Let me in

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Boa tarde, amores.

E ai, alguém quer saber o que Noah tanto esconde?

Espero por vocês nos comentários. Me digam o que acharam e não se esqueçam de votar, ok? 

Vou postar "Closer" na quarta-feira, se você não leu ainda, não deixe de conferir também entrando aqui no meu perfil de wattpad. 

Bem, sem mais delongas. 

Até breve...

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Noah e eu estávamos diante a uma série de prédios pequenos, eles eram de um vermelho desbotado e a rua estava deserta, porém tinham vários carros estacionados por ali. Apertei o casaco contra o corpo para me aquecer, mas olhando para o rosto congelado de Noah, eu não sabia se o frio era exterior ou interior. Ele saiu do carro e ficou encarando o pequeno prédio a nossa frente, tamanho era sua estupefação.

Puxei a manga do seu casaco e ele se virou para me encarar. Seus olhos estavam desprovidos de emoções e seu rosto estava retorcido.

– Amor? – Balancei as mãos na frente dele. O que nós estávamos fazendo ali? – Tudo bem? Você quer se sentar?

Olhei ao redor e infelizmente, só teríamos a calçada caso ele dissesse que sim.

– Não. Estou bem. Obrigado. – Noah falou devagar, dando pausa entre as palavras, como se estivesse tentando convencer a si próprio. – Vamos?

Assenti e ele me estendeu a mão, segurei nela como se minha vida dependesse disso, então atravessamos a rua, até parar numa pequena porta de madeira gasta, com alguns tijolos depredados. Um arrepio percorreu minha coluna, Noah me encarou quando eu tremi.

– Estou bem. – Afirmei para ele, assentindo assertivamente.

Ele enfiou uma chave na porta e a abriu, nos deparamos com uma sala de estar impressionantemente limpa, cada móvel estavam à beira do brilho e o chão gasto, havia sido limpo recentemente, o cheiro de limpeza ainda pairava no ar. Noah fez um gesto para eu entrar, hesitantemente, eu entrei antes dele e consegui reparar mais nos detalhes daquele lugar.

As paredes estavam descascadas e na pequena sala havia uma mesa de centro, uma lareira e um sofá de camurça velho. O chão rangia quando eu caminhava e pude ouvir Noah entrar logo atrás de mim, pois a madeira rangeu alto sob seus pés. Encarei-o e sorri. Porra, eu estava realmente nervosa e querendo saber o que estávamos fazendo ali, mas com certeza eu não iria deixar meus medos transparecerem. Saber o que ele tanto fazia na Espanha era o que eu mais queria, mas ao mesmo tempo, um enorme receio crescia dentro de mim, abafando todas as minhas vontades e deixando todos os meus sentidos superalertos. Noah olhou com tamanha agonia para o apartamento que tive que desviar meu olhar de seu rosto. Na parede direita, havia uma pequena mesa de canto, onde haviam várias fotos e era para ali que Noah olhava, como se estivessem enfiando uma faca em seu coração e a dor fosse alucinante. Apontei para a pequena mesa, o fazendo olhar para mim.

– Posso? – Pedi permissão para ver o que tinha ali.

Ele respirou fundo e ficou intercalando o olhar entre eu e a mesa. Esperei pacientemente até ele assentir.

Andei até a mesa, cerrando os dentes ao ouvir o barulho dos meus próprios passos ressoarem por todo o ambiente.

A pequena mesa de carvalho estava repleta de fotos, tive que colocar meus pensamentos em ordem e olhá-las do começo. A primeira foto era de um Noah bem mais jovem, talvez uns dez anos? Não sei direito. Ele estava com roupas casuais e as pontas de seu cabelo esbarravam no ombro. Nossa, se eu visse essa foto antes, eu nunca diria que era o Noah. Ele tinha um brilho esperto nos olhos e um sorriso branco e brincalhão e por incrível que parecia, ele tinha um labrador ao seu lado, sua mão pousava sobre ele como se estivesse acariciando.

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