Portland, Oregon. 1942 d.C.
Quando Perséfone entrou no Casarão do Clã BPM percebeu a confusão que estava ali. Todos os Imortais estavam reunidos para o nascimento do segundo filho dos Francher.
Emma estava com Katherine, a filha de Louis no colo, enquanto a pequena segurava seus cabelos curtos. Perséfone percebeu que apesar da menina estar mudando a fisionomia, ainda tinha traços seus.
— Bebês são uns seres estranhos. – Wilson, o menino-macaco, estava empoleirado no ombro esquerdo de Emma enquanto encarava Katherine curiosamente.
— Perséfone! – Jett veio em seus passos senhoris até a deusa e a abraçou. – Pensei que não chegaria a tempo. No nascimento de Kath não pudemos vir com toda essa guerra acontecendo, mas dessa vez deu tudo certo para nos reunirmos. – A senhora sorriu com as bochechas rosadas.
— Eu sempre chego a tempo, Jett.
A porta voltou a se abrir e Ballard entrou com Eyle.
— Já nasceu? – Ballard perguntou para ninguém em especial.
— Ainda não. – Perséfone sorriu para ele.
O casal cumprimentou todos e sentaram na beirada das escadas.
— Vai chegar a vez de vocês. – Christiny disse para o casal.
— Perséfone. – Eyle olhou para a deusa. – Por que nós não conseguimos ter um filho? Louis e Isa estão tendo o segundo, enquanto eu e Ballard não conseguimos nada mesmo depois de várias tentativas...
— Sinceramente eu não sei, Eyle. – Perséfone aproximou-se dela e pôs a mão em seus ombros. – Mas a vez de vocês um dia chegará, basta ter paciência.
Ficaram todos em silêncio por um bom tempo. Duas harpias circulavam servindo chá e bolachas. A apreensão reinava na sala do Casarão. Ninguém descia para informar o que acontecia, e ninguém subia. O primeiro grito de dor veio à tona, trazendo a atenção de todos de volta.
— Por isso eu não engravidarei. – Jannete bufou quando os gritos de Isadora se tornaram constantes.
— Fique quieta, Jannete. – Kevin olhou nos olhos reptilianos da bruxa.
— Não comecem, por favor. – Emma olhou de Kevin para Jannete.
Então veio o som que todos estavam esperando: o choro da criança.
— Nasceu! – Jett saltou de alegria. – Nasceu, Wilson! – Ela correu e pegou o mico-leão-dourado nos braços, rodando enquanto comemorava.
— Finalmente! – Jannete se levantou do sofá e colocou a xícara de chá na mesinha de centro.
Passos apressados vieram da escada, fazendo Ballard e Eyle se levantarem. Marx olhou rosto por rosto e então abriu um enorme sorriso.
— Meu afilhado é a cara do Louis! – E as lágrimas de felicidade escorreram pelo rosto. – Perseu. O nome é Perseu.
— Menino? – Perséfone estava em choque. Tudo que ela não queria ouvir era que a criança era um menino.
— Sim! – Marx respondeu sorridente.
— Perséfone? – Jett segurou no braço da bruxa antes que ela abrisse a porta. – Perséfone! Aonde você está indo?
— E... Eu tenho que ir resolver um problema. São.... Os wichers! Sullivan acabou de me avisar. Dê meus parabéns para Louis e Isadora. – Perséfone saiu do Casarão sem ouvir o que Jett dizia. Focalizou o palácio em Catânia e abanou a mão teletransportando-se.
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Perséfone - A Origem (Bruxos e Deuses)
FantasyPerséfone fora filha única de Zeus, deus dos deuses, e Deméter, deusa da agricultura. Descrita na mitologia grega como deusa das ervas, flores, frutos, perfumes e estações do ano. Ficou conhecida também como rainha do Mundo Inferior, após se casar c...