Playing With Pleasure

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As seis horas da manhã de segunda, meu celular despertou. Levei um minuto para me recordar que estava em Chicago e que tinha que ir trabalhar. Levantei num pulo e fui para o chuveiro. Enquanto massageava meu couro cabeludo, meu humor melhorou. Nada iria estragar meu dia. Sai do chuveiro cantarolando, notei que ainda eram seis e quarenta da manhã. Eu tinha que estar na editora as oito e meia, então tinha tempo de sobra.

Optei por vestir uma saia-lápis preta e uma blusa social rosa claro de manga curta, salto preto e minhas jóias de sempre. Meu cabelo ruivo estava preso em um coque bem feito que eu aprendi a fazer graças a tia Kate. Fiz um café e comi com torradas, fiquei repetindo mentalmente o meu mantra “nada vai estragar meu dia” até que eu estivesse confiante novamente. Lavei a louça rapidamente e fui escovar os dentes. De frente para o espelho, tentei lembrar de tudo que sabia em relação a editora e meu novo chefe.

Bom, essa editora é uma das maiores do EUA, o nome do meu chefe é Noah Parker, ele deve ser um senhor de oitenta e tantos anos, já que meu pai disse que ele tem muita experiência e publica tantos livros quanto é possível ler. Terminei de escovar os dentes, peguei a bolsa e a chave em cima da mesa. Tranquei a porta e fui para o elevador. Quando as portas para a garagem se abriram, a ansiedade tomou conta de mim novamente.

Eu simplesmente adoro os presentes do meu pai. Em Seattle eu tinha uma BMW e ela vai continuar na garagem me esperando, mas meu primeiro carro foi um New Civic preto. Eu definitivamente amava carros e herdara isso do meu pai.

Varri a garagem com os olhos, havia alguns Hyundais por ali, o que me complicou. Apertei o comando do alarme na chave e um carro prata escondido no fundo da garagem acendeu as luzes e que logo em seguida se apagaram. Sorri e fui andando decidida conhecer meu novo carro. Assoviei, era um Gênesis. Sentei no banco de couro creme e o liguei. O ronco do motor fez meu corpo inteiro se arrepiar. Eu tinha que mandar uma mensagem para o meu pai agora.

“Pai, eu simplesmente amei, amei e amei. Obrigada! Te amo demais. Bom dia!”

Sai da garagem, liguei o som do carro e cantarolei empolgada até o meu novo local de trabalho. Passei com o carro na frente do edifício e meu queixo caiu. Quando meus pais falaram “editora”, eu imaginei algo parecido com a Grey Publisher, porém aquilo estava mais para Grey Enterprises e meu estômago voltou a revirar ansioso dentro de mim.Não, eu não vou me deixar abalar por isso,trabalhei com Christian Grey e eu sei como ele pode ser duro. Entrei na garagem e estacionei. Recitei meu mantra mais algumas vezes e fui em direção ao elevador. Perguntei para um homem que entrou comigo qual era o andar de Noah Parker e com um sorriso irônico ele apontou para o ultimo andar.

– Sabe – Sua voz era melosa e arrastada – você não vai durar um dia aqui se não se informar sobre o seu chefe antes de vir trabalhar para ele. – Virou-se e parou de me fitar.

Meu sangue gelou nas veias. O que esse cara sabe sobre mim? E como sabia quem eu era? Antes que eu abrisse a boca para fazer essas perguntas, ele se mandou, me deixando sozinha novamente. Olhei as horas, eram oito e quinze e eu já estava uma pilha de nervos!

O elevador parou e abriu as portas, relevando um saguão claro e bem mobiliado. Havia uma grande mesa, uns sofás e uma pequena mesa no centro da sala. Os quadros eram de todos os tipos ali, fiquei parada um tempo observando, até que ouvi um pigarro atrás de mim. Me virei e ali estava uma garota baixa e magrinha, usando um vestido preto, seus cabelos loiros eram lisos e sedosos emoldurando seu rosto.

– Bom dia, meu nome é Lucy. Você deve ser Phoebe eu presumo. – Ela esticou a mão e eu apertei, sorrindo.

– Sou sim. É um prazer conhecê-la, Lucy.

– O prazer é meu. Você vai ficar no meu lugar, hoje eu vou tirar o dia para lhe passar as tarefas, mas antes me diz que você ainda vai tomar café. – Lucy juntou as mãos na frente do peito, um gesto de súplica. Eu tive que rir.