Capítulo 47

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Sarah

Tudo estava bem confuso, parecia que todos estavam me impedindo de ter paz. Começando com o Leonardo que se aproximou e voltou a ser como antes, nossa amizade estava ficando estável apesar de tudo, mas o problema era eu estar saindo com o Caio.

Sim, eu e o Caio saímos bastante nos últimos dias e ele tem sido incrível, não pôde ficar perto de mim no hospital mas sem me mandava mensagens de apoio. É claro que não era nada sério ou definido, ele poderia muito bem ficar com quem quisesse e eu também, mas o nosso "relacionamento" era um dos motivos de momentos estranhos com o Léo.
Até porque não é fácil você conversar sobre outro cara com alguém que você já foi muito apegada.

Estávamos o grupo inteiro - e Bianca - na casa da Ayla arrumando as malas nos carros pra começar a nossa viagem. Como o Túlio volta pra minas na segunda a noite resolvemos passar o final de semana no litoral norte na casa de um parente do Léo, de sobra veio o casal palhaçada, não dava pra viajar sem o Yan mas como sempre ele tem que levar a mala dele. No carro do Léo vamos eu, ele e o casal boiada, já no carro do Rafa vai a família Müller e Fernandes, até o palhaço do Guto estava nessa.

— Ayla, você já desceu a sua mochila? — Rafael perguntou abrindo o porta malas do carro que já estava estacionado na garagem dela, o negócio aqui estava evoluído e ele já era amigão da família dela.

— Vou descer — gritou da cozinha.

— Caralho mano, já não falei pra descer logo — reclamou e eu dei um tapa no braço dele.

— Olha como fala com a minha amiga — briguei.

— Tua amiga é muito enrolada, to falando que preciso da mochila dela pra arrumar o porta malas faz tempo e ela fica só de desculpinha — resmungou.

— Nossa como você é chato, cara — se aproximou com a mochila.

— Não é questão de ser chato, já falei.

— Eu não desci antes porque tava terminando de arrumar as coisas lá na cozinha com o pessoal, você não pode esperar? — cruzou os braços e eu sai de fininho pra não sobrar pra mim.

— Tá tudo pronto? — perguntei abraçando o Túlio.

— Uhum — Fernanda lavou o copo — Já tá tudo no carro e agora é só ir.

— O Rafa já fechou la? — Léo perguntou.

— Deve ter fechado, mas o casal vinte tá lá discutindo — fiz careta e eles riram.

— BORA CASAL — Nanda gritou do corredor. Pegamos o resto das coisas e voltamos pra coragem, os dois estavam lá de cara fechada e terminado de arrumar o carro. Entrou cada um no seu carro e rumo a Ubatuba, pena que eu sou o tempo todo ao lado dessa sururu.

Recebi uma mensagem da Fernanda avisando que iriam parar no próximo posto de gasolina, não tinha dado nem três horas de viagem e o bonito do Túlio queria mijar. Como daria quase uma e meia da manhã já estava tudo escuro mas amém que o posto tinha uma iluminação forte. Léo estacionou em frente à loja de conveniência e eu desci pra esticar as pernas, Fernanda e Guto desceram do carro correndo em direção à loja, aqueles dois nasceram um para o outro porque eu nunca vi se combinar tanto. Rafa foi ao banheiro com os meninos e eu me aproximei da Ayla que estava encostada no carro.

— Porque você tá com essa cara? — perguntei.

— O Rafael me estressa — bufou.

— Ainda é por causa do negócio da mala?

— Não — negou — Ele tá assim desde cedo comigo, todo grosso e reclamando, como se estivesse descontando algo em mim e eu nem sei o que aconteceu — suspirou — Lá em casa a gente meio que brigou, ele veio falar que tava cansado e eu não tava cooperando.

Não vejo outra saída [EM REVISÃO]Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon