53 ° Crazy old woman

809 102 76
                                    

        Saeroyi: Eu achava que você não tinha coração, mas acho que sei porque estava agindo assim.

Soo-ah: Por que acha que sou assim?

Saeroyi: Porque você é anormal.

( Itaewon Class )

IM JAEBUM

           Chinelo, calça moletom, blusão e casaco — um louco. E todos me olhavam como se fosse um, na verdade, eu também estava silenciosamente me chamando de louco, maluco e desorientado, meu Rolex marcava três da manhã. Ainda assim, lá estava eu, do lado de fora do carro, com uma ventania miserável balanço meu cabelo e me obrigando a afunda as mãos no casaco.

             Os  olhos se fechavam várias vezes sozinhos devido ao sono de um dia movimentado no trabalho — e de um sono interrompido.

           Ergo  os ombros descendo-os com força ao soltar um suspiro pela boca, eliminando uma fumaça visível devido ao frio.

Ela só pode ser louca.  - Estalo a língua estendo o braço na linha frente para olhar mais uma vez onde os ponteiros estavam, que horas eram.— Também devo ser louco.

             Éramos  dois loucos, geneticamente loucos. Ela por ter me acordado de madrugada para buscá-la no aeroporto, e eu por ter vindo realmente buscá-la e não ter mandando ela pegar um táxi sozinha. —Se vire, era o que eu queria dizer, mas não disse, apesar da falta de noção, do jeito insano incurável, ela era minha mãe.

             mesmo eu não sendo a pessoa perfeita, não arriscaria a vida de Yi-Nay em plena três de manhã vindo sozinha no carro de um desconhecido que ela não saberia das intenções.

— Velha louca. - Murmurei mais uma vez, desencostando do carro, dando voltas no mesmo lugar.— Vou matar ela.

— Quem você vai matar, pirralho? - Paro ao ouvir a voz arrastada do sotaque que minha mãe tinha e revirei olhos mordendo o canto dos lábios.

— Sabe que horas são?

— A hora que meu vôo chega. - Diz Yi-Nay sorrindo fechado erguendo sua sobrancelha.— Abra a mala, está frio.

— A senhora jura? - Murmuro com deboche destravando a mala e entrando no carro deixando a mais velha se virar só  com a mala.— Velha Maluca. - Acompanho ela pelo retrovisor pondo a mala e se apresando para entrar no carro.

— Você é tão cavalheiro filho. - Brinca  revirando os olhos e contraindo seus lábios.

— A senhora que me ensinou. -  Inclino a cabeça para o lado com um sorriso largo e debochado. Recebendo um puxão nas orelhas vermelhas de frio que pareciam dormentes, mas a unha grande de Yi-Nay provou o contrário.— Ya!

— Diriga, meu querido pirralho.

             Estalo a língua arquiando o canto dos lábios, girando a chave canivete dando partida a corrida para casa. Saiu da frente do aeroporto ligando o aquecedor para descongelar o congelado dentro de mim de tanto tempo lá fora.

          Venha meu amor,  ouço nitidamente a voz  da minha cama e dos meus lençóis quentes. E resmungo mentalmente coisas sobre minha mãe e suas loucuras repentinas.

The Perfect Imperfect  | Im JaeBumOnde as histórias ganham vida. Descobre agora