No choices.

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Prólogo

Louis

Eu não me importo com mudanças, eu até gosto, mas o meu pai passou de todos os limites agora. Ele vai para Londres a trabalho e vai me deixar aqui na casa de um desconhecido. Quer dizer, desconhecido para mim, pois ele me disse que é um amigo dele de quando ele estudava, o que não muda em nada a minha opinião.
Eu estou com saudades de Londres, passamos dois meses lá no ano passado e foi ótimo, porque agora ele precisa ir sozinho? Ele sempre gostou de me levar junto para todos os lugares que ele ia, é estranho ele fazer tanta questão de ir sem mim.
Eu cresci aqui, passei a minha vida toda por aqui e não queria ter que ir embora pra um lugar onde eu não conheço ninguém.

[...]

Arrumei minhas coisas e aproveitei ao máximo o tempo que eu ainda tinha por aqui. Não saí de casa, fiquei no meu quarto colocando meus livros favoritos na mala e arrumando tudo o que eu iria levar, deixei algumas roupas, ainda na esperança de um dia voltar para cá. Não que eu tenha muitos amigos por aqui ou qualquer coisa do tipo, mas eu não queria que ele me deixasse fora da vida dele, o que aconteceu com o "sempre estarei aqui para você, Lou" que ele sempre me dizia?
Ele veio conversar comigo, tentar me explicar tudo, mas eu não queria ouvir, nada iria anular o fato de que ele estava me deixando aqui sozinho. Como se já não bastasse a minha mãe ter me abandonado, agora ele também está fazendo o mesmo.

[...]

Dentro do carro eu sentia minha casa em Doncaster cada vez mais longe. Holmes Chapel, é para lá que ele está me levando. Pelo o que eu entendi e pelo o que eu pesquisei quando soube para onde eu iria, é uma cidade pequena, um vilarejo, para ser mais exato, desses onde todos se conhecem e se cumprimentam na rua, cidadezinhas chatas. Ele me disse que está fazendo isso para que eu não fique sozinho, pois em Londres ele não teria tempo para mim por causa do trabalho e blá blá blá. Não seria muito diferente do que vivemos aqui, já que ele fica mais no trabalho do que em casa, de qualquer jeito.

- Filho, não fica assim! Eu juro que você vai gostar deles, aliás, não ficará sozinho. Eles têm dois filhos praticamente da sua idade, você vai estudar com eles, fazer novas amizades e conhecer gente nova. Não vai ser tão ruim assim. - ele disse tentando sorrir. E tem mais essa, ter que estudar em um lugar onde eu não conheço ninguém.

- Tanto faz! - coloquei os fones nos ouvidos e não ouvi mais nada além das minhas músicas.

Outra cidade, outra família, outra vida... isso parece um reality show. Depois do que pareceram horas, meu pai estacionou o carro em frente de uma casa grande, muito bonita e bem conservada. Na frente havia uma árvore enorme, que produzia algumas flores brancas, o chão estava cheio delas.
Desci do carro, peguei minha mala no banco de trás, meu pai veio para o meu lado e caminhamos até a entrada da casa, onde ele tocou a campainha. No quintal em frente a porta de entrada da casa havia duas bicicletas e algumas coisas velhas que parecem terem sido esquecidas há muito tempo.
Era uma casa agradável, era a minha nova casa. Suspirei e segurei minha mala com mais força.

Que minha nova vida comece!

Harry

Há uma semana meu pai nos disse que teríamos um inquilino aqui em casa. Eu gostei da ideia, pois por mais que o Zayn e o Niall vivessem aqui e meu irmão também, eu me sentia meio sozinho às vezes, um novo amigo seria legal.
Mas meus pais não quiseram me dar mais informações sobre essa pessoa. Acho que era o mínimo que eu poderia pedir, afinal, vai morar e estudar comigo. Eu preciso saber se não é um psicopata que pode me matar enquanto eu estiver dormindo.
Ele chega hoje e por mais estranho que pareça, estou ansioso.

Coincidences - L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora