Capítulo 9

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Ayla

A semana estava sendo corrida pra mim, mil e umas coisas pra resolver, principalmente sobre um apartamento que eu e o traste tínhamos ido ver e negociar, agora eu toda linda teria que resolver esse b.o. Tava indo pra minha sala quando fui parada por um muro em forma de pessoa, um ser musculoso, quando olhei pra cara logo vi quem era. Pedro é um dos veteranos de engenharia da sala do meu ex, organizador das chopadas e tudo mais. Ele sempre jogava umas indiretas pra mim e eu como uma ótima namorada saia fora, o que o traste não fazia.

- Ayla - olhei - Tudo bem? - se aproximou.

- To ótima e você?

- To bem também - sorriu. Nossa porque eu não reparei nesse sorriso antes? - Tá afim de ir na nossa chopada? Já chamei seu novo grupo e tá tudo resolvido - falou e eu estranhei.

- Como assim novo grupo?

- O grupo do Rafael e companhia.

- Como você sabe disso?

- O rádio fofoca tocou já - ele riu - Tá geral sabendo das tretas já. - fiz uma careta - mas não se preocupa não, tu só se livrou de uma. Enfim, quer ir?

- Quanto é a entrada? - perguntei.

- Pra você não tem custo nenhum, minha cortesia.

- Sério? - concordou - Obrigada então - sorri.

- Te vejo lá - piscou e saiu. Acho que alguém ficou feliz com o meu término.

Assisti as minhas aulas do dia, almocei rapidinho no restaurante do faculdade e fui pro serviço. Comecei a separar os pacientes do dia, alguns já estavam esperando. Umas quatro chegou o Manuel, meu xodózinho de 5 anos que tem a língua presa, eu amo esse menino em um nível que toda vez que ele chega já vem pulando pra me dar um abraço que muda o meu dia todinho.

- Tia ay - escutei aquela voz que me enche de amor. Ele apoiou na mesa recepção de um jeito que eu pudesse ver só os olhinhos dele. - Oi tia ay.

- Oi meu amorzinho - levantei e fui na direção do meu pitchuquinho. - Tudo bem?

- Tudu bem - falou enrolado. Morro de paixões
.
- Oi Dessa - cumprimentei a mãe dele - Ele é o próximo, tá bom?

- Obrigada Ayla - sorriu e sentou. Peguei ele e coloquei no meu colo na recepção, ficou me contando da escolinha enquanto não era a sua vez e quando chegava um paciente novo ele ficava quietinho me esperando pra voltar a contar. Vê se eu aguento?

- Vamos Manu? - a doutora chamou, ele resmungou e me deu um beijão na bochecha. Sussurrei um tchau e ele fez uma carinha triste.

Deu o meu horário, desliguei tudo e levantei pra ir embora, minha chefe pediu pra eu deixar alguns papéis da Doutora Raquel, da obstetrícia, concordei e fui com as minhas coisas pro consultório dele. Cheguei e dei de cara com quem eu menos esperava sentado numa sala com algumas grávidas.

- Parabéns - desejei pro ogrinho - Quantas semanas? - debochei.

- Mané parabéns garota, sai fora - reclamou e eu sorri. Entreguei os papéis pra recepcionista e a doutora saiu bem na hora.

- Querida! - me abraçou - Quanto tempo não vejo você. Voltei de viagem há alguns dias pra atender algumas pacientes especiais que tenho aqui no Brasil.

- E a Inglaterra?

- Está maravilhosa, minha clínica de lá está indo à loucura, mas vou continuar vindo aqui pelo menos uma vez a cada mês, só vou fechar essas pacientes de agora.

Não vejo outra saída [EM REVISÃO]Where stories live. Discover now