Capítulo 44

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Nanda

Entrei no carro do Guto e coloquei o meu endereço no negócio super chique do carro, gente rica é outro nível. Além dele ser cheiroso, bonito pra caralho, inteligente, rico ele era uma pessoa engraçada pra cacete. Perdi a conta de quantas vezes eu gargalhei com ele hoje, ele tem mente de adolescente as vezes mas na outras é um puta de um homem.

— Seu nome é Guto de Gustavo? — perguntei.

— Não — riu — Todo mundo acha que é mas é só uma brincadeira de mal gosto do meu pai, sou Guto de Guto mesmo.

— Que demais — sorri.

— Hoje eu me diverti muito — falou — até mesmo na hora da pancadaria, gostei de todos menos do Yan porque ele só soube me dar patada.

— Ele é um corno manso — suspirei — A Bianca trai ele todos os dias mas quem disse que ele acredita na gente?

— Coitado do cara, às vezes gosta tanto dela que não imagina isso..

— Confia mais na namorada do que não amigos, não dá pra aceitar — neguei — E tu, parece ser bem tranquilo e good vibes.

— Eu sou — respondeu — Não sou de me estressar muito fácil, fui criado com os meus primos e sempre fui aquele fica assistindo a treta e dando risada.

— Eu sou a que tá na treta — dei risada.

— Equilíbrio, pô — me olhou e estacionou em frente do meu prédio — Tá entregue fernandinha.

— Muito obrigada, Gutinho — falei e ela fez uma careta.

— Gutinho não, fica parecendo aquele Zé gotinha — resmungou — Me passa o teu número, vou te chamar pra sair.

— Da seu celular — peguei e digitei meu número — Vou ficar esperando.

— Eu sei que vai — sorriu e se aproximou, segurou na minha nuca e me puxou para um beijo com sabor de quero mais. Puta que pariu, que homem irmãs. — Só não vou mais além porque eu gosto de fazer suspense.

— Você é muito besta, garoto — gargalhei — Boa noite Zé Gutinho.

— Vai se ferrar, fefê — sai do carro e mandei o dedo do meio. Que genética é essa da família Müller, tá de parabéns.

Ayla

Acordei morrendo de frio, o ar tava no 17 e eu tenho certeza que congelei tudo os meus dedinhos do pé. Virei e olhei o Rafael roncando e todo largado na cama, nem parece aquele cara misterioso que na verdade conversa com os animais. Levantei, aumentei o ar e fui ao banheiro, voltei pro quarto e ele ainda estava capotado. Peguei meu celular e eram nove horas da manhã ainda, entrei no Instagram e fiquei assistindo os stories do povo nas festas da vida.

— Tá vendo o que aí? — perguntou com a voz rouca.

— Bom dia — olhei pra ele — Nada demais, tava só esperando você acordar.

— Porque não me chamou? — coçou a cara — Que horas são?

— Nove e dez agora — respondi de larguei o celular — Tá cedo ainda — me aconcheguei nos braços dele.

— Minha mãe me mandou mensagem já — falou olhando no celular — É pra estar lá as uma da tarde no mínimo. — falou e largou o celular me puxando mais perto.

— Eu tenho que ir pra minha casa ainda, vou tomar um banho decente e me arrumar — respondi com os olhos fechados enquanto ele fazia carinho no meu cabelo.

— Vou me arrumar e a gente já vai pra lá — concordei — Tá com fome?

— Eu tô.

— Pena, aqui só tem o teu lanche — falou e eu olhei sorrindo — Não, você não vai comer aquela bomba essa hora da manhã.

— Você é chato — resmunguei.

— Depois passa mal aí e eu sou obrigado a falar que não cuidei direito de você pros seus pais — respondeu — Vamos tomar café na sua casa mesmo.

— Folgado você, nem sabe se vai ter comida lá.

— Claro que vai, seus pais me amaram — se gabou — Vou tomar banho — beijou a minha cabeça e levantou.

Fiquei esperando o bonito enquanto eu arrumava a cama e algumas bagunças do quarto dele, homem é muito bagunceiro. Tudo bem que eu também sou mas o Rafael é outro nível, tinha tanto livro jogado na cadeira que eu me senti a minha mãe. Vesti a minha roupa de ontem e sentei na cama, ele saiu do banheiro e foi em direção ao guarda roupa, pegou uma cueca boxer e vestiu. Eu só vendo aquele corpinho delicia. Terminou de se arrumar e passar quinhentos perfumes, o apartamento tava quieto e provavelmente o Léo estava hibernando agora então saímos sem avisar. O Rafa já sabia o caminho pra minha casa de cor e até pegava atalho, estacionou em frente e eu entrei ja abrindo tudo. Farofa correu na nossa direção e começou a latir pra ele, falso nem deu bola pra mim, entrei na cozinha e encontrei os meus pais cozinhando.

— Bom dia família — dei um beijo nos dois.

— Bom dia — Rafael cumprimentou os dois.

— Lembrou que tem casa, é? — meu pai perguntou e eu dei um sorrisinho.

— Lembrei mas já vou sair — respondi abrindo a geladeira.

— Minha mãe veio pro Brasil resolver algumas coisas e quer nos ver — Rafael explicou.

— Já vai apresentar pra mãe dele e pra gente foi só aquele café da manhã? — minha mãe cruzou os braços.

— Mãezinha não se preocupe, estamos com fome hoje também — falei rindo.

— Quer comer o que, meu amor? — ela perguntou.

— Tem o que de bom? — perguntei de volta.

— Não tava falando com você, falei com o Rafa — abraçou ele — Meu genro.

— Perdeu a sua mãe, trouxa — deu risada e abraçou ela de volta — Qualquer coisa tá bom, Fabi.

— Tem um bolo de chocolate maravilhoso, sentem — falou e eu sentei fazendo careta pra ele. Conversamos um pouco com os meus pais e eu terminei de comer, Rafael já estava super entrosado com os meus pais e eu não entendi o porque disso, eles sempre foram fechados com o traste. Se bem que, né..

— Vou me arrumar — levantei.

— Me ajuda a colocar umas prateleiras lá no fundo — meu pai puxou ele — Bora trabalhar pra ver se tem permissão pra entrar na família.

— Não se matem — gritei e subi pro meu quarto.

Tomei um banho quentinho, lavei o meu cabelo e vesti um vestidinho mamãe eu sou moça de família. Apesar de eu conhecer a mãe dele e ela me adorar eu tinha um pouco de medo, vai saber se ela gostaria que eu ficasse com o filho dela. Ainda eram onze horas e eu já estava pronta, ficamos enrolando até dar o horário nos meus pais e logo entramos no carro pra ir até a casa da mãe dele.

— Tá bonitona hoje, nem parece que come uma montanha — apertou a minha coxa.

— Você não fique zoando com a minha cara na casa da sua mãe, viu? — apontei pra ele — Pelo amor de Deus, imagina se eu causo uma má impressão.

— Tá querendo impressionar a minha mãe? — sorriu — Assim até parece que você quer algo comigo.

— Você é um fingido, sabia? — perguntei beliscando ele.

Boa noite pessoas, amanhã acho difícil eu postar por causa do enem. Durmam bem ❤️❤️❤️

Não vejo outra saída [EM REVISÃO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora