Parte Vinte e Cinco

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Portland, Oregon. 1942 d.C.


Quando Perséfone entrou no Casarão do Clã BPM percebeu a confusão que estava ali. Todos os Imortais estavam reunidos para o nascimento do segundo filho dos Francher.

Emma estava com Katherine, a filha de Louis no colo, enquanto a pequena segurava seus cabelos curtos. Perséfone percebeu que apesar da menina estar mudando a fisionomia, ainda tinha traços seus.

— Bebês são uns seres estranhos. – Wilson, o menino-macaco, estava empoleirado no ombro esquerdo de Emma enquanto encarava Katherine curiosamente.

— Perséfone! – Jett veio em seus passos senhoris até a deusa e a abraçou. – Pensei que não chegaria a tempo. No nascimento de Kath não pudemos vir com toda essa guerra acontecendo, mas dessa vez deu tudo certo para nos reunirmos. – A senhora sorriu com as bochechas rosadas.

— Eu sempre chego a tempo, Jett.

A porta voltou a se abrir e Ballard entrou com Eyle.

— Já nasceu? – Ballard perguntou para ninguém em especial.

— Ainda não. – Perséfone sorriu para ele.

O casal cumprimentou todos e sentaram na beirada das escadas.

— Vai chegar a vez de vocês. – Christiny disse para o casal.

— Perséfone. – Eyle olhou para a deusa. – Por que nós não conseguimos ter um filho? Louis e Isa estão tendo o segundo, enquanto eu e Ballard não conseguimos nada mesmo depois de várias tentativas...

— Sinceramente eu não sei, Eyle. – Perséfone aproximou-se dela e pôs a mão em seus ombros. – Mas a vez de vocês um dia chegará, basta ter paciência.

Ficaram todos em silêncio por um bom tempo. Duas harpias circulavam servindo chá e bolachas. A apreensão reinava na sala do Casarão. Ninguém descia para informar o que acontecia, e ninguém subia. O primeiro grito de dor veio à tona, trazendo a atenção de todos de volta.

— Por isso eu não engravidarei. – Jannete bufou quando os gritos de Isadora se tornaram constantes.

— Fique quieta, Jannete. – Kevin olhou nos olhos reptilianos da bruxa.

— Não comecem, por favor. – Emma olhou de Kevin para Jannete.

Então veio o som que todos estavam esperando: o choro da criança.

— Nasceu! – Jett saltou de alegria. – Nasceu, Wilson! – Ela correu e pegou o mico-leão-dourado nos braços, rodando enquanto comemorava.

— Finalmente! – Jannete se levantou do sofá e colocou a xícara de chá na mesinha de centro.

Passos apressados vieram da escada, fazendo Ballard e Eyle se levantarem. Marx olhou rosto por rosto e então abriu um enorme sorriso.

— Meu afilhado é a cara do Louis! – E as lágrimas de felicidade escorreram pelo rosto. – Perseu. O nome é Perseu.

— Menino? – Perséfone estava em choque. Tudo que ela não queria ouvir era que a criança era um menino.

— Sim! – Marx respondeu sorridente.

— Perséfone? – Jett segurou no braço da bruxa antes que ela abrisse a porta. – Perséfone! Aonde você está indo?

— E... Eu tenho que ir resolver um problema. São.... Os wichers! Sullivan acabou de me avisar. Dê meus parabéns para Louis e Isadora. – Perséfone saiu do Casarão sem ouvir o que Jett dizia. Focalizou o palácio em Catânia e abanou a mão teletransportando-se.

Perséfone - A Origem (Bruxos e Deuses)Where stories live. Discover now