O BEBÊ

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Essa história é um pouco mais ousada de se escrever, lembro-me quando a escutei pela primeiras vez, eu tremi só de ouvir. Esse fato aconteceu na cidade de São Paulo, quando ainda existiam ruas de terras e barracos de madeira, em lugares que hoje é considerado grandes avenidas com suas megas casas.

Ela começa com uma jovem que era vizinha de minha avó na juventude, conforme os anos foram se passando essa garota foi ficando cada dia mais "patricinha" como diziam na época, ela era cheia de frescuras, e só usava roupas agarradas para marcar seu belo corpo. Quando está se casou, foi morar em uma bela casa, seu esposo tinha uma boa renda naquela época e deu para essa jovem tudo o que ela queria, desde joias e roupas de marcas, a jantares caros e viagens entre as capitais.

Alguns anos se passaram, e ela engravidou de seu esposo, mas isso foi para seu desgosto, pois seu corpo belo era tudo o que ela queria. A gestação foi passando, e ela engordando, seu corpo estava ficando como dizia ela "grotesco", durante toda a gestação, ela amaldiçoou aquela criança que crescia em seu ventre, á chamando de "peste", "diabo" e outras mais palavras desagradáveis.

No tão esperado dia do parto, estava ela lá a reclamar, que depois que o bebê nascesse teria que fazer uma boa dieta para reconquistar o corpo que tinha antes. Durante o parto, os médicos estranharam tal deformação do bebê. Mas nada podiam fazer, pois aquilo era um bebê.

Quando a enfermeira o levou para a jovem, está antes de lhe entregar a criança, apagou a luz do quarto, para não assustar a nova mãe, saindo logo em seguida e deixando mãe e bebê sozinhos no quarto. Ali ela amamentou a criança, mas durante a amamentação o bebê lhe deu uma mordida no seio, ela logo gritou e o amaldiçoou novamente sua infeliz gravides.

Mas durante aquela noite, varias vezes o bebê chorou, e ela foi obrigada a lhe dar de mamá, mas na ultima amamentação quando o dia amanhecia, ela finalmente conseguiu ver seu filho. Em tal desespero tentou joga-lo no chão, mas esse se agarrou mais a seu peito, e começou a sugar cada vez mais forte, enquanto sua outra mão apertava o outro seio.

Quando seu esposo chegou para conhecer seu filho, encontrou tal criatura ali, ainda a sugar o leite ensanguentado, e sua esposa totalmente morta, no lugar de um bebê se encontrava uma criança com olhos enormes, com dois chifres na cabeça e uma calda. Quando este percebeu a presença do homem que era seu pai, largou o peito da mãe morta, deu um sorriso travesso com dentes enormes em sua boca e disse: - eu sou o diabo que ela tanto queria. E depois deu um salto do colo da mulher falecida caindo direto de quatro no chão, atravessou o quarto em saltos e pulou pela janela, quebrando assim o vidro que estava ali.

Minha mãe dizia que essa história macabra tinha até saído no jornal naquela época. Com um tema muito importante, "nunca amaldiçoe aquilo que está gerando, pois nossa boca tem poder".

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Bom, eu morria de medo dessa história, pois ela querendo ou não é totalmente assustadora.

E vocês o que acharam desse relato? Aparição, Maldição ou Loucura Coletiva?

Abaixo está a imagem do jornal do ano de 1975.

Abaixo está a imagem do jornal do ano de 1975

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Contos de uma Cidade no Interior (REESCREVER)Where stories live. Discover now