Capítulo 45

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Ayla

Rafael entrou em um condomínio pique casa de famoso em Orlando, fiquei só olhando o nível de vida da família dele e me sentindo um peixe fora d'água. Parou em frente de uma puta mansão que só Jesus na causa, não sei nem entrar numa casa dessa.

— Vamos? — me esperou fora do carro e percebi que fiquei tão em choque com a humilde casa dele que nem vi ele descer do carro.

— Isso porque a sua mãe nem mora aqui no Brasil — falei baixinho e ele deu risada. Colocou o dedo num negócio e a porta abriu, não era mais fácil colocar uma maçaneta e virar? — Vocês são tão humildes que eu fico surpresa, sabe?

— Para de graça — entrelaçou os nossos dedos e me puxou para dentro. Eu sabia que a mãe dele era bem de vida mas no nível mansão da Família Poncio era outra coisa. Fui puxada até a parte externa, um churrasqueira enorme com uma mesa maior ainda e uma piscina que cabe umas 200 pessoas.

— Querida! — A doutora Andreia, mãe do Rafa, veio em minha direção me abraçando em seguida. — Muito obrigada por ter aceitado vir almoçar aqui.

— Essa aí só aceitou porque ama comer de graça, mãe — O idiota respondeu e eu corei — E aí, Peter! — cumprimentou um cara na churrasqueira com cara de gringo.

— É mentira, viu? — sorri — Eu vim porque eu gosto muito mais da senhora do que desse trouxa aí.

— Posso te falar uma coisa? — ela perguntou e eu concordei — Eu também gosto muito mais de você do que esse idiota.

— Mãe! — Rafa cruzou os braços — Muito bonito você falando que eu sou o seu bebê e ficar falando isso pra ela.

— Você é adotado, filho — deu risada.

— Sua mãe me contou e eu prometi guardar segredo — O tal Peter que tem cara de gringo mas acho que não é falou.

— Agora eu sei porque a sua irmã é mil vezes mais bonita que você — falei e ele revirou os olhos — Aliás, cadê a Rai?

— Daqui a pouco ela desce, querida — concordei — Deixa eu apresentar o meu marido — puxou o homem — Esse é o Peter, nasceu no exterior mas é filho de pais brasileiros.

— Muito prazer — apertou a minha mão — A costela vai demorar mais um pouquinho pra ficar pronta, tá com muita fome? — perguntou.

— Não — sorri.

— Ela tá sim, fica com fone o dia todo — Rafa falou sentando em um sofá chique — DESCE LOGO RAIANE — berrou.

— Ela fica puta da vida quando ele a chama assim — Andreia sussurrou.

— Mas que saco — Raí chegou pisando firme — Eu já falei que o meu nome não é assim, para de inventar moda seu adotado.

— Ih ala — olhou bravo — Tá na moda falar que eu sou adotado?

— Deve ser porque você é — deu de ombros e notou a minha presença — Eu não acredito — correu em minha direção — Aylinha.

— Raiane, huh? — mostrou a língua pra mim — Eu vou cortar fora, fica vendo.

— Vai nada — me olhou debochada — Eu sei que você me ama muito mais que ama o meu irmão — devo ter ficado vermelha pimentão.

— Raí — Andreia apertou o braço dela.

— Eu só tava brincando — levantou os braços em rendição — Senta aí que eu vou mostrar as fotos do passeio que eu fui com a escola.

— Tu nem tem idade pra ficar saindo, criança — Rafael levou e sentou ao nosso lado.

Não vejo outra saída [EM REVISÃO]Where stories live. Discover now