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+Lee Seokmin+

— Devagar com essas velas! Ainda precisamos vendê-las. — Ouço eles resmungarem, mas concordam e levam o velho pano creme para o cais em que estávamos atracados.
Infelizmente, as velas não valerão muito, mas uns trocados não farão mal.

O navio está quase todo carregado e pronto para os próximos dias agitados, vamos precisar de muito para resgatar Soonyoung. Dentro de poucas horas os outros dois navios se juntarão a nós aqui na fronteira e, consequentemente, um novo carregamento de armas.

Por um golpe de sorte, as tripulações de Jisoo e Jeonghan são maiores que a minha e de Junhui. O lugar onde estão mantendo Soonyoung é um grande arquipélago onde a marinha mantém prisioneiros e mercadoria, não sabemos exatamente em qual das ilhas deste conjunto estão os prisioneiros, todavia, sabemos que seus homens foram vistos pelas nossas fontes. Vamos precisar de muitas pessoas para invadir o lugar todo.

O tecido escuro das velas combina mais com o Noite eterna do que as antigas, cor de creme. Senhor Kim ficaria feliz em ver seu velho navio tão bonito deste jeito.

Tenho que agradecer Seungkwan, que afanou algumas carteiras na taverna e possibilitou que pagássemos os reparos no navio, faltava pouco dinheiro e os serviços aqui são bem caros. Não o vi desde que ele veio me entregar o dinheiro, aliás boa parte da minha tripulação está dispersa, os japoneses foram trocar coisas do outro lado da ilha, Wonwoo foi conseguir uma estalagem para esta noite, o Velho Byun está cuidando de nossas provisões e os marujos estão perambulando por aí. Os únicos que estão por perto são Soo Yun e Minghao — O imediato de Junhui que não desgruda dela — os dois conversavam em uma língua que eu acredito ser chinês, algo que a meu ver é desnecessário, porque eu tenho certeza que ele fala a nossa língua.

Ela tem andado estranha desde aquela noite em que dividimos uma garrafa de vinho e alguns segredos. Não que ela esteja distante, mas está estranha de uma forma que não sei definir, o casaco vermelho, que não sei como conseguiu, cai sobre seus ombros quase como uma companhia inseparável. E, devo ressaltar, que combina muito com os olhos e o sorriso afiado que ela carrega.

Esse sorriso tem me atormentado muito durante as últimas noites, o que é estranho já que um sorriso raramente me abala, mas o dela... Tem me balançado de uma maneira que ainda não consegui compreender, muito menos o porquê.

— Capitão Lee!

Uma voz me acorda e apenas rezo para não ser um problema, é tudo o que que menos preciso agora. Um dos marujos está parado ali, não me recordo seu nome apenas vejo que é um dos mais novos dentre meus homens, não tinha mais do que dezessete anos.

— Recado para o senhor do Jeon. Ele diz que quer conversar com você e com o senhor Yunho na taverna. — Assinto e recebo uma leve mesura. Soo Yun logo aparece ao meu lado querendo saber o porquê de ter ouvido seu nome provisório.

Juntos nós fomos atrás do mais velho para ver o que era tão urgente. A estalagem não era longe, ficava em cima da taverna mais próxima ao cais e era literalmente a duas ruas de distância, me lembro da primeira vez que vim à fronteira quando olho para o rosto deslumbrado dela. Esse é um lugar que tem de tudo, da mais remota música vinda de continentes distantes até pessoas de várias nacionalidades.

A taverna não é exceção. Tão diversa que pude ver Soo Yun sem fôlego, ela sorri para mim quando me pega a observando e por um momento meu mundo trava, mas logo volta aos eixos.

Wonwoo está conversando com a dona da estalagem, uma mulher com grandes cachos no cabelo ruivo e uma aparência que agradaria o velho Byun, ele dizia:

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