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—  Está confiante, bela moça. — A voz do homem sentado a direta de Taeyeon se espalha por todo o beco, assim como a risada embriagada e alta do que estava a esquerda. — Certeza que vinte moedas vale o risco?

— Absoluta.

Ela indica para que ele comece a última rodada, estavam empatados e o beberrão perdia feio.

— Tudo bem então, quatro seis. — Ele diz, espiando os dados abaixo de seu copo.

Não era um jogo complicado. Semanas observando Yeon jogar foram mais que suficientes para entender as regras. Três jogadores em uma mesa e cada um deles possui três dados, ganha quem acertar a quantidade de vezes que um número se repete.

Não passa de lógica e pura sorte.

— Então aumento para seis, serão seis seis. — Ela sorri, olhando para os dois seis que estavam em sua mão.

Era arriscado. Para Yeon ganhar precisa dar a sorte de ter outros quatro seis naquela mesa.

— Dois seis. — O bêbado diz arrumando seu chapéu e segurando firmemente no copo a sua frente.

Se estiverem blefando ninguém leva a rodada e eles terão que jogar novamente. O que seria péssimo para meus pés, que já não aguentam montar guarda nesta mesma posição.

Os três mostram seus dados.

Taeyon tinha dois seis e o beberrão apenas um, já eram três, contudo, o homem que estava bancando o astuto estava hesitando em mostrar seus dados, mas sob o olhar de todos ali ele não teve outra alternativa a não ser mostrar seus três seis. Muito embora a felicidade da minha amiga na conseguiu se instaurar. Com um forte estrondo ele se levanta.

— Calúnia! Esta... Vadia está trapaceando. — Ele pega suas moeda para se retirar, mesmo que o outro homem já tenha aceitado a derrota e pagado a aposta. — Eu não pagarei para uma bruxa trapaceira.

— Você irá pagar sim. — Era para isso que estava ali. Taeyon jogava e eu garantia sua recompensa. — Estou observando todo o jogo, senhor, posso te garantir que não houve trapaça.

— Você é só outra vagabunda que não sabe como esse jogo funciona.

— Pode até ser... — Saco a pistola e aponto em sua direção. — Mas sou um vagabunda com boa pontaria.

Destravo a arma e vejo que ele engole em seco e recua.

— Pague o que deve e não teremos problemas.

Ele suspira, furioso e mesmo emburrado dá o saco com vinte moedas para minha amiga. Antes que eu possa abaixar a arma ele sai desesperado do beco e com certeza não deixaria barato, não é tão difícil achar a marinha durante o dia, melhor não testar a sorte.

— Melhor irmos antes que ele resolva voltar. — Taeyeon se levanta e me puxa pelo braço. — Novatos...

Ela revira os olhos e juntas resolvemos pegar o caminho mais seguro. Seungcheol dividiu sua rota sobre os telhados conosco e veio a calhar, enquanto a mais velha estava no mercado para comprar seus tecidos, eu estava a espreita pelo alto.

Eu não podia me dar o luxo de desfilar por aí, além de estar sendo procurada pela marinha, eles fizeram questão de colocar m cartaz da bela Moon Soo Yun ao lado do pirata rubro.

Eles nunca irão desistir?

Em um mês nada foi suficiente para fazer a poeira baixar, eles não esqueceram por um segundo sequer e nesse ritmo nunca sairei deste reino que não me trouxe nada de bom.

Ainda era muito arriscado fugir.

Sou puxada do devaneio por Taeyeon que sinaliza para que eu a encontre em nosso ponto de encontro, seu pequeno galpão ali perto. Era discreto e guardava tudo o que ela precisava para fazer suas roupas e vende-las pela cidade. Seungcheol as vendia quase todo dia.

Black Pearl » » Lee SeokminOù les histoires vivent. Découvrez maintenant