Contos de uma Cidade no Interior (REESCREVER)

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Quando minha tia tinha 16 anos, sua avó paterna se encontrava muito doente, era uma pessoa na qual ela admirava e amava muito. Então ela foi a visitar no hospital, quando a viu, sua avó se encontrava amarrada para não se machucar, pois ela era muito agitada. Como que sentindo a presença da neta, ela começou a se bater e a tentar falar, mas nem um som saia, ela apenas transmitia seus sentimentos através de seu olhar profundo, minha tia se aproximou mais de sua vó, mas está, estava muito agitada, e a enfermeira teve que tirar minha tia do quarto, para acalmar a paciente.

Uma semana após sua morte, minha tia estava deitada na parte de baixo da beliche, enquanto minha mãe que naquela época tinha 17 anos se encontrava na cama a cima, e minha outra tia de 14 anos em uma cama ao lado. 

Essa minha tia estava acordada, enquanto todas as outras dormia, ela havia perdido o sono e estava pensando na vida. Quando algo chamou sua atenção, seu quarto era iluminado com a luz da lua, pois a janela era de vidro e a cortina estava aberta, então dava para enxergar tudo no quarto. O trinco da porta do quarto começou a se mexer, como se alguém o tivesse abrindo do lado de fora, naquele momento ela achou que era sua tia paterna que estava dormindo na sala, e esperava vê-la entrando no quarto.

Quando a porta abriu ela viu em vez de sua tia, sua avó que tinha falecido, ela entrava no quarto e vinha em sua direção em passos lentos, com o mesmo vestido azul florido no qual foi enterrada, e em sua mão esquerda estava um lenço de pano, e ela enxugava seu olho esquerdo, enquanto lágrimas corriam do direito, ela chorava, mas não fazia nenhum barulho. 

E assim ela estava vindo em direção a minha tia, mas minha tia com medo acabou puxando o cobertor até a cabeça, e ali ficou totalmente paralisada na cama, por um bom tempo. Ela tentou se movimentar, mas nada acontecia, tentou falar, mas sua voz tinha sumido, e assim ficou até conseguir recobrar os movimentos do corpo, quando isso aconteceu, ela levantou um pouquinho o cobertor, para ver se a presença de sua avó ainda continuava ali, mas não havia nada, e até a porta se encontrava fechada, como se nada houvesse acontecido.

Algum tempo depois, em meio as coisas dessa sua avó, acharam uma foto de minha tia quando era pequena, de todos os netos e netas, ela era a que minha bisavó mais amava. 

Minha tia contou essa história emocionada, pois ela disse que quando sua avó veio visita-la, ela deveria ter agido diferente, em vez de medo, ela deveria ter a recebido de braços abertos. 

Quando sua avó estava internada no hospital, lhe tentou falar alguma coisa, mas não conseguiu, então após sua morte foi visita-la para falar, mas minha tia era muito jovem e estava com muito medo para escutar.

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E assim acaba mais uma de nossas histórias de família. Esse fato é bem parecido com a paralisia do sono, mas quem é que vai saber o que foi, só de uma coisa se tem certeza, esse fato foi bem real para minha tia. Que o relembra com um arrepio por seu corpo.

E ai galerinha, o que acharam dessa história? Se gostaram, não esqueçam de deixar o seu voto, comentário são bem vindos sempre.