A SOMBRA

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Essa história aconteceu bem no sítio onde meus pais moram até o dia de hoje, ela é estranha e ao mesmo tempo perturbadora. Como morávamos afastado da cidade, e o terreno de nossa casa era bem extenso, vivíamos fazendo churrasco e festas familiares e entre amigos. Ali é um sítio em que morava meu avó quando ainda era vivo, e quatro de seus filhos, cada qual em sua casa, um deles é meu pai, é claro.

Em uma certa noite quando eu era ainda jovem, apareceu em nossa casa vários amigos da família, e em meio a conversas de adulto, estava eu ali, a unica jovem em meio a eles, já que era muito medrosa para sair para fora da casa, e participar das brincadeiras das crianças.

Como vivíamos no sítio, nossa casa sempre foi bem espaçosa, e na volta inteira havia uma varanda, que era, e é até hoje, bem iluminada por varias lâmpadas, atrás da casa tem um pé de Paineira, na qual contém uma balança que está lá desde que eu me entendo por gente.

A história é a seguinte, durante aquela visita alegre em que todos os adultos se encontravam juntos conversando e trocando ideias, minha mãe com outras mulheres estavam na cozinha fazendo o jantar. E as crianças estavam brincando nessa balança, e como eu já disse, era um lugar bem iluminado que possibilitava as brincadeiras infantis, de repente elas começaram a gritar e vieram todas correndo para dentro da casa, entre elas se encontrava meu irmão que naquela época também era pequeno, eu como uma boa irmã mais velha, e também a única jovem em meio aos adultos, fui ver o que estava acontecendo.

Não foi bem assim que aconteceu na verdade, antes de ir, tive que levar uma bela de uma bronca de minha mãe, que me disse que minha obrigação era cuidar das crianças enquanto essas estavam brincando. Só assim mesmo para mim sair a noite para fora de casa.

Quando chego perto das crianças que eram em 4 no total, eles estavam assustadas e me contaram que estavam brincando na balança, quando escutaram um barulho, e olharam para trás, bem lá no fundo do terreno, eles viram algo grande e escuro se mexendo, muito parecido com uma pessoa, só que gigante. Me conduziram até a varanda do fundo e me mostraram, mas eu só via o pé de bambu, que estava localizado no lugar que as crianças diziam ter visto aquela sombra, e eles insistiram em dizer que havia lá uma coisa muito estranha, mas que já tinha ido embora.

Quando todos foram embora, meu irmão foi contar para minha mãe sobre o que aconteceu, mas ela disse que era apenas o bambuzal se mexendo com o vento.

Meu esposo quando ainda namorávamos, em uma noite precisou ir buscar umas ferramentas que ficavam em um salão, digo salão, porque normalmente as pessoas antigas tinham aqueles quartinhos de bagunça, onde sempre colocavam todas aquelas coisas velha...

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Meu esposo quando ainda namorávamos, em uma noite precisou ir buscar umas ferramentas que ficavam em um salão, digo salão, porque normalmente as pessoas antigas tinham aqueles quartinhos de bagunça, onde sempre colocavam todas aquelas coisas velhas, que não estavam usando. Mas em casa era diferente, não era um quartinho, era uma sala grande, onde tinha de tudo, desde ferramentas a ração para os animais, e é assim até hoje, uma bagunça total. 

Esse salão fica localizado atrás da casa, e do lado dessa Paineira, entre a casa e o salão tem um espaço vazio que foi projetado para abrigar uma grande piscina, mas que não foi construída até os dias de hoje, e nem vai ser mais.

Voltando a história, meu marido que na época era meu namorado, entrou nesse salão e quando estava saindo pela porta, avistou no meio daquele espaço que era para ser a piscina, um vulto escuro, com mais de 2 metros de altura. Mas como já disse em minhas outras histórias, ele adora uma bela aventura, então fechou a porta do salão, passou ao lado do vulto e se dirigiu para a porta da casa.

Eu em! Teria era saído correndo dali, no primeiro segundo que visse tal aparição.

Há, já ia esquecendo, uma cunhada de minha tia, já disse que viu naquele mesmo sítio uma sombra vagando a noite.

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Então o que me dizem? Espírito? Assombração? Histeria Coletiva? Ou eram apenas os galhos do bambuzal fazendo acrobacias?

A mesma sombra em dois lugares diferentes, e em datas totalmente diversificadas. Que é estranho, isso sim é. Eu é que não quero nem saber, depois que me contaram essa história, nunca mais sai desacompanhada na varanda à noite.

Se curtiram a história, não esqueçam de deixar seu voto e comentário. Até a próxima história assustadora. ; )-

Contos de uma Cidade no Interior (REESCREVER)Where stories live. Discover now