12 - Uma Outra Morte, Um Possível Amor

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PODIA SENTI-LA. MEU CORPO PARECIA MAIS LEVE e sentia meu coração sendo esmagado. O quarto começou a se iluminar, estava entrando em desespero. Não, não.

Esse desespero só piorou as coisas. Uma dor lacerante dançava nas minhas costas, podia sentir meus ossos tentando fugir dela. Me curvei para frente procurando amenizá-la, minha boca estava aberta, com a respiração pesada. Parei de enxergar por um instante. Tudo que aparecia era branco; uma tela em branco, vazia. Eu comecei a me acalmar, e minha respiração relaxava.

Cores apareceram em uma imagem desfocada, o resto ainda completamente branco. Me esforcei e comprimi meus olhos até ter uma visão clara. As cores foram tomando forma, cabelos, olhos, e Samael apareceu na minha frente. Meu coração parou e minha respiração virou um suspiro.

Mas aquele não era o Samael que eu conheço. Parecia outro. Mais calmo, feliz. Seus olhos estavam mais claros, sem a sombra de preocupação ou cansaço que vejo neles constantemente. Ele me olhou, e sorriu. Sorriu de uma maneira que nunca o vi fazer.

A imagem foi se deteriorando, e dando espaço para o meu quarto. Sinto minha pressão baixar.

Aquela visão... Não era minha, não eram meus olhos. Talvez, ele tenha me visitado; como ele já fez em um sonho. Mas, não. Não era o Samael que conheço, e não era eu quem o via.

Então, de quem era aquela visão?

Hoje de manhã meu pai não estava mais em casa; talvez tenha voltado a beber, e esteja desmaiado em algum bar

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Hoje de manhã meu pai não estava mais em casa; talvez tenha voltado a beber, e esteja desmaiado em algum bar. Vá saber.

As mesmas imagens que vi ontem ficam passando por trás dos meus olhos. O que foi aquilo? Será que devo contar para Samael? Às vezes acho que Deus deveria ser preso por tortura.

Quando eu saio de casa a caminho para escola, vejo Carly parada de braços cruzados, apoiada em uma árvore da rua. Ela tenta forçar um sorriso para mim, e eu faço o mesmo. Quase parece uma competição de caretas. Há quanto tempo ela está aí? É incrível como uma coisinha pequena pode causar desconforto entre duas pessoas, não importa o quão próximas elas sejam, é como se equilibrar numa corda bamba.

Vou na sua direção e ela se afasta da árvore. Posso vê-la respirar fundo, e segurando o fôlego.

— Eu não contei por medo, não é todo mundo que curte isso. Digo, curtir não, mas aceitar — ela diz tudo de uma vez, só tenho tempo para piscar antes que ela comece de novo. — E sinceramente, achei que fosse meio óbvio e tals. Principalmente em relação a Katy...

Sua voz quase some na última frase. Katy? Ok...

Ela encarou o chão, acho que esperando eu dizer algo. E, com toda a delicadeza, digo:

— Bom dia para você também.

Ajeito a mochila nos ombros, e começo a andar para escola. Ela logo surge ao meu lado, Carly anda bem mais rápido que eu. Ela fica me olhando querendo uma resposta decente. E, acredite ou não, ela estava com os olhos suplicantes.

De Cara Com A MorteNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ