Capítulo 63

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Ayla

— Eu sou tão grata por não ter sido sorteada, vocês não têm noção — falei.

— Ele come geral e não tá nem aí pra nada, muito menos pro filho — Guilherme falou sentando na mesa.

— Quem vai comprar pão? — Fernanda perguntou.

— Eu que não — Guto tirou o dele da reta — Quero ficar aqui fofocando.

— Então vai tu — apontou pro Rafael — Essa vai ser a sua penitência, vai comprar pão e frios, aproveita e traz bolo também.

— E eu pago? — perguntou e ela concordou — Bando de folgado, saudade do meu parceiro Farofa — me deu um selinho e saiu com a chave do carro. Farofinha tava na casa da minha avó com os meus pais, eles não deixavam o bichinho em casa porque ele ficava triste.

— Você tá contando isso porque? — Léo perguntou. Meu bebezinho tava fervendo de ciúmes, sempre falou na minha cabeça que ele é o melhor amigo que eu poderia ter e agora com a aproximação do Gui ele se sentia ameaçado.

— Porque eu não contaria? — perguntou de volta — O Lucas não é santo e a Bianca muito menos, ela sempre rendeu pra mim mesmo namorando com o corno da vez — repreendi ele pelo olhar — Ué, ele é corno.

— Mas só a gente pode chamar ele assim — Léo respondeu — Abusado.

— Vocês se acertaram? — Sarah perguntou pra mim e eu concordei — Mas ele vai continuar conversando com aquela menina?

— Ele disse que se for ajudar ela eu posso ir junto.

— Aquela Jaqueline é traiçoeira, tem que botar fogo antes que se espalhe mais — Fernanda bufou.

— O Lucas tava falando sobre esse mina esses dias — Guilherme soltou e só depois percebeu os nossos olhares — Eu não sei muito não.

— Tu não sabe é nada — Túlio rebateu.

Ficamos conversando enquanto o Rafael não voltava, apesar de todo mundo querer bater no Guilherme ele tava se entrosando bem, não fazia muito sentido ele estar ali mas o bichinho ficou e tava esperando a comida.

Rafael voltou, peguei a sanduicheira e começamos a fazer alguns lanches. A conversa agora era sobre as histórias do Túlio na faculdade e como ele metia o louco cada vez mais, eu observava a Madu e ela parecia tão em paz principalmente com ele ali.

Ouvi barulho do carro entrando na garagem, e não deu nem um minuto pra ouvir as patinhas se aproximando. Farofa não pode ver casa cheia e muito menos o Rafael que ele surta, o queridão chegou na cozinha latindo e pulando em todo mundo, me dar oi que é bom...nada.

— Minha casa virou a casa da mãe Joana, é? — minha mãe perguntou.

— Quer um lanchinho? — Guto perguntou com a boca cheia.

— Vish amor, o bolo que a gente trouxe não vai durar nadinha — Meu pai deu risada.

— Bolo? — Léo perguntou feliz — Pô tio, já falei que você é foda, né?

— Interesseiro pra porra — colocou o bolo de cenoura na mesa — Guilherme?

— E aí — cumprimentou tímido.

— Agora ele é do grupo de vocês? — minha mãe perguntou.

— Deus me livre, eu sou o único nesse grupo — Léo respondeu e o Gui revirou os olhos.

— Tá com medinho, tá? — perguntou.

— Vocês são tudo crianças — resmunguei — Cadê o meu nenê? — perguntei chamando o farofa e ele nem tchum pra mim — Babaca.

Ficamos conversando até tarde da noite, pessoal resolveu ir embora e eu acompanhei até o portão. Guilherme se despediu e fez amizade até com a galera, o problema era o Léo que não queria engolir ele de jeito nenhum.

— Amor — Rafael se aproximou — Vamos quarta no cinema assistir aquele filme que você queria?

— Tem certeza? — não consegui segurar o sorriso, eu queria muito ir ao cinema e sempre fui aquela que ia ao cinema todo mês.

— Claro — me abraçou — Eu te amo, ogrinha.

— Também te amo, seu vacilão. — o celular dele tocou e no visor apareceu o nome da bruaca, ele me olhou como se pedisse autorização — Atende logo.

Oi Jaqueline...não posso..to com a minha namorada e não da pra ir aí, boa noite. — desligou.

— Não fez mais que a sua obrigação — revirei os olhos.

— Chatona você, eu ein — me beijou.


Capítulo rapidinho e sem muita coisa só pra não falar que eu continuei. Boa noite ❤️

Não vejo outra saída [EM REVISÃO]Where stories live. Discover now