⤷ 𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟐

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HAAhAhHa hHAhaHahAhA hHaHahahHa!!!!

Rocket se apoia na cadeira giratória de joelhos no chão, largado em risada. Mantinha uma de suas patas sob o abdômen na tentativa de conter a dor que sentira com o tônus muscular em exercício ativo.

Afinal, qual era a graça na minha pergunta? Diante de avanços tão tecnológicos que ele presenciara, será que "viagem temporal" não era um tópico frequente pela galáxia? Até mesmo a CERN tratava este assunto como corriqueiro, e o colisor de hádrons nem tinha tanta potência assim equiparado a uma nave espacial alienígena.

– Cuidado pra não ter uma contração. Dizem que guaxinins não suportam tanto exercício muscular assim de uma vez só.

Finalmente meu amigo felpudo cessa o riso. Podia jurar que ouvi um eu sou o Groot vindo do outro lado.

– Ah, você tem que ser estraga prazer - ele se recompõe e senta na cadeira para me encarar.

Rocket não curtia ser comparado a mamíferos terrestres, mas eu não podia evitar.

– Isso foi pra mim ou pro Groot?

– Como assim? Claro que foi pra você, o Groot foi dormir.

Ele para pra analisar a situação por um momento e se estica um pouco na cadeira, tentando visualizar seu parceiro. Rocky era uma figura paterna tão forte para a árvore que quase me lembrava meu pai. Até mesmo o humor de ambos era equivalente, sem contar com as áreas de interesse. Devia ser por isso que não se entendiam muito bem.

– Você por acaso viu ele passar por aqui? – me interrogava.

– Ahrm, não. Não, eu só... viajei. É, foi isso. Era uma distração pra você parar de rir.

Rocket me olha com desconfiança.

– Sei... Mas então, respondendo a sua pergunta: Sim, claro que é possível.

– E por quê da risada então?

– Ah, só queria fazer você pensar que tava fazendo papel de boba. Devia ter visto sua cara – a criatura debocha novamente.

Minhas sobrancelhas vão as alturas e eu respiro fundo. Sua definição de entretenimento nem sempre era a mesma que a minha.

– Tá bom quati, é o seguinte...

Quer parar de me comparar com os roedores da sua terra? Grr..

Retiro o que disse, talvez minha definição de entretenimento pudesse ser a mesma que a dele em certo ponto. Mal sabia que errara na classificação animal.

Sorrio satisfeita ao ver sua cara fechada.

– Ok, olha: Tem um esboço que eu fiz de um equipamento que talvez possa criar um salto temporal. Os cálculos são baseados em meu peso.

Envio os arquivos através do sistema holográfico ao longo que explicava.

– Caramba! O que você engoliu? Um buraco negro?

– A massa do Adamantium tá inclusa.

Estava focada em conseguir as respostas que precisava. Se realmente fosse possível a viagem no tempo através do equipamento que eu havia projetado, talvez conseguisse voltar ao dia do acontecimento e ter informações que não foram registradas oficialmente pela equipe da NASA ou da Força Aérea. Mas teria que ter certeza de que poderia retornar ao meu tempo sem problemas, e que nada se alteraria por conta do meu regresso. Sei que cientistas já haviam testado essas teorias antes, mas ninguém nunca deu um feedback sobre ter funcionado ou não. Havia me baseado nas similaridades e interseções de cada pesquisa feita em relação ao assunto, desde teorias da conspiração à arquivos secretos governamentais. Esperava que a árdua busca tivesse fundamento em seus resultados.

𝙎𝙩𝙖𝙧𝙠 𝘼𝙙𝙫𝙚𝙣𝙩𝙪𝙧𝙚𝙨: Star TrekWhere stories live. Discover now