte, olhos verdes, e cabelos castanhos. Não aparentava ter muito mais do que vinte anos. Na sua mente queria entender como que Rafael conhecia a Morte, mas preferiu deixar de lado.

- Acho que eu tenho o direito de me divertir também, não é? E eu ainda não tinha frequentado esse lugar antes - ele diz.

- Mas se isso não é um milagre, eu não sei o que é! Kylo, pegue uma câmera, hoje vamos ver um anjo dançar e beber!

- Então é sério? Você é um anjo? Rafael, por que, em nome da Deusa Luna, você nunca me falou nada?

- Não havia necessidade - ele dá de ombros. - E esse safado tem vários nomes também. Samael, Azazel, alguns os chamam de Morte, outros de Ceifeiro, alguns de Thanatos, outros de Shinigami... mas no geral ele gosta de ser chamado de Samael, ou Sam. E não é todos que podem vê-lo. Apenas aqueles com condições especiais. Eu o conheci no dia que despertei meus poderes, quando ele levou a alma daqueles que morreram.