Capítulo 71 - A guerra permanece indefinida

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A verdade dos fatos era óbvia: Entre os presentes havia uma dúvida geral sobre quem escolher.

As duas pareciam igualmente interessadas por realizar um grande trabalho na escola.

Bianca mesmo sendo inexperiente demonstrava uma gana de aprender presente em poucos.

Rafaella era tão dedicada que fazia parecer fácil entender cada ação que cometia com a finalidade de manter o Santa Judith como a boa escola que era.

Eram opostos indispensáveis.

Rafa era centrada como se requeria algumas vezes.

Bia era brava como era necessário em outras.

Os pais sentiam um nó bem feito prender os neurônios todos.

Por bem ainda tinham tempo para decidir e, enquanto isso, se mantinham quieto acompanhando como Rafaella via a chance de revidar a investida de Bianca contra ela com o tema seguinte.

Experimentação.

— Interessante a senhora tocar no assunto originalidade Bia, digo, Bianca, sendo que desde sempre essa fora uma ideia que não é sua, mas do mundo e, se nos atentamos precisamente a aprendizagem, está em Aristóteles que fala que "Fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer". Sobre isso, o que pode nos dizer? — A maior foi profundo na história com o fim de golpear sua oponente.

Bianca era seu amor. Mas ao mesmo tempo era a filha da puta que estava dando a ela canseira.

Amar e odiar aquela batalha era o equilíbrio perfeito para Rafa.

— Que Aristóteles fora um teórico muito assertivo e que eu sou suficientemente privilegiada e letrada para ter acesso a sua obra e entendê-la — A menor respondeu com seu típico convencimento.

— E em que ponto a senhorita considera que fez te faz inteligente e a mim uma plagiadora óbvia? — A troca de farpas seguiu por inúmeras temas através da noite até que chegaram ao que era de mais interesse dos pais presentes.

As perguntas e respostas com temas propostos.

Cada uma das mulheres teria a oportunidade de discursar e responder sobre uma pauta proposta pela outra.

Bianca escolheu para Rafaella a primeira infância como falava a teoria de Piaget.

A empresária não só havia escolhido um dos temas mais simples como atrelou ele a uma de seus estudos mais óbvios.

E isso para uma pedagoga formada mãe de duas crianças.

Rafa piscou algumas vezes depois da fala da carioca tentando encontrar motivos para aquilo.

Mas foi só quando suas pálpebras pararam de abrir e cerrar que, se focando nas iris marrons, foi capaz de entender.

Poderiam trocar mil farpas ou só uma.

Serem inimigas mortais ou de uma rivalidade por uma vaga.

Mas o amor impediria, sempre, Bianca de não fazer Rafa feliz.

Se fosse necessário o afastamento ou o juntar ainda mais, a empresária faria tudo.

Rafa soube, porque viu naqueles olhos um desprendimento que a fez ficar visivelmente emocionada.

— Ganha essa — Bianca sibilou devagar. Havia dado uma boa batalha durante horas de debate.

Não deixou fácil, fez que fosse suado, porque se fosse de outra forma Rafa não iria aceitar.

Todas as suas provocações, as evidentes disputadas, não passavam do nível da diversão para a carioca.

Na vida real das coisas palpáveis era incapaz de ir muito mais adiante que aquilo.

Queria garantir que Rafa tivesse seu cargo.

E na mente da mineira aquilo era uma grande prova de amor.

Percebendo até onde iria Bianca, não por competição, reconheceu que aquela alma era nobre demais para que não fosse a escolhida em qualquer ocasião.

Assim, igualmente por amor, Rafaella a respondeu perfeitamente e devolveu a pergunta com um tema que sabia que Bianca saberia também.

— Que o destino decida — Pontuou Rafa em sua mente.

— Minha pergunta para Bianca é sobre as formas de manutenção do ensino construtivista na Escola Santa Judith — A dona de casa propôs sabendo que, se a memória falhasse, as lembranças sexuais de Bianca a manteriam no páreo.

Falou sobre isso no justo momento em que desfilava nua diante da influenciadora.

E se uma coisa tinha certeza na vida, além da morte, era que Bia prestava toda atenção do mundo nela assim que a primeira roupa saísse do corpo.

E a empresária captou a mensagem enquanto pensava sobre o que responder.

Rafa tinha entendido suas intenções e deixou claro que ainda queria embate.

Estava entre o que achava ser o certo por amar e o que pensava ter que fazer por ser amada.

Um conflito sem resposta.

O abrir e cerrar dos lábios foi justamente o que se chamaria de momento.

Aquele antes e depois que já foi falado.

Aquele que demarcava um acontecimento capaz de mudar ou deixar da mesma forma o rumo das coisas.

Bianca e Rafaella não sabiam, mas o destino sim.

A depender unicamente do que sairia dos lábios de Bianca Andrade nos próximos segundos o cargo estava com ela ou, definitivamente, ia se afastar...

Será que a Bia vai entregar depois que a Rafa tentou fazer?

Mas convenhamos né? A boilice das duas tá deixando a gente sem saber quem vai levar a melhor no fim.

Mas na moral? Isso para mim é ótimo porque eu sei que vocês ficam cada vez mais sedentas para descobrir se vamos ter noite da Rafa ou noite da Bia.

Outra coisa: To amando a repercussão que isso aqui tá tomando até no Twitter e gostaria de pedir que quando postarem algo lá sobre a história marcassem o meu tt que é @letcia_22, pois da mesma maneira que eu adoro ler e responder todos os comentários de vocês aqui gostaria de fazê-lo no Twitter.

Por fim, queria pedir outra vez para vocês passarem na fic nova porque está muito legal também. Acho que quem leu tá gostando e quem não leu tá perdendo e tá deixando a autora triste porque a outra fic não tá sendo tão amada quanto essa.

Eu sei que vocês tem xodó aqui, mas não custa nada dar só uma passadinha, tá?

O cap hoje foi curtinho porque to cansada, mas amanhã sabadão eu vou trazer um capítulo bem grande e bem boiola. Prometo!

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