Prólogo

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Pov: Camila

Avenida Bedford, rua Quincy, travessa 13.

Avenida Bedford, rua Quincy, travessa 13.

Avenida Bedford, rua Quincy, travessa 13.

Eu continuava repetindo o trajeto do grupo de terapia até minha casa, numa tentativa de controlar o que eu estava sentindo. A terapeuta disse que isso ajudava, eu nem sei dizer se é verdade, ou se eu estou tão desesperada que recorro à qualquer merda que me dizem.

Eu passei por alguns traumas... Dizer alguns talvez seja modéstia da minha parte. Minha família morre, sou vítma de experimentos que me deram superpoderes, perco alguém que demorei pra confiar e estabelecer laços e sou usada por uma mente maligna que se aproveitou de meus poderes pra me forçar à fazer coisas terríveis. É, talvez eu seja um pouco fodida.

Nada que um bom (ou nem tão bom assim) whisky não possa me fazer superar. 

Estou tentando seguir a minha vida, ou me sentir menos inútil, ajudando as pessoas por um bom preço. Eu tenho habilidades que me facilitam o trabalho, quero dizer, todo mundo fala a verdade depois que eu quebro a parede com um soco, isso na cara deve doer. 

Me afastei da única amiga que tinha, Dinah Jane. Não sei se foi pra protegê-la ou pra me privar de sofrer mais. Decidi que é melhor assim, nem sempre estou lidando com pessoas confiáveis. Nesse ramo, quanto menos pessoas você ama, menos fraquezas você tem. Eu confesso que me saí bem até agora. De vez em quando um sexo casual não mata ninguém, mas ultimamente até isso tenho procurado evitar. Minha única satisfação tem sido controlar meus ataques de raiva e pânico, flagar otários infiéis e colocar gente ruim na cadeia. Por hora, estou satisfeita. 

Até conhecer a dona dos olhos verdes mais indecifráveis que já vi, e fantasmas do meu passado virem à tona, e, de alguma forma, achar que tem algo haver com ela.

How To Be a Shitty Superhero in NYC (Camren)Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz