Coincidences - L.S

Shit, maybe I miss you

Harry

Quando a musica parou e o Zayn começou a falar tudo aquilo, eu não acreditei. O Lou estava adorando, mas eu não gostei. Eu tenho um instinto muito protetor quando se trata do Liam, ele é meu irmão mais novo, eu o vi crescer e se decepcionar com o Josh, não posso deixar isso acontecer de novo.

— O QUE? – falei. — Vou lá agora! – eu ia, mas o Louis me segurou.

— Não, Harry! Deixa. Olha como o Liam está feliz. – falou enquanto segurava meus braços, relaxei um pouco ao ver que ele estava certo. — Depois você fala com eles.

— Está bem! – ele me soltou com hesitação. — Eu já queria sair dessa festa mesmo, quero te mostrar um lugar, vamos? – estiquei a mão e ele me olhou desconfiado, do mesmo jeito como a primeira vez que o levei para lá. — Não vou te sequestrar, fica tranquilo. – ele sorriu me trazendo nostalgia e segurou minha mão.

— Então vamos! – ao invés de ficar indignado como da primeira vez, dei risada e saímos dali.

[...]

Eu estava esperando que ele se lembrasse de algo, mas não criei expectativa nenhuma, não quero ficar mal por causa disso, pois a culpa não é dele. Pensando assim ficava mais fácil lidar com a dor de ele não lembrar de coisas que eu nunca esqueceria. Não é culpa dele ter sofrido um acidente, não é culpa dele ter perdido a memória e não é culpa dele tudo isso que está acontecendo.

Estava andando ao lado dele, quando para minha surpresa, ele segurou minha mão com mais firmeza e entrelaçou nossos dedos. Sorri de canto e meu corpo se arrepiou inteiro. É incrível como meu corpo reage a um simples toque dele, parece que uma carga elétrica percorre todo o meu corpo, é assustador e maravilhoso ao mesmo tempo.

Chegamos em frente a casa do meu tio, entrei pelo portãozinho enferrujado, ele veio hesitante atrás de mim, mas surpreso. O guiei até a escada, ele parou em frente a árvore e passou os dedos por cima da arte que eu fiz naquele dia, sorri de canto e fiquei observando.

— Eu já vim aqui? – perguntou e olhou para mim.

— Sim, várias vezes! – suspirei e ele quis entrar na casinha.

Ele subiu com cuidado e eu subi em seguida, ele se sentou no colchão e olhou para a lousa.

— Achei que casinhas da árvore só existissem em filmes. – disse e eu dei risada.

— Agora está dentro de uma... – me sentei ao lado dele. — Comigo! – ele se aproximou e me abraçou, retribui e respirei fundo.

— Me desculpe! Não devia ter brigado contigo e nem dito aquelas coisas horríveis. – ele se afastou um pouco, não muito, o suficiente para que eu pudesse ver o mundo inteiro em seus olhos azuis e sentir sua respiração em meu rosto.

Acariciei seu rosto com o polegar, ele sorriu e se inclinou um pouco ao meu toque, coloquei a mão em sua nuca e ele olhou diretamente em meus olhos.

— Posso? – sussurrei e ele assentiu.

O puxei para mais perto com delicadeza, encostei meus lábios nos dele e iniciei um beijo. Tão bom quanto o primeiro. Ele levou as mãos até o meu cabelo e acariciou o mesmo. Se eu pudesse, não pararia esse momento nunca, não voltaria para o mundo lá fora, viveria aqui para sempre. Encerrei o beijo com alguns selinhos, encostei minha testa na dele e ele sorriu. Se afastou e deitou com a cabeça em meu colo, onde fiquei acariciando seu cabelo.

Liam

Depois que a festa pôde finalmente voltar a acontecer depois de todo esse show do Zayn, eu estava dançando com ele, não parava de olhar para as nossas alianças, eu estava feliz, como há muito tempo não ficava. Era difícil acreditar que tudo isso estava realmente acontecendo e acabei percebendo que estava com medo de ser um sonho e de repente acordar, por favor, que não seja um sonho.